Nos últimos 3 dias tiverem lugar já várias accões em Copenhaga, umas organizadas, outras espontâneas.
Para o dia 11, Don't Buy the Lie, ver o artigo "Primeira manifestacão em Copenhaga termina com mais de 40 detencões preventivas". Só quero acrescentar que não houve violência nenhuma, nem quando foram detenidas mais umas 60 pessoas. A polícia é bem organizada, e consegue dispersar as massas e isolar pequenos grupos de activistas para detê-los de maneira eficaz e não-violenta. O CJA (Climate Justice Action) chamou à não violência, e parece que os activistas respeitam esta chamada, pelo menos em relacão à violência contra pessoas.
http://www.indymedia.dk/articles/1500
A polícia actuou da mesma forma ontem, durante a accão "system change, not climat change". Oficialmente, ia ser uma mega-manifestacão aberta a toda pessoa, de crianca até idoso, que comecava no centro da cidade e levava a marcha ao Bella Centre, umas 3 horas de caminho do ponto inicial, mas alguns grupos responderam ao "call-out" de ficar na cidade e fazer accões mais directas. A marcha prevista atravassava um terreno industrial e depois campo, onde ninguém ouviria a nossa voz. Quando a marcha arrancou e uma parte se separou dela, a polícia interveio imediatamente e isolou esta parte do resto da marcha, que continuou sem problemas até ao Bella Centre. O grupo isolado pela polícia foi levado até um sítio menos central, onde ficaram umas horas no frio, cercados de polícia. Os Ritmos da Resistência, que se encontravam fora do círculo policial, tentaram manter o espírito dos activistas quente e alegre, o que conseguiram fazer, com a ajuda de uma cozinha móvil que distribuiu sopa quente entre as pessoas não cercadas. O grupo isolado foi detido de forma não-violenta, tanto como perto de 800 pessoas em outras localizacões.
http://www.indymedia.dk/articles/1526
Mais tarde houve uma accão espontânea de solidariedade com os detidos, da qual não posso dar mais informacões, por falta delas.
Hoje havia duas accões: uma directa, o "Hit the Production" e outra muito pacífica, organizada pela Via Campesina. Não posso dar muitas notícias da primeira, mas diz-se que os activistas foram cercados e detidos logo no início e não conseguiram fazer accão nenhuma. O objectivo era conseguir que o porto de Copenhaga não pudesse funcionar normalmente durante alguns meses, e como o objectivo e a táctica foram detalhadamente anunciados numa reunião aberta, aconteceu o que era de esperar. mais informacões em:
http://www.indymedia.dk/articles/1611
A accão da Via Campesina comecou com poucos participantes, mas cersceu aos poucos. No ponto da concentracão representaram um teatro sobre a indústria da carne e houve alguns speeches de representantes de Via Campesina e outras ONGs. Entretanto, os Ritmos da Resistência, que decidiram apoiar esta accão, fizeram uma pequena marcha pelas ruas perto da concentracão para atrair mais pessoas com a sua música. Umas 300 pessoas, entre os quais uns paiacos, muitos percussionistas, Via Campesineses e simpatisantes, fizeram uma manifestacão espontânea até ao Klimaforum, sempre vigiados pela polícia, mas apesar de terem conseguido bloquear durante uns 5 minutos 4 carrinhas de polícia que provavelmente estavam a caminho do porto, não houve detidos nem grandes confusões.
Hoje (13 de Dezembro) haverá mais uma accão de solidariedade com os detidos dos últimos dias por volta das 5, frente à prisão.
De resto posso acrescentar que já foram deportadas pessoas, que há visitas nocturnas pela polícia nos sítios de hospedagem dos activistas, mas que de resto não houve situacões nenhumas de violência, nem da parte dos activistas, nem da polícia (pelo menos, não vi nem ouvi nada do género). As sirenas estão a chamar-me para a rua, mais notícias dentro de alguns dias.
Mais informacões sobre a accão de Via Campesina:
http://viacampesina.org/main_en/
O dossier das activistas do GAIA em Copenhaga pode ser consultado em http://gaia.org.pt/node/15208
Retirado de: Indymedia Portugal
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