terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Jantar benefit detidos manif anti-autoritária 25/04/2007

Sábado, 2 de Janeiro

20h - Jantar Filipino, benefit para os detidos na manifestação anti-autoritária de 25 de Abril de 2007, cujo julgamento prossegue no dia 22 de Janeiro.

No Terra de Ninguém - espaço anarquista
Rua do Salvador, 56 (à Rua das Escolas Gerais) Lisboa

terradninguem.blogspot.com
terraninguem@yahoo.com

Vídeo 1

Vídeo 2

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Marcha contra as prisões e em apoio a todos os presos em luta no mundo [31 dez]

Em Madrid e em Barcelona.

[Madrid] - 5ª feira, 31 de Dezembro na estação de Móstoles Central às 12h.

MARCHA CONTRA AS PRISÕES E EM APOIO AOS PRESOS EM LUTA

Um ano mais e até ao último dia demonstrámos a nossa repulsa frente ao estado e ao sistema prisional. Um estado que nos encerra num mundo onde a pessoa se encontra imersa e em que a qualquer momento lhe pode ser imposto a privação da liberdade, da privacidade e onde se encontra submetida a um sistema autoritário e hierarquizado. Um estado que sequestra (um exemplo recente é o caso da nossa companheira Tamara), que tortura, humilha e incluso leva à morte de companheiros , seres queridos e pessoas que demonstrem uma atitude insubmissa ao regime ditatorial imposto, pondo em perigo os seus interesses políticos, económicos e toda a parafernália social existente.

Demonstremos o nosso ódio contra o sistema carcerário existente dando todo o nosso apoio até ao último minuto do ano aos companheiros e às companheiras cruelmente sequestrados por esta sociedade.

Levantemos nossas vozes de repulsa com raiva e rejeição clara frente aos tenebrosos muros que dia após dia e pouco a pouco assassinam milhões de pessoas em todo o mundo.

¡¡¡ABAIXO OS MUROS!!!!
¡¡¡PRESOS PARA A RUA JÁ!!!

http://www.klinamen.org/article7208.html

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[Barcelona] · Três convocatórias.

13ª Marcha contra as prisões

12h Prisão de Wad-Ras. Concentração + pica-pica
C/ Doctor Trueta, 76-98, L4 Bogatell

16h Pça Espanya - CIE

17h concentração frente ao Centro de Internamento de estrangeiros (CIE)
C/ Lletra E, 40, Zona Franca. Autobús (21 Bcn-Prat) o (109 Estació de Sants - Zona Franca) .

20h Prisão Model.
C/ Entença, 155, L5 Entença

Solidariedade com todas @s pres@s!

Mapa dos locais:
http://barcelona.indymedia.org/usermedia/image/5/large/PARA_LLEGAR_AL_CI...

Tradução de Liberdade à Solta

Fonte: http://www.klinamen.org

Retirado de: Indymedia Portugal

sábado, 26 de dezembro de 2009

GUERRA SOCIAL DOS DESTEMIDOS

SOBRE OS RECENTES ACONTECIMENTOS NA EUROPA

Os patrões vivem aterrorizados com a possibilidade de que não apenas um mas muitos percam o medo. Eles têm de espalhar o medo constantemente. O maior perigo para eles é que o ser humano se torne destemido.

Este perigo torna-se verdadeiro para o capital e para o Estado. Durante alguns meses e até mesmo anos várias pessoas escolheram contra-atacar. Há vários anos que se vêm verificando distúrbios em várias partes do mundo. Na europa, as zonas onde se testemunharam acções deste género foram, entre outras, bélgica, alemanha, frança e grécia. Vão aparecendo regularmente picos de agitação e motins. Movimentos e agitações à volta das prisões, da bófia e entidades tecnológicas (como as lutas anti-nuclear, etc) têm lugar numa base quase diária. Em muitos casos a crítica é feita na prática. Os meios da luta são o fogo e a destruição.

Apesar de, por razões tácticas e também por medo, os media gregos assim como alguns media europeus silenciarem os motins que estão a decorrer neste momento na Grécia, a tensão é claramente visível. No dia 6 de dezembro de 2008 um bófia chamado Koroneas assassinou a tiro Alexis Grigoropolous, o que despoletou uma onda de destruição por parte da população grega (jovens, estudantes, universitários, anarquistas, hooligans) e pelos imigrantes, contra as instituições do poder assim como contra algumas das fontes de dinheiro do poder. O que estava ao alcançe de ser destruido foi destruido. E o estado grego perdeu uma grande fatia do controlo... Reorganização... do partido Nea Dimokratika ao Pasok; e cada ano se torna mais claro que não é a ordem dos partidos politicos que faz a diferença e o quão socialmente podre este aparato é (estado, economia, tecnologia).

O estado grego aroveita-se da comemoraçaõ do assassinato de Alexis para reestruturar a sua própria imagem. As manifestações são brutalmente oprimidas. As pessoas têm literalmente de lutar para poderem se manifestar nas ruas. Mas desta vez faltou o factor espontaniedade e por isso o estado teve tempo para se preparar. Muitos estavam à espera deste dia para expressar a sua raiva. Mas são exactamente aqueles que não ficaram sentados de braços cruzados durante todo o ano que a bófia quer punir, ao punir Elias. O estado quer transformar o caso de Elias Nikolau e de outros como ele num exemplo, porque são oponentes e enimigos bem conhecidos da ideologia democrática e do consequente regime democrático. E assim anunciou no dia 3 de dezembro (três dias antes do aniversário do assassinato de Alexis) a sentença de sete anos e meio de prisão. Mais uma vez na história o estado diz: quem pensa e age como os condenados tem de esperar o mesmo.

O estado tem de manter as aparências e provar que é capaz de mostrar quem manda, quem é a autoridade, pela força dos punhos. Autoriza os bófias a quebrar o estatuto de asilo politico das universidades para criar a ordem autoritária e agir contra a população revoltosa assim como contra os anarquistas. Em poucos dias mais de 800 pessoas são presas. Regularmente bófias e fascistas aliam-se e formam uma equipa contra os anarquistas nos combates de rua. Muitas vezes o fascista e o bófia são a mesma pessoa e /ou do mesmo grupo; são simultâneamente bófias e membros de grupos de fascistas. È assim que funciona a contra-insurgência. Estas tácticas contra-insurgentes são combinadas com outras tácticas policiais que parecem inspiradas no estilo alemão, o que demonstra uma troca internacional de informação e experiência e um fluxo de capitais no que diz respeito a tácticas de contra-insurgência.

Tudo o que é diferente é oprimido. O conflito não é permitido. As ideias e opiniões que não as dos patrões são silenciadas. Mas é cada vez mais óbvio: os anos da utopia capitalista – a paz – acabaram. Quando o estado diz paz o que significa é exploração e escravatura para os seus cidadãos, prisão e tortura psicológica e/ou física para os seus inimigos. A guerra social latente é cada vez mais evidente. Muitas pessoas na europa e por ai fora estão a agir contra a utopia capitalista. Estamos em guerra social.

O estado gera o medo através da criação dos seus inimigos. Desde comunistas, a terroristas, a anarquistas. Mais uma vez o enimigo é o anarco-terrorista.

O estado aproveita-se dos seus enimigos que o querem destruir. Tal unifica o povo e fortalece a nação e o nacionalismo. Hitler tinha a noção disso e usou-o para intensificar a figura dos judeus como arquinimigos. O capitalismo vai construindo a sua sociedade a partir da união na luta contra o inimigo comum. E o racismo está a alcançar, mais uma vez, novos limites.

É precisamente esta sociedade que atacamos. Fazemos isto por nós (cada individuo por si e por nós como grupo) e em solidariedade com os rebeldes gregos, com os jovens nas ruas, destruidores de todo o lado, anarquistas combatentes e nihilistas.

