A brutalidade policial vista nas ruas de Exarchia na noite passada após o final da marcha de protesto da greve geral em Atenas não tiveram precedentes e projeta sérias dúvidas sobre a natureza desse regime atual na Grécia, em que o véu democrático é removido para mostrar-se como ele realmente é: a continuação da Junta dos Coronéis.
No final da manifestação, centenas de policiais antidistúrbios e motorizados invadiram Exarchia, bairro do centro de Atenas, região associada com a política radical desde o início do século XX. A polícia começou a atacar os transeuntes e pessoas que estavam tomando café na área, enquanto destruíam a tradicional cafeteria da praça Exarchia, apesar de estar cheia de clientes. O vídeo da violência gratuita da polícia pode ser visto aqui:
Os habitantes do bairro não hesitaram em interromper os bandidos da polícia gritando "Junta-Junta" e "SS SS". Em resposta, a polícia retaliou batendo em quem estava no seu caminho e até mesmo invadindo os blocos de apartamentos. De acordo com Ioanna Manoushaka (ver fotos em anexo), ela estava em pé parada na frente da porta do prédio gritando para os policiais que fizeram a vida insuportável na vizinhança quando um policial a atacou, quebrando o braço e os seus dentes. Então ela correu escadas acima e se trancou em seu apartamento, porém as forças da ordem a seguiu e tentou destruir a porta do apartamento durante cinco minutos, enquanto ela e seu marido, um compositor de renome, se barricavam.
Gritando "esta noite nós vamos te fuder", a polícia então começou a invadir e destruir o Centro Social (Haunt of Migrants) do Diktio, a "Rede de Direitos Sociais e Civis”, um grupo de esquerda com muitas décadas de luta contra o terrorismo de Estado. De acordo com o anúncio do Diktio, "A governança do FMI e da junta de mercado está aproveitando o ato criminoso do banco para impor um regime de terror no país. A orgia do estado policial por meio da guerra química e choques massivos atingiu o seu clímax nesta noite em Exarchia”.
Ao mesmo tempo, violentas forças policiais cercaram a Okupa anarquista da rua Zaim, acima da Escola Politécnica, e começou a invadir e evacuar o local com pistolas em mãos. Os informes de que a polícia realmente disparou para o ar durante a evacuação não foi confirmado. Todo mundo que estava dentro da Okupa foi preso.
A estratégia de repressão coletiva à resistência popular contra as medidas de ontem (5), é um método característico do governo nazi-colaborador da década de 1940, justificando o nome comum que até hoje chamam os policiais: "Alemães-Tsoliades" (o esquadrão da brigada de "Tsoliades" sob as ordens dos colaboracionistas).
Mais fotos:
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agência de notícias anarquistas-ana
Outono –
as folhas caem
de sono
Cláudio Fontalan
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