segunda-feira, 10 de agosto de 2009

[EUA] "Companheiro" era um infiltrado do FBI

[Recentemente foi descoberto um agente secreto do FBI que se infiltrou e
espionou as comunidades anarquistas e anti-guerra nas cidades de Tacoma e
Olympia, localizadas no Estado de Washington. Nos últimos dois anos o
militar participou de reuniões, eventos e ações organizadas pelos
ativistas em ambas as cidades levantando informações sobre ele/as.
Suspeita-se que exista uma grande rede de espionagem em todo Estados
Unidos mirando anarquistas, ecologistas radicais, ativistas anti-guerra,
entre outros dissidentes. A seguir um texto escrito por um companheiro
estadunidense que também pode servir de alerta para comunidades
anarquistas fora daquele país.]

Um aviso aos companheiro/as anarquistas
A caça às bruxas continua. A Limpeza Vermelha e o McCartismo, muitos
diriam, são relíquias dolorosas, e pertencem ao passado. Infelizmente,
como o programa jornalístico independente Democracy Now! (Democracia Já!)
divulgou, isto não é verdade.

O Governo Federal dos Estados Unidos, uma entidade que somente existe para
receber ordens do setor privado (veja o desastre do setor da saúde), ainda
está tentado criminalmente encontrar terroristas insanos que bombardeiam
as pessoas, vivem nas florestas, e aspiram um mundo de caos, que também se
auto-referem como anarquistas. Para o desalento deles, isto é, na verdade,
um tanto difícil de encontrar.

Esta não é a hora e nem o lugar em que tratarei sobre violência; que é uma
discussão muito válida. Mas não hesitaria em afirmar que o/as anarquistas
são estatisticamente muito menos violentos que os chefes de estado,
corporações ou a maioria dos outros grupos.

Infelizmente para o/as anarquistas, isto não é uma relíquia, e devemos ser
cauteloso/as e vigilantes em relação ao que fazemos e com quem nos
juntamos.

Brendan Maslauskas Dunn, anarquista e ativista antimilitarista, descobriu
que um companheiro era na verdade um espião militar, assim como o
Democracy Now! contou. Ele descobriu que seu amigo ?John Jacob? era na
verdade um espião chamado John Taylor, um espião militar que atuava via
The Freedom of Information Act¹ (Ato pela Liberdade de Informação).
Qual era a missão do John Taylor? Maslauskas Dunn disse que ele fazia
parte de um enorme projeto do FBI para monitorar os meios anarquistas a
fim de encontrar motivos para dar batidas policiais nos Infoshops, ou nas
casas do/as ativistas.

Segundo Maslaukas, entre outras ações realizadas, ?a polícia colocou uma
câmera, uma câmera de vigilância, na rua que dá para o centro comunitário
do/as anarquistas em Tacoma, chamado Pitch Pipe Infoshop?.
Mais perturbador, a polícia planejava fazer uma batida na casa onde
Maslauskas e outro/as ativistas vivem na tentativa de encontrar
explosivos, drogas, e outras armas.

Companheiro/as, espalhem essa mensagem, especialmente em Tacoma e Olympia.
Neste ponto, não sabemos empiricamente o quão meticulosa permanece esta
operação. Então, tome cuidado com as novas pessoas dentro de seus próprios
meios locais, mantenha suas orelhas e seus olhos abertos, e divulgue a
informação para que companheiro/as anarquistas possam ficar atento/as. Com
o capital global enfrentando crises, é muito provável que a caça às bruxas
se intensifique.

Alex Bradshaw

[1] Lei que permite espionagem sem mandado judicial nos Estados Unidos,
criada pelo ex-presidente estadunidense George W. Bush.

Tradução > Marcelo Yokoi

agência de notícias anarquistas

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