A DEMOCRACIA MATA. A MÁSCARA DO SOCIALISMO ESTÁ A CAIR. LIBERDADE PARA TODOS. ABRAM AS PRISÕES E DEPOIS PEGUEM-LHES FOGO. LIBERDADE PARA OS PRISIONEIROS DE DEZEMBRO. LIBERDADE PARA OS 6 ANARQUISTAS DE BELGRADO. CUMPRIMENTOS ANARQUISTAS A ELIAS NIKOLAU, CHRISTOS STRATIGOPOLOUS, ALFREDO BONANNO, GIANNIS DIMITRAKIS, POLIS GEORGIADIS, YOSPAS, HADJIMICHELAKIS, MASOURAS – A TODOS OS CAPTURADOS COMO ALEGADOS MEMBROS DAS CÉLULAS DO FOGO, AOS REBELDES E INSURRECIONALISTAS EM BERLIM, HAMBURGO, BÉLGICA, FRANÇA E EM TODO O LADO.

http://cettesemaine.free.fr/spip/ (frança e outros sitios)
http://suieetcendres.blogspot.com/ (bélgica)
http://directactionde.blogspot.com/ (alemanha)
http://www.occupiedlondon.org/blog/ (grécia)
http://greeceriots.blogspot.com/ (grécia)
http://ooesteselvagem.blogspot.com/ (tuga)

Retirado de: Indymedia Portugal

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Sem Comentários

Não à violência do Estado cubano; Solidariedade com os/as companheiros/as na ilha

[No dia 6 de Novembro, dezenas de jovens cubano/as foram agredido/as por agentes do Estado cubano quando participavam de uma manifestação pela não violência no país. Há relatos que outras pessoas que se dirigiam ao protesto foram interceptadas pela polícia. Ao resistirem à ordem policial foram colocadas à força em carros descaracterizados e espancadas. A seguir alguns comunicados que chegaram diretamente da ilha.]
Compas:
Pedimos à esquerda internacional todo o apoio possível com vista a proteger o esforço que está realizando a geração mais jovem da Revolução Cubana contra a direita burocrática anquilosada no poder. Apelamos à criação de uma rede de apoio à militância anti-autoritária emergente [na Ilha], pois os destinos de Cuba e da sua Revolução dependem nestes momentos da nossa capacidade comum de resistência.
Agrupemo-nos!

Saudações libertárias desde La Habana.

Por uma Cuba Livre Libertária!

Movimento Libertário Cubano (MLC)

Compas:

Já circulam visões dentro das nossas instituições sobre o caráter "dissidente" e "mercenário" da marcha da passada sexta-feira. Como sabemos do silêncio das nossas mídias e que o barulho da direita pode dar indício de uma repressão de “baixo perfil” contra os camaradas participantes [da manifestação] que, supostamente se teriam deixado "manipular ingenuamente pelo inimigo"; seria bom circular estas imagens, crônicas e opiniões de assistentes [no protesto] aparecidos em meios eletrônicos. Neles se vê claramente o caráter humanista, cívico e alheio a qualquer manipulação da atividade. E os únicos slogans aparecidos referiam-se, expressamente, ao socialismo.

Só a mais ampla circulação deste olhar cubano e libertário agora eclipsado pela mídia estatal e pela mídia burguesa, irá impedir o anonimato, a invisibilidade e as possíveis represálias.

Não deixemos que nos roubem outro pedacito de esperança.

Agradecidos/as desde já e abraços!

Armando Chaguaceda

Uma pequena batalha de idéias contra a violência
12 de novembro de 2009 - www.havanatimes.org

Dmitri Prieto

A violência é uma realidade presente em quase todos os contextos sociais: na família, nas relações de gênero, na infância e na educação, no esporte, nas guerras, na política nacional e internacional, na ecologia... Mais simples, porém mais difícil, seria localizar onde não há violência. Infelizmente, Cuba não é excepção a esta lógica.

Para combater a violência deve-se desenvolver a coragem, a perseverança, determinação e espírito de humildade. Há muitas teorias e práticas relacionadas com a não-violência, que propõem padrões de ação e de convivência social.
Como escreveu recentemente uma amiga em HT: "A questão da violência é muito complexa... precisamos de uma volta ao interior da alma e que depois se estenda pelas ruas". Sexta-feira última, algo muito insólito aconteceu em Havana: aparentemente sem nenhuma convocatória "oficial" ou "da oposição", umas 200 pessoas reunimo-nos numa esquina do bairro central El Vedado, para fazer uma caminhada em conjunto contra a violência. Percorremos a Avenida 23, e depois regressamos ao ponto de partida, na esquina da 23 e G.

Hoje considero um privilégio ter estado lá. Mas não é a primeira vez que acontece em Havana um evento dedicado à não-violência: há mais de um mês, reunimos cerca de 50 pessoas na Casa de Cultura del Vedado para discutir a questão e apreciar a arte que questiona a violência, então, o projeto Ahimsa e a rede Observatório Crítico organizaram e promoveram a ação. Fiquei encantado, pois muitas pessoas que naquele momento estavam conosco também participaram da caminhada na sexta-feira passada.

Assim, às cinco da tarde de sexta-feira, na esquina da G e 23 foram-se agrupando cerca de 200 pessoas. Não ficou claro quem organizava a "performance", aparentemente não foram utilizados meios de divulgação oficiais ou alternativos, a notícia correu de "boca a orelha".

Eu envolvi-me porque assim o quis. Tal como os restantes, tive a opção: estar ou não estar, ir ou não. Opção ausente em muitas das ações públicas que conhecemos.

De qualquer modo, 23 e G são lugares muito movimentados, especialmente por jovens, por isso não foi nada de especial em que alguns estivessem ali. Acho que a maioria daqueles que foram compartilham esse pensamento. Talvez passando por interesse ou curiosidade, mas certamente ficou claro que precisávamos de um pouco de coragem, determinação e empenho para estar lá, porque era algo fora do comum que se estava gerando, e como eu disse, não estamos acostumados a ações deste tipo. Mas sempre tive a opção de não estar.

Era "opcional" para quase todos, mas para honrar a verdade alguns não puderam fazê-lo devido à intervenção policial, contrária ao reconhecimento tácito, mas sempre sob suspeita, do espírito da caminhada, pelas autoridades.
A sua prisão e a sua ausência da caminhada se tornou um tema hit para a blogosfera "liberal". Não foi simétrica esta cobertura. Ao mesmo tempo, a caminhada teve lugar, independentemente da ausência de pessoas que alguns (da "direita"? da "esquerda"?) quiseram apresentar como "líderes". Isso demonstra o limitado papel de "mobilização" ou "manipulação" - tão presentes no imaginário normativo a que estamos acostumados -, na decisão das pessoas de participar na ação. Estávamos ali para protagonizar um ato singular, não para seguir um bando de “líderes”.

A violência não necessária é contraproducente
11 de novembro de 2009 - www.havanatimes.org
Pedro Campos e outros compas

Escrevemos isto com amargura, teríamos preferido não ter de fazê-lo, mas os princípios éticos e revolucionários não nos permitem outra alternativa.

Temos vindo a advertir para o crescente distanciamento entre os órgãos da direção administrativa do país e o povo em geral, a causa das políticas econômicas e sociais erradas das últimas décadas e da ausência de um verdadeiro diálogo entre as forças revolucionarias e no seio de todo o povo. Uma revolução que não desemboque na entrega do poder real, e da economia e de todas as decisões, que os afetam, aos trabalhadores e ao povo, termina irreversivelmente no seu contrário, reprimindo a esquerda e o próprio povo, como se demonstrou nos falhados intentos socialistas do século XX na Europa e na Ásia. Ultimamente, graves erros da burocracia estão acelerando a decomposição política do ambiente e a própria divisão no seio das forças revolucionárias.

Nenhum revolucionário verdadeiro está disposto a apoiar a reversão da Revolução nem a restauração do Capitalismo privado, seja a partir das fileiras da direita ou a partir da burocracia. Tampouco podem estar de acordo em reprimir com violência aos que simplesmente expressem um pensamento distinto, ou dos que pacificamente desejem expor os seus pontos de vista, mesmo que não concordemos com eles. “Quando vieram buscar um comunista, ninguém se manifestou; quando vieram buscar um judeu, ninguém se manifestou; quando me vieram buscar a mim, ninguém se manifestou”: ocorreu na Alemanha fascista.

“Posso não estar de acordo com o que dizes, mas estou disposto a defender com a minha vida, o teu direito a dizer-lo” foi uma máxima revolucionária em todos os tempos. As ações do inimigo e a oposição devem ser rechaçadas correspondentemente. À violência contra-revolucionária não resta outra alternativa que responder da mesma forma. Mas a sobre-reação, como responder no plano violento a ações pacíficas, tem demonstrado na prática ser contraproducente e tem-se virado contra quem a aplica.

Os que assim pensamos não podemos estar de acordo com ações repressivas contra pessoas que desejam se manifestar pacífica e publicamente, ainda que não compartilhemos as suas posições e ideologicamente as combatamos sem descanso.

Duas razões principais levam à desaprovação destas ações de repressão contra a oposição pacífica.

1- Aceitá-las impassivelmente implica ser cúmplice da violação do direito humano sagrado à livre expressão, de profunda raigambre na própria história revolucionária cubana. Fidel, Camilo e o Che desde a Sierra ensinaram-nos a respeitar o adversário e evitar a violência não necessária. E desde o Manifesto de Montecristi, Martí estabeleceu os princípios éticos do trato com a oposição.

2- Estas ações só servem para fortalecer a quem estão dirigidas, dar-lhes a razão nas acusações sobre violações dos direitos do povo cubano, afetar a imagem internacional da revolução e complicar mais ainda a já difícil situação política interna.

Os que querem borrar as cores da vida e põem tudo em branco e negro, os que atuam violentamente sem necessidade, estão servindo os inimigos da Revolução, estão ajudando a consolidar as figuras que combatem.

Rechaçar a violência não necessária não macula a postura revolucionária e comunista, pelo contrário: a dignifica.

Tradução > Liberdade à Solta

agência de notícias anarquistas-ana

a volta ao lar
inquieta serenidade
parece que foi ontem

Seadog

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

[Alemanha] Manifestação contra a proibição da FAU-Berlim

[Neste sábado (19), cerca de 300 pessoas se manifestaram contra a decisão judicial que proíbe a FAU-Berlim de chamar-se como sindicato.]

Apesar das baixas temperaturas e o tempo curto de mobilização, as pessoas provaram que não vão ficar de braços cruzados e aceitar a proibição da FAU-Berlin. Os manifestantes chegaram ao cinema Babylon Mitte, cujo conselho diretor conseguiu junto do Tribunal Regional de Berlim uma sentença em 11 de dezembro de 2009 proibindo as atividades sindicais da FAU-Berlim. Por isto e outras tentativas de atropelar os direitos dos trabalhadores, o diretor da Babylon, Timothy Grossman, foi condecorado com o prêmio Margaret Thatcher de 2009 durante o protesto.


Os vários discursos pronunciados no ato se centraram na escandalosa decisão judicial, que é uma flagrante violação do direito de organização. Também se abordou o papel do Ver.di (sindicato majoritário do setor público) e do partido A Esquerda (parte da coalizão que governa em Berlim), que, juntamente com a direção do cinema, prejudicaram a luta dos trabalhadores. Dias antes da decisão judicial, Ver.di, a mando de A Esquerda, assinou um convênio de trabalho com o conselho diretivo do cinema, acordado sem a participação dos trabalhadores, e que supõem condições muitíssimo piores que as do convênio que a Ver.di mantém com outros cinemas.

Em seu discurso, Hansi Oosting, da FAU-Berlim, disse: "Nossa longa luta no cinema Babylon tem mostrado que a resistência de base e a auto-organização são possíveis e viáveis, mas também que qualquer tentativa nesse sentido terá uma resposta contra. Um verdadeiro sindicato é aquele que não é do agrado dos patrões.

Fotos da manifestação: http://ccphoto.de/?p=180

Retirado de: Rede Libertária

[Espanha] Supermercado é expropriado em protesto contra a crise econômica

Dezenas de jovens ativistas saquearam ontem (19) à tarde um supermercado no bairro operário de Nou Barris, em Barcelona, e distribuíram os alimentos entre os vizinhos, em uma ação de protesto contra a crise econômica e a precariedade no emprego. A chegada dos Mossos d´Esquadra [Polícia Autônoma] pôs fim ao assalto e depois de alguns minutos de bate-boca com os policiais os jovens saíram fora, sem que a polícia realizasse quaisquer detenções.



A ação, que foi convocada pela Assembléia de Desempregados de Barcelona, teve início por volta das 18 horas, na rede de supermercados Caprabo-Eroski, localizado na Plaza de Llucmajor. De maneira coordenada, vários jovens entraram no estabelecimento e encheram doze carrinhos com produtos de primeira necessidade, como macarrão, arroz, embutidos e conservas, e algumas garrafas de vinho.

Quando os carrinhos estavam cheios, os jovens se aproximaram das seis caixas registradoras do supermercado e passaram todos os produtos pelo leitor do código de barras. Na hora de pagar disseram que não iriam fazê-lo, criando assim um momento de perplexidade e alvoroço, que foi utilizado, também, por alguns clientes para passar pelos caixas sem pagar o conteúdo de seus carrinhos de compras. Enquanto isso, os jovens ativistas começaram a distribuir os produtos extraídos entre os vizinhos do bairro, que haviam sido alertados pelos saqueadores com dois megafones.

"Expropriamos este supermercado para distribuir o que produzimos entre todos, porque queremos bater de frente com um sistema que nos rouba diariamente com contratos precários, hipotecas, empréstimos predatórios etc.", dizia o folheto que distribuíram os ativistas e que encabeçava a frase "Lotes e cestas de presentes 2009" em todas as línguas oficiais da Espanha.

agência de notícias anarquistas-ana

Ilhotas boiando.
Sob um céu vasto e sereno
este mar tranqüilo.
Fanny Dupré

[Grécia] Continuam Movimentações

No bairro ateniense de Keratsini foi realizada uma manifestação de solidariedade com os detidos do centro social anarquistas "Resalto". O protesto reuniu cerca de 1.000 pessoas. A marcha percorreu boa parte do bairro, com os manifestantes carregando faixas, gritando palavras de ordem e distribuindo milhares de folhetos. A reação dos cidadãos do bairro, onde está localizado o centro social, foi muito positiva, gritando e aplaudindo das varandas a manifestação.


Fotos: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1114313

Ataque contra o escritório de um membro do Pasok

Um explosivo de baixa potência foi detonado do lado de fora do escritório de um membro do Pasok (partido socialista), em Atenas, no dia 18, causando poucos danos. A bomba, aparentemente composta de gás, explodiu quando o gabinete do deputado Nasos Alevras foi fechado. Na seqüência desta ofensiva, nas primeiras horas da manhã, aconteceu uma série de ataques coordenados contra cinco escritórios do Pasok em Atenas. Mais tarde grupos anarquistas anarquistas assumiram os ataques.

Loja de segurança é alvejada

Em Tessalônica, na madrugada de sexta-feira (18), uma loja que vende sistemas de segurança e veículos de uma empresa privada de segurança foram atacadas com bombas incendiárias. Anarquistas assumiram a ação.

Bancos incendiados em Kavala

Quatro bancos foram atacados e incendiados em Kavala, norte da Grécia, na noite da quarta-feira passada. Com marretas, pé de cabra e pedras, cerca de 15 anarquistas encapuzados, quebraram as janelas de quatro grandes bancos localizados no centro da cidade, em seguida, lançaram coquetéis molotov contra eles. Na seqüência dos fatos a polícia prendeu 18 "suspeitos", mas todos foram liberados. No mesmo dia dois bancos foram assaltados em Atenas.

Greve geral na Grécia

Milhares de pessoas saíram às ruas em várias cidades da Grécia na quinta-feira, 17 de dezembro, numa ação de protesto contra as medidas de austeridade anunciadas pelo governo socialista de Geórgious Papandréou. A greve foi convocada pelos sindicatos ligados ao partido comunista e pela esquerda radical.

agência de notícias anarquistas-ana

Rosa branca se diverte
Pétalas no vento
Imitam a neve.

Vinícius C. Rodrigues

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

[Itália] Protesto contra os despejos e a repressão em Turim

Debaixo de muito frio, cerca de 1.500 pessoas participaram de uma manifestação contra os despejos e a repressão aos squatters nas ruas centrais de Turim neste sábado, 19 de dezembro. Um forte dispositivo policial, entre carabineiros, agentes da Digos e de outras forças da ordem, acompanhou o protesto.

Ao longo da passeata alguns manifestantes também atacaram câmeras de segurança e de tráfego, parquímetros, uma agência de trabalho temporário e algumas vitrines.

Os manifestantes carregavam diversos cartazes nos quais se lia os nomes de Carlo Giuliani, Sol e Baleno, Giuseppe Pinelli, Gabriele Sandri, Stefano Cucchi, faixas e uma escultura com a cara sangrando de Berlusconi.

Também foram feitas dezenas de pichações nas paredes contra a polícia, o prefeito de Turim Sergio Chiamparino e o ministro do Interior italiano, Roberto Maroni, contra a CIE [Centro de Identificação e Expulsão para imigrantes ilegais] e contra os despejos.
A manifestação terminou sem grandes incidentes, no lendário "Fenix", um dos primeiros squatter da cidade de Turim, de1980, símbolo da luta e da dinâmica das ocupações na cidade.

O chamado do protesto, sob o slogan ”Pela reapropriação e a defesa dos espaços autogestionados e a liberdade de todo/as”, dizia:

“Em resposta aos contínuos ataques institucionais e da mídia contra todas as realidades okupas, vamos às ruas para dizer "Basta!", para um regime cada vez mais opressivo e uma repressão cada vez mais generalizada, onde a democracia e a liberdade são traduzidas em CIEs e na militarização das cidades. A "segurança" que tanto invocam, cria um clima de terror, enquanto que as pessoas continuam a morrer: no trabalho, em uma chantagem social que nos restringe a sobrevivência; nas prisões pelas condições desumanas; na rua, nas mãos da polícia. Em nome do progresso e da economia, a nossa saúde é envenenada pelos mega-projetos industriais e nossa mente é manipulada pela mídia.”

Mais infos: http:/tuttosquat.net
agência de notícias anarquistas-ana

portas batendo
fugindo da chuva
o vento

Alonso Alvarez

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Contra a “ilegalização” da FAU Berlim - Apelo urgente à solidariedade internacional

Desde o dia 11 de Dezembro de 2009, a FAU berlinense (Freien ArbeiterInnen Union, secção alemã da AIT) está proibida de exercer actividade sindical. A sentença foi emitida sem que a FAU de Berlim tivesse conhecimento das medidas legais adoptadas pela Neue Babylon Berlin GmbH, empresa com a qual mantém um conflito laboral há vários meses. A sentença não se limita a privar a FAU-Berlim dos seus direitos sindicais no conflito com o cinema Babylon. A partir de agora a FAU-Berlim está proibida de se autodenominar “sindicato”!

Contexto

Desde Junho de 2009, a FAU de Berlim e a sua secção sindical no Babylon vêm lutando por um contrato colectivo de trabalho no único cinema semi-privado da cidade. Apesar de este cinema ser financiado com subsídios públicos, os seus trabalhadores recebem salários de miséria e não vêem os seus direitos laborais serem respeitados. Uma parte importante dos trabalhadores organizou-se dentro da FAU-Berlim. Este conflito, que representa a primeira grande luta laboral da relativamente pequena FAU-Berlim, teve eco não só na capital, mas em toda a Alemanha. Os anarco-sindicalistas em luta, um boicote muito eficiente e presente nos meios de comunicação, reivindicações inovadoras e de grande alcance, assim como a participação dos próprios trabalhadores (algo pouco habitual na Alemanha) tiveram uma grande repercussão na opinião pública. Quando a pressão exercida aumentou ao ponto de os gerentes do cinema não poderem continuar a negar-se a negociar, deu-se a intervenção não só de políticos, como também do sindicato Ver.di (filiado na central sindical DGB) que, sem possuir qualquer tipo de representação na empresa, iniciou negociações com o conselho directivo do Babylon. Os trabalhadores, apesar dos seus protestos, foram excluídos das negociações.

Hoje sabe-se que, por detrás das negociações, houve um pacto estabelecido entre os partidos políticos do governo de Berlim, o sindicato Ver.di e o conselho directivo do cinema Babylon para tirar a FAU-Berlim do assunto e acalmar a situação. Mas apesar de tudo, os trabalhadores e a FAU recusaram-se a ser silenciados. A empresa reagiu com vários ataques jurídicos e o Ver.di com uma campanha de desprestígio contra a FAU. Primeiro, os boicotes – uma das principais formas de pressão utilizadas pela FAU-Berlim – foram proibidos por ordem judicial e colocou-se em dúvida a “capacidade para negociar acordos” da FAU (na Alemanha este é um pré-requisito para poder legalmente protagonizar lutas sindicais). Ao mesmo tempo, foram movidos outros processos em tribunal contra a FAU relacionados com a liberdade de expressão. Mas a FAU não se deixou amedrontar. Isto levou à última sentença do tribunal, que basicamente ilegaliza a FAU enquanto sindicato.

A situação na Alemanha

Desde o início, a FAU-Berlim afirmou que neste conflito, por modesto que possa parecer, não se luta apenas por melhores condições laborais, mas também pela liberdade de organização sindical enquanto direito fundamental na Alemanha. Neste país não existe tradição sindical combativa desde 1933. O chamado “sindicato unitário” DGB possui na prática um monopólio corporativista protegido pela jurisprudência, que impede o aparecimento de sindicatos alternativos. A auto-organização e a descentralização dentro dos sindicatos não são encorajadas e não gozam de protecção legal na Alemanha.

O modesto conflito da FAU Berlim no cinema Babylon demonstrou, pela primeira vez na história da República Federal da Alemanha, que existe uma alternativa sindical. A existência desta alternativa não pode ser tolerada pelos grandes sindicatos oficiais e pelos políticos, provavelmente temerosos de que a mesma se estenda como um vírus. A ilegalização da actividade sindical da FAU deve ser vista neste contexto. A sentença implica que não se possam construir sindicatos legalmente reconhecidos na Alemanha, uma vez que, paradoxalmente, a condição de sindicato depende do reconhecimento legal prévio. Os conflitos laborais levados a cabo sem esta “legalização”, sem a condição de sindicato oficialmente reconhecido, podem acarretar duras sanções jurídicas. A FAU-Berlim foi ameaçada, em duas ocasiões, com multas de 250 mil euros ou sentenças de prisão. Portanto, a FAU não pode desenvolver o seu trabalho sindical de forma legal, devido a esta determinação. De novo, os anarco-sindicalistas alemães vêem-se ameaçados com uma nova proibição, depois das de 1914 e 1933.

A decisão judicial é especialmente escandalosa pelo facto de ser proferida num processo sumário, sem qualquer possibilidade de defesa. Isto deve-se também à ausência na Alemanha duma definição jurídica de sindicato e à arbitrariedade com a qual os poderes decidem em matéria sindical. A Alemanha assinou os acordos da OIT, mas na prática estes não existem, porque os grandes sindicatos, quase sempre em colaboração com o patronato, decidem o que é um sindicato e o que não é. Os sindicalistas tinham mais direitos com o Kaiser no século XIX e nos anos 1920 do que nos tempos actuais. A situação actual na Alemanha é semelhante à da Turquia, por exemplo, onde os sindicatos são ilegalizados com frequência.

Obviamente, existe a possibilidade de recorrer desta sentença, mas a FAU de Berlim quer manter os pés bem assentes na terra: nesta altura, tudo é possível. O clientelismo político e a tentativa de acabar com qualquer iniciativa sindical de base são evidentes.

Consequências

O alcance desta sentença é enorme e, a concretizar-se, será nefasto. Desde sexta-feira, a FAU-Berlim é um sindicato ilegalizado de facto. A sentença é, no essencial, extensível à FAU em toda a Alemanha. Ao estabelecer um precedente, repercutir-se-á automaticamente no movimento sindical e nos direitos d@s trabalhador@s em geral. Qualquer alternativa sindical será impossível se esta sentença fizer jurisprudência. Isto é uma novidade em termos de repressão anti-sindical na Alemanha. O patrão não só poderá escolher ele mesmo o sindicato com quem negociar, como também poderá decidir o que é e o que não é um sindicato. A auto-organização dos trabalhadores – seja no cinema Babylon ou em qualquer lado – foi bloqueada e o amordaçamento institucionalizado da classe trabalhadora intensificou-se ainda mais. O sindicato Ver.di também é culpado devido à sua intervenção anti-solidária, e é muito provável que tenha exercido pressão a favor da produção desta sentença, já que declarou por escrito que via na FAU uma rival contra a qual era necessário actuar.

Solidariedade!

A batalha pela liberdade sindical na Alemanha já começou. Toda a solidariedade é necessária. Denunciem este escândalo, protestem em frente das instituições alemãs e exijam que a sentença seja revogada e que a FAU veja respeitados todos os seus direitos enquanto sindicato!

As vossas ideias são bem-vindas, mas fazemos algumas sugestões para acções solidárias:

- Realizar acções de protesto em frente das representações diplomáticas alemãs (embaixadas, consulados, etc.) ou de qualquer outro representante da Alemanha nos vossos países;

- Enviar cartas de protesto às embaixadas da Alemanha (remetendo uma cópia para o conselho directivo do cinema Babylon)

- Enviar faxes de protesto dirigidos ao Tribunal de Berlim responsável.

Em breve podereis encontrar toda a informação importante em http://www.fau.org/verbot. Incluir-se-á uma lista das representações diplomáticas alemãs, modelos de carta de protesto e os contactos necessários.

Para sábado, dia 19 de Dezembro, foi convocada uma manifestação em Berlim. Qualquer acção que possam organizar em tão pouco tempo será bem-vinda. No entanto, a vossa solidariedade não tem que limitar-se a esta data – pode ser expressada em qualquer altura.

Nota importante: É possível que a decisão seja revogada através de meios legais, mas não vamos ficar de braços cruzados à espera que isto ocorra. O simples facto de nos terem tão facilmente ilegalizado, mesmo que seja de forma provisória, requer uma resposta contundente. Ainda mais, sendo esta uma questão de vital importância para os nossos direitos enquanto trabalhadores na Alemanha.

Contacto da FAU-Berlim: Lars Röm | faub5@fau.org | +49 1577-8491072
Por favor, não se esqueçam de enviar informações acerca das vossas acções para os companheiros de Berlim (faub@fau.org)

Retirado de: AIT-SP

sábado, 19 de dezembro de 2009

Eco-libertário é solto nos EUA

[O eco-libertário estadunidense Jeffrey Luers deixa a prisão e está livre, depois de nove anos e meio de cadeia.]

Na manhã de ontem (17), em Portland, Oregon, Jeffrey Luers foi libertado depois de nove anos e meio de prisão. Luers, por um "erro administrativo", foi posto em liberdade em 20 de outubro passado, mas voltou para a prisão horas depois, mas desta vez a situação é diferente e ele é um homem livre de novo.

Luers, que completou 31 anos no último dia 6 de dezembro, nunca abandonou a luta dentro da prisão, desenhava, escrevia poemas e artigos sobre as agressões e as mudanças no meio ambiente que o homem está provocando, mas agora continuará esta luta do lado de fora, junto com seus companheiro/as e amigo/as.

“Agora, ele pode iniciar uma nova vida e, finalmente, ver o nascer e o pôr do sol, andar de mãos dadas, caminhar pela floresta, sentir a chuva...”, diz o comunicado do grupo de amigos e apoio de Luers, que agradece a todo/as que se interessaram pelo caso e o ajudaram de alguma forma para que Luers saísse da prisão.

Após a sua libertação Luers declarou:

"Os últimos 9 anos e meio tem sido muito duros... Tenho testemunhado na prisão coisas que vou levar comigo para o resto da minha vida. Suportei tantos sofrimentos e perdas. Sem dúvida, essa experiência me mudou muito. O que não mudou é o meu compromisso com a justiça ambiental e social ".

"Eu gostaria de agradecer a todas as pessoas que me apoiaram ao longo dos anos, especialmente, os poucos e dedicados que trabalharam incansavelmente para me tirar da prisão. Estou ansioso para passar o tempo com meus entes queridos e continuar meus estudos, bem como continuar a minha militância."

Luers foi libertado depois de ter sido condenado a 22 anos e 8 meses de prisão por atear fogo contra 3 carros 4x4 de grande porte, mais conhecidos como SUVs, em Eugene, Oregon, e atacar uma concessionária de automóveis. O seu objetivo com a ação direta era denunciar e aumentar a consciência das pessoas sobre o aquecimento global e o papel que desempenham os SUVs nesse processo. Em 2007 um Tribunal de apelações reduziu a pena de Luers para 10 anos.

Mais infos: www.freejeffluers.org

agência de notícias anarquistas-ana

ao pé da janela
dormimos no chão
eu e o luar

Rogério Martins

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

[COP 15] Fotos da repressão

Ficam algumas fotos da repressão de hoje, dia 16 de Dezembro.










DINAMARCA: Milhares de polícias para 2500 manifestantes...250 pessoas presas.

Manifestação em Copenhague é duramente reprimida pela polícia; centenas de pessoas são detidas

A polícia da Dinamarca deteve hoje pelo menos 250 pessoas que realizavam um ato de protesto para tentar entrar no centro de convenções Bella Center, sede da cúpula, e parar as sessões na COP15, onde as conversações oficiais estão ocorrendo, e realizar uma "assembléia do povo".

Milhares de policiais cercaram o Bella Center, para impedir o acesso dos ativistas, em uma ação que juntou mais de 2.500 manifestantes. O local estava cercado por mais de seis quilômetros de barreiras.

Apesar da forte presença policial dois ativistas conseguiram furar o bloqueio e entrar na sala de conferências. Lá gritaram lemas anticapitalistas. Rapidamente foram apanhados e expulsos do local.

A maior parte da manifestação, dividida em blocos, partiu de alguns quilômetros ao sul do centro de convenções, onde começaram a se concentrar centenas de pessoas desde as 8 horas da manhã. As pessoas gritavam palavras de ordem e exibiam cartazes e faixas contra o capitalismo e em defesa do meio ambiente.

Várias dezenas de ativistas foram detidos durante a passagem da manifestação pela estação de metrô Bella Center.

Quando os ativistas chegaram às proximidades do centro de convenções, a polícia avançou em direção aos manifestantes com violência. No tumulto, os policiais recorreram ao uso de cassetetes, gás lacrimogêneo, cães e spray de pimenta para reprimir e dispersar os ativistas, e detiveram mais várias dezenas de pessoas, que foram algemadas e colocadas no chão.

Os agentes detiveram também vários ciclistas que tentavam chegar ao Bella Center através de um campo de golfe adjacente, dentro do plano elaborado pela Climate Justice Action em sua ação de desobediência civil.

Pela manhã, a Embaixada da Islândia em Copenhague foi atacada com bombas de tinta, e uma série de pichações, como: “Energia verde, pura mentira”. O governo islandês deseja ver todos os grandes rios glaciais represados, todos os campos geotérmicos explorados e construir indústrias de fundição de alumínio, refinarias de petróleo e fábricas de silicone, e assim aumentar expressivamente as emissões de gases do efeito estufa no país.

Na madrugada, a sede da companhia de petróleo Chevron na cidade também foi alvejada com bombas de tinta e pedras. Esta petroleira tem um histórico de crimes ambientais em várias partes do mundo.

A mobilização de hoje foi convocada sob o lema “Reclaim Power” e durou mais de 8 horas. Os 119 chefes de Estado e de Governo começaram a chegar hoje à cúpula.

Mais infos: http://indymedia.dk/

Fotos dos protestos e repressão policial:

http://indymedia.dk/articles/1864

http://indymedia.dk/articles/1867

Fotos da ação dos ativistas tentando entrar no Bella Center com um barco inflável:

http://indymedia.dk/articles/1880

Fotos do ataque na embaixada islandesa:

http://indymedia.dk/articles/1872

agência de notícias anarquistas-ana

Eu limpo meus óculos
mas vejo que me enganei.
É lua nublada.

Neide Rocha Portugal

Relato da concentração contra o despejo do CCL - 11 de Dezembro



Ao fim da tarde de sexta-feira, dia 11 de Dezembro, cerca de 40 pessoas concentraram-se junto ao cais fluvial de Cacilhas para protestar contra a acção de despejo do Centro de Cultura Libertária. Foram empunhadas duas faixas onde se podia ler: «Contra o despejo do Centro de Cultura Libertária» e «Fazemos parte deste espaço, Lutamos apaixonadamente por ele!!!!! O CCL fica onde está!». Distribuíram-se comunicados informativos aos agitados transeuntes da hora de ponta, tendo sido ainda possível conversar com os que se mostraram mais interessados.

Retirado de: Rede Libertária

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

[COP 15] Início de noite relativamente calmo

A polícia já não está a impedir a passagem para o Centro Social Bolsjefabrikken e levantaram as barreiras, mas continuam as recolher as bicicletas e material informático.

Ainda não há informação da hora a que será o concerto de hoje à noite devido ao raid policial no Centro Social.

Ficam algumas fotos

[COP 15] Continuam as detenções

Há pouco tempo a polícia continuava a revistar a fábrica de doces registando já uma detenção. Foram apreendidas as bicicletas que iam ser usadas amanhã num "bici block".

Foram detidos 20 franceses pertencentes ao grupo Désobéissants no Klimaforum.

A Rua
Lærkevej está fechada pela polícia numa tentativa de impedir o concerto de David Rovics.

A Guantanamo climática, relatos da revolta no interior

Isto é o que se passou tanto no Sábado como no Domingo quando gás pimenta foi usados contra os presos na chamada "prisão climatica" em Valby. Isto aconteceu relacionado com a revolta dos presos que involveu centenas de activistas.

A Modkraft falou com varios activistas climaticos que testemunharam a revolta.

"A atmosfera era totalmente louca. Centenas de pessoas estavas aos gritos umas com as outras e muitos arrancaram os bancos de madeira de dentro das celas (jaulas) e começaram a bater com eles nas portas." diz Mads que estava entre as pessoas presas depois da manifestação "Hit the Production" que aconteceu no domingo há tarde em Østerbro.

- "Era possivel ver o medo nos seus olhos" -

257 activistas foram "presos preventivamente" na manif de domingo e levados para o principal local de detenção da policia, conhecido como "a prisão climatica".

Mads explica que a policia usou gás pimenta varias vezes contra ele e outros que estavam sentados nas jaulas de metal que mediam 2.4 por 5 metros.

A sua historia é confirmada por duas raparigas Suecas com quem a Modkraft tambem falou. Elas disseram que existia uma "atmosfera caotica" na prisão no Domingo há noite onde elas tambem estavam detidas em celas metalicas depois da manif em Østerbro.

"A policia irrompeu pelas celas e tirou-nos tudo: cobertores, garrafas de água e bancos foram todos retirados. Usaram imenso gás pimenta que rapidamente se espalhou pela divisão." diz Elli.

Ela conta-nos que um grupo de prisioneiros conseguiu abrir a porta de uma das celas.
De acordo com Ellie e a sua amiga Marta este episodios foi o rastilho da acção da policia nesse domingo à noite.

"Era possivel ver o medo nos seus olhos. Eles foram muito agressivos, e ameaçaram usar mais gás contra nós." diz Marta

Para se protegerem do gás muitos dos presos rasgaram os lençois em pedaços e usaram-nos para tapar os olhos. As duas raparigas descrevem a experiência como "traumática", "humilhante" e "profundamente chocante".

"Muitas pessoas estavam em pânico e com medo. Era impossivel escapar." diz Marta.

- Policias com protecções de ouvidos -

No forum da internet "Anarchist Debate Forum" um manifestante chamado Holst que tambem esteve detido em Valby descreve os seguintes acontecimentos:

"Quando eu fui detido hoje, os bancos que estavam atados às paredes das ceklas foram arrancados e usamo-los como aríetes contra as portas. As pessoas faziam tanto barulho a cantar e ao raspar com garrafas de plastico nas barras das celas que os policias tinham que andar por lá com protecções para os ouvidos. Muitas das portas que tinham sido destruidas no Sabado tinham sido substituidas por grossas tábuas de madeira. Os papeis com os direitos e os atoalhados das camas tinham sido rasgados em confettis."

"Depois de algum tempo a policia invadiu as celas para retirar todos os bancos (os que não tinham sido arrancados foram destruidos) colchões e garrafas de água. Eles usaram gás pimenta para entrar nas celas."

"Nas horas seguintes as pessoas tiveram que se sentar no chão de cimento e foi-lhes dada água a beber através das barras das celas como se faz aos hamsters."

Houve tambem problemas na cadeia climatica no Sabado à noite depois da policia prender 968 manifestantes em Amagerbrogade. DR descreveu a situação com estas palavras:

"Dentro da prisão alguns dos detido, entre outras coisas, arrancaram paredes entre as celas. Muitos dos bancos foram tambem removidos e os prisioneiros estão agora sentados no chão."

Durante os disturbios, a policia trouxe cães para o hall mas depois decidiu leva-los de volta.

- Policia mordido por cão numa coxa -

Outra das detidas disse à Modkraft que ela se sentou junto com outros 10 na cela em Valby. A dado momento "as pessoas nas minha cela começaram a pendurar os cobertores para que a policia não pudesse ver lá para dentro. A policia reagiu e arrancou-nos os cobertores."

Mais tarde, as pessoas começaram a atacar a porta da cela para que a fechadura se parti-se. Depois disso, os bancos foram arrancados e a policia entrou com o gás pimenta. Levaram as 2 pessoas que tinham batido na porta, colocaram-lhes algemas plásticas e colocaram-nos numa cela onde não estava mais ninguem. Os outros presos da mesma cela foram tambem movidos e levados para outra das jaulas.

O episodio, testemunado pelo resto dos detido levou a que se produzisse imenso barulho o que levou a policia a trazer os cães para o hall da prisão. Eles fizeram-nos passar perto das celas até que um cão ficou tão nervoso que mordeu um policia numa das coxas.

- Queixas a caminho -

Como Mads, as duas raparigas Suecas foram libertadas na noite de Domingo depois de várias horas em custódia da policia. Foram levadas para a estação de comboio mais proxima onde foram então soltas. Nenhuma das duas foi acusada de nada, nem receberam qualquer explicação do porquê de terem sido detidas.

Todos os 3 decidiram queixar-se das suas detenções e do tratamento recebido. Não porque queiram compensação, mas porque não querem que mais ninguem tenha que passar pela mesmo experiencia.

"Esperamos que as nossas queixas possam ajudar a mudar o sistema. Não pode ser considerado correcto que a policia prenda pessoas que nada fizeram e que as ponha em jaulas como animais. É completamente inhumano e está na fronteira da tortura." diz Elli

De acordo com o grupo de apoio legal Rusk que tratou das queixas dos manifestantes, o gás pimenta foi tambem usado em detido em situação semelhante a 12 de Dezembro na prisão de Valby.

"É totalmente condenavel e dá a impressão de que a policia não é capaz de gerir estas situações de forma construtiva". Diz o porta-voz da Rusk, Marc Jørgensen à to Modkraft.dk

A Climate Justice Action, rede de activismo que organiza a maioria das acções de desobediência civil em relação à cimeira do COP15, está tambem revoltada com os metodos da policia.

"O comportamento da policia é totalmente inaceitavel. É suposto que a policia use fás pimenta em vez de disparar, mas nesta situação ele foi usado contra manifestantes detidos que de forma nenhuma podiam constituir ameaça. É tempo de alguem tomar uma acção e para este comportamento louco da policia." Escreveram num press release.

A policia no entanto não acha que tenham agido de forma irresponsavel.

"O que me foi dito foi que dentro de uma cela de 10 individuos, houve 4 ou 5 que se tornaram violentos e usaram bancos de madeira para bater nas celas. Por isso decidimos usar o gás pimenta contra eles, mas não directamente contra os olhos", diz o porta-voz da policia Henrik Suhr ao politiken.dk sobre este episodio.

MR
do original http://www.modkraft.dk/spip.php?article12227
traduzido de http://www.indymedia.org.uk/en/2009/12/443473.html por Anon

fotos das instalações e das jaulas em http://nocop.italy.indymedia.org/node/834
video: http://www.indymedia.dk/videos/1666

Retirado de: Indymedia Portugal

[COP 15] Mobilizações de hoje, dia 15 (Update)

Tazio Muller, porta-voz do Climate Justice Action foi detido cerca das 15 horas (locais) pela polícia secreta dinamarquesa!

Há também informação que 3 carrinhas da polícia e uma patrulha canina estão perto da fábrica de doces onde funciona o Centro Social Bolsjefabrikken. A àrea está a ser revistada, não pode entrar nem sair ninguém.

Ficam algumas fotos da manifestação de hoje.



[COP 15] Mobilizações de hoje, dia 15

Cerca do meio dia começou a marcha "Resistance is Ripe" acompanhada por um exagerado aparato polícial. A marcha começou com cerca de 400 pessoas acompanhadas por 20 patrulhas e 5 cavalos.

O dia hoje está bastante frio, está a cair neve, mas mesmo assim as actividades continuam!

Por volta das 15 horas (locais) a manifestação parou para poder falar um orador. Tarefa que foi muito dificultada pela polícia que fez tudo para impedir que as pessoas ouvissem.

Entretanto a polícia montou guarda a uma bomba de gasolina da sHell que estava nas imediações.

Há alguns minutos 17 activistas invadiram um encontro de empresários e políticos num hotel de Copenhaga como podemos ver nas seguintes fotos:

Prémio Nobel da Paz?!

Centenas de pessoas detidas em Christiania; Carros da companhia dinamarquesa de energia Dong Energy são incendiados

Centenas de pessoas detidas em Christiania; Carros da companhia dinamarquesa de energia Dong Energy são incendiados

Mais de 200 pessoas foram presas na madrugada passada pela polícia dinamarquesa na “cidade livre” de Christiania, em Copenhague, em distúrbios relacionados com a COP15.

Os confrontos começaram ontem à noite quando, durante uma festa organizada por grupos de ativistas em Christiania, após um debate do qual participaram, entre outros, a escritora canadense Naomi Klein, centenas de policiais invadiram o bairro promovendo agressões e detenções indiscriminadas.

Dezenas de pessoas em bares e ruas próximas também foram detidas. A polícia usou gás lacrimogênio, canhões d´água, cachorros e bombas para dispersar os ativistas, que responderam montando barricadas, disparando rojões e lançando pedras e paus contra os agentes.

A maioria dos detidos foram presos de forma preventiva e transferidos para "Guantánamo Climático", o centro de detenção habilitado pelas autoridades dinamarquesas durante a cúpula, quase todos foram libertados nas últimas horas.

Pelo menos 12 dos detidos ficarão à disposição da justiça, acusados de agressão à polícia, vandalismo e perturbação da ordem pública.

Mais carros incendiados

Nesta madrugada houve relatos que pelo menos 12 veículos foram incendiados em diferentes lugares de Copenhague, incluindo três pertencentes à companhia dinamarquesa de energia Dong Energy.

Vídeo dos carros da Dong Energy incendiados:

http://ekstrabladet.dk/112/article1269307.ece

Fotos da repressão em Christiania:

http://www.indymedia.dk/articles/1752

http://www.indymedia.dk/articles/1767

http://www.indymedia.dk/articles/1769

agência de notícias anarquistas-ana

por uma só fresta
entra toda a vida
que o sol empresta

Alice Ruiz

[COP 15] Mais fotos da intervenção policial




Segundo o Indymedia dinamarquês a polícia revistou também bastantes casas em Christiania.

[COP 15] Novo updade da situação de Christiania

A 200 metros de Ragnhildsgade estão a arder dois carro e o fogo já se estendeu a um edifício. Nessa zona a polícia está a tentar reter as pessoas.

Copenhaga está a ser vigiada por helicópteros e de momento a polícia parece ter-se finalmente retirado de Christiania.

O saldo de esta noite fica por pelo menos 200 detidos só nesta intervenção policial.

[COP 15] Continua repressão em Christiania

Todas as pontes de Christiania estão cheias de polícias que estão a soltar os cães nas ruas dos arredores da cidade livre.

Entre os detidos há 3 repórteres do Indymedia que devem ser encaminhados para a prisão de Valby.

Há também um camião da polícia que está a iluminar e a filmar quem sai da zona.

Todos os bares e cafés estão fechados excepto o Woodstock que voltou a abrir apesar da massiva presença policial.

[COP 15] Updade da situação de Christiania

Depois de entrar em Christiania, a polícia fez várias detenções, os media dinamarqueses falam em mais de 200 detenções.

Os agentes repressores mantêm várias ruas cortadas e patrulham a zona a pé e com helicópteros. De momento tentam afastar as pessoas de Christiania ameaçando de prisão quem não se retira.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

[COP 15] URGENTE, Polícia ataca Christiania!

O grupo legal "Rusk" informou que a polícia tem usado repetidamente gás pimenta nas celas onde estão detidos os activistas! Segundo os relatos, algumas vezes a polícia retirou a água para beber das celas depois do ataque com gás pimenta!

Entretanto perto das 22:40 a polícia começou a cercar Christiania e começaram a ser levantadas barricadas.

Neste momento já há 50 piquetes da polícia a atacar as barricadas com o apoio de canhões de água. Há poucos minutos chegou a brigada canina.

Mais informações logo que possível.

Fonte: La Haine

É preciso coragem...

Depois de um jornalista ter mandado um sapato à tromba do ex-presidente dos EUA George Bush aconteceram mais duas situações do género.

Uma foi no Irão, em que uma mulher fez frente a Mahmud Ahmadinejad copo podemos ver na seguinte imagem:

A outra situação aconteceu em Milão depois de um comício do partido de Silvio Berlusconi em que este foi agredido ficando ferido:

[COP 15] Problemas nas negociações

Hoje de manhã as negociações na Cimeira de Copenhaga foram suspensas devido ao abandono dos ministros dos países africanos.

Foi avançado que os países em desenvolvimento (G77) temem que a Cimeira negligencie a renovação dos compromissos dos países industrializados, depois de 2012, ao abrigo do Protocolo de Quioto.

Já há notícias que os países africanos voltaram aos trabalhos da Cimeira que entretanto deve decorrer normalmente.

[Dinamarca] Centenas de ativistas são detidos em ação anticapitalista

Neste domingo (13), 260 ativistas foram detidos quando se dirigiam ao porto da cidade em uma ação anticapitalista cujo objetivo era interromper a atividade comercial de grandes corporações poluentes. A mobilização foi convocada sob o lema "Hit the Production" (Ataquem a Produção).

Um grupo de aproximadamente 500 pessoas se reuniu no centro da cidade para depois se encaminharem para a área portuária. No entanto, um grande número de policiais interrompeu a marcha pouco depois e prendeu vários participantes da manifestação.

Além de prender várias pessoas, inclusive jornalistas dos meios corporativos credenciados, a polícia esvaziou a caminhonete de som que animava a mobilização e a levou embora. As autoridades também confiscaram a faixa principal do protesto com a inscrição "Ataquem a Produção".

Os manifestantes foram forçados a sentar-se no chão e algemados, permanecendo ali durante duas horas. A polícia pisoteou alguns ativistas e usou cães para amedrontar as pessoas.

Os detidos foram para um “Guantánamo Climático” criado especialmente para os manifestantes da cúpula climática, em Retortvej, organizado em Valby, nas imediações de Copenhague.

A polícia e a grande imprensa continuam, como de praxe, acusando grupos anarquistas de estarem na cidade para promover atos de violência durante a Conferência do Clima.

A maioria dos detidos ontem (12) já foram soltos.

Fotos: http://indymedia.dk/articles/1617

Vídeo: http://www.modkraft.dk/spip.php?article12204

agências de notícias anarquistas-ana

a tua paixão
me molha feito calor
do sol de verão

Cristina Saba

Diário de activistas na COPenhaga (11-13 Dez)

Foto Retirada de: La Haine

Nos últimos 3 dias tiverem lugar já várias accões em Copenhaga, umas organizadas, outras espontâneas.
Para o dia 11, Don't Buy the Lie, ver o artigo "Primeira manifestacão em Copenhaga termina com mais de 40 detencões preventivas". Só quero acrescentar que não houve violência nenhuma, nem quando foram detenidas mais umas 60 pessoas. A polícia é bem organizada, e consegue dispersar as massas e isolar pequenos grupos de activistas para detê-los de maneira eficaz e não-violenta. O CJA (Climate Justice Action) chamou à não violência, e parece que os activistas respeitam esta chamada, pelo menos em relacão à violência contra pessoas.

http://www.indymedia.dk/articles/1500

A polícia actuou da mesma forma ontem, durante a accão "system change, not climat change". Oficialmente, ia ser uma mega-manifestacão aberta a toda pessoa, de crianca até idoso, que comecava no centro da cidade e levava a marcha ao Bella Centre, umas 3 horas de caminho do ponto inicial, mas alguns grupos responderam ao "call-out" de ficar na cidade e fazer accões mais directas. A marcha prevista atravassava um terreno industrial e depois campo, onde ninguém ouviria a nossa voz. Quando a marcha arrancou e uma parte se separou dela, a polícia interveio imediatamente e isolou esta parte do resto da marcha, que continuou sem problemas até ao Bella Centre. O grupo isolado pela polícia foi levado até um sítio menos central, onde ficaram umas horas no frio, cercados de polícia. Os Ritmos da Resistência, que se encontravam fora do círculo policial, tentaram manter o espírito dos activistas quente e alegre, o que conseguiram fazer, com a ajuda de uma cozinha móvil que distribuiu sopa quente entre as pessoas não cercadas. O grupo isolado foi detido de forma não-violenta, tanto como perto de 800 pessoas em outras localizacões.

http://www.indymedia.dk/articles/1526

Mais tarde houve uma accão espontânea de solidariedade com os detidos, da qual não posso dar mais informacões, por falta delas.
Hoje havia duas accões: uma directa, o "Hit the Production" e outra muito pacífica, organizada pela Via Campesina. Não posso dar muitas notícias da primeira, mas diz-se que os activistas foram cercados e detidos logo no início e não conseguiram fazer accão nenhuma. O objectivo era conseguir que o porto de Copenhaga não pudesse funcionar normalmente durante alguns meses, e como o objectivo e a táctica foram detalhadamente anunciados numa reunião aberta, aconteceu o que era de esperar. mais informacões em:

http://www.indymedia.dk/articles/1611

A accão da Via Campesina comecou com poucos participantes, mas cersceu aos poucos. No ponto da concentracão representaram um teatro sobre a indústria da carne e houve alguns speeches de representantes de Via Campesina e outras ONGs. Entretanto, os Ritmos da Resistência, que decidiram apoiar esta accão, fizeram uma pequena marcha pelas ruas perto da concentracão para atrair mais pessoas com a sua música. Umas 300 pessoas, entre os quais uns paiacos, muitos percussionistas, Via Campesineses e simpatisantes, fizeram uma manifestacão espontânea até ao Klimaforum, sempre vigiados pela polícia, mas apesar de terem conseguido bloquear durante uns 5 minutos 4 carrinhas de polícia que provavelmente estavam a caminho do porto, não houve detidos nem grandes confusões.

Hoje (13 de Dezembro) haverá mais uma accão de solidariedade com os detidos dos últimos dias por volta das 5, frente à prisão.
De resto posso acrescentar que já foram deportadas pessoas, que há visitas nocturnas pela polícia nos sítios de hospedagem dos activistas, mas que de resto não houve situacões nenhumas de violência, nem da parte dos activistas, nem da polícia (pelo menos, não vi nem ouvi nada do género). As sirenas estão a chamar-me para a rua, mais notícias dentro de alguns dias.

Mais informacões sobre a accão de Via Campesina:
http://viacampesina.org/main_en/

O dossier das activistas do GAIA em Copenhaga pode ser consultado em http://gaia.org.pt/node/15208

Retirado de: Indymedia Portugal

domingo, 13 de dezembro de 2009

Centro de Media Independente Portugal relançado!


http://pt.indymedia.org
Indymedia Portugal relançado, 10 anos depois do início do Indymedia global

A rede Indymedia nasceu no calor da revolta de Seattle, como uma dimensão fundamental do movimento global. Um movimento que ultrapassa as tricas separadoras dominantes da acção política tradicional (reformismo/revolução, local/global, violência/não violência) e inventa respostas práticas para lhes esquivar, desde os Fóruns Sociais, como forma organizativa que tenta superar o canibalismo político, até à 'desobediência civil protegida', como original prática de rua.



Seattle foi apenas a primeira