SOBRE OS RECENTES ACONTECIMENTOS NA EUROPA
Os patrões vivem aterrorizados com a possibilidade de que não apenas um mas muitos percam o medo. Eles têm de espalhar o medo constantemente. O maior perigo para eles é que o ser humano se torne destemido.
Este perigo torna-se verdadeiro para o capital e para o Estado. Durante alguns meses e até mesmo anos várias pessoas escolheram contra-atacar. Há vários anos que se vêm verificando distúrbios em várias partes do mundo. Na europa, as zonas onde se testemunharam acções deste género foram, entre outras, bélgica, alemanha, frança e grécia. Vão aparecendo regularmente picos de agitação e motins. Movimentos e agitações à volta das prisões, da bófia e entidades tecnológicas (como as lutas anti-nuclear, etc) têm lugar numa base quase diária. Em muitos casos a crítica é feita na prática. Os meios da luta são o fogo e a destruição.
Apesar de, por razões tácticas e também por medo, os media gregos assim como alguns media europeus silenciarem os motins que estão a decorrer neste momento na Grécia, a tensão é claramente visível. No dia 6 de dezembro de 2008 um bófia chamado Koroneas assassinou a tiro Alexis Grigoropolous, o que despoletou uma onda de destruição por parte da população grega (jovens, estudantes, universitários, anarquistas, hooligans) e pelos imigrantes, contra as instituições do poder assim como contra algumas das fontes de dinheiro do poder. O que estava ao alcançe de ser destruido foi destruido. E o estado grego perdeu uma grande fatia do controlo... Reorganização... do partido Nea Dimokratika ao Pasok; e cada ano se torna mais claro que não é a ordem dos partidos politicos que faz a diferença e o quão socialmente podre este aparato é (estado, economia, tecnologia).
O estado grego aroveita-se da comemoraçaõ do assassinato de Alexis para reestruturar a sua própria imagem. As manifestações são brutalmente oprimidas. As pessoas têm literalmente de lutar para poderem se manifestar nas ruas. Mas desta vez faltou o factor espontaniedade e por isso o estado teve tempo para se preparar. Muitos estavam à espera deste dia para expressar a sua raiva. Mas são exactamente aqueles que não ficaram sentados de braços cruzados durante todo o ano que a bófia quer punir, ao punir Elias. O estado quer transformar o caso de Elias Nikolau e de outros como ele num exemplo, porque são oponentes e enimigos bem conhecidos da ideologia democrática e do consequente regime democrático. E assim anunciou no dia 3 de dezembro (três dias antes do aniversário do assassinato de Alexis) a sentença de sete anos e meio de prisão. Mais uma vez na história o estado diz: quem pensa e age como os condenados tem de esperar o mesmo.
O estado tem de manter as aparências e provar que é capaz de mostrar quem manda, quem é a autoridade, pela força dos punhos. Autoriza os bófias a quebrar o estatuto de asilo politico das universidades para criar a ordem autoritária e agir contra a população revoltosa assim como contra os anarquistas. Em poucos dias mais de 800 pessoas são presas. Regularmente bófias e fascistas aliam-se e formam uma equipa contra os anarquistas nos combates de rua. Muitas vezes o fascista e o bófia são a mesma pessoa e /ou do mesmo grupo; são simultâneamente bófias e membros de grupos de fascistas. È assim que funciona a contra-insurgência. Estas tácticas contra-insurgentes são combinadas com outras tácticas policiais que parecem inspiradas no estilo alemão, o que demonstra uma troca internacional de informação e experiência e um fluxo de capitais no que diz respeito a tácticas de contra-insurgência.
Tudo o que é diferente é oprimido. O conflito não é permitido. As ideias e opiniões que não as dos patrões são silenciadas. Mas é cada vez mais óbvio: os anos da utopia capitalista – a paz – acabaram. Quando o estado diz paz o que significa é exploração e escravatura para os seus cidadãos, prisão e tortura psicológica e/ou física para os seus inimigos. A guerra social latente é cada vez mais evidente. Muitas pessoas na europa e por ai fora estão a agir contra a utopia capitalista. Estamos em guerra social.
O estado gera o medo através da criação dos seus inimigos. Desde comunistas, a terroristas, a anarquistas. Mais uma vez o enimigo é o anarco-terrorista.
O estado aproveita-se dos seus enimigos que o querem destruir. Tal unifica o povo e fortalece a nação e o nacionalismo. Hitler tinha a noção disso e usou-o para intensificar a figura dos judeus como arquinimigos. O capitalismo vai construindo a sua sociedade a partir da união na luta contra o inimigo comum. E o racismo está a alcançar, mais uma vez, novos limites.
É precisamente esta sociedade que atacamos. Fazemos isto por nós (cada individuo por si e por nós como grupo) e em solidariedade com os rebeldes gregos, com os jovens nas ruas, destruidores de todo o lado, anarquistas combatentes e nihilistas.
A DEMOCRACIA MATA. A MÁSCARA DO SOCIALISMO ESTÁ A CAIR. LIBERDADE PARA TODOS. ABRAM AS PRISÕES E DEPOIS PEGUEM-LHES FOGO. LIBERDADE PARA OS PRISIONEIROS DE DEZEMBRO. LIBERDADE PARA OS 6 ANARQUISTAS DE BELGRADO. CUMPRIMENTOS ANARQUISTAS A ELIAS NIKOLAU, CHRISTOS STRATIGOPOLOUS, ALFREDO BONANNO, GIANNIS DIMITRAKIS, POLIS GEORGIADIS, YOSPAS, HADJIMICHELAKIS, MASOURAS – A TODOS OS CAPTURADOS COMO ALEGADOS MEMBROS DAS CÉLULAS DO FOGO, AOS REBELDES E INSURRECIONALISTAS EM BERLIM, HAMBURGO, BÉLGICA, FRANÇA E EM TODO O LADO.
http://cettesemaine.free.fr/spip/ (frança e outros sitios)
http://suieetcendres.blogspot.com/ (bélgica)
http://directactionde.blogspot.com/ (alemanha)
http://www.occupiedlondon.org/blog/ (grécia)
http://greeceriots.blogspot.com/ (grécia)
http://ooesteselvagem.blogspot.com/ (tuga)
Retirado de: Indymedia Portugal
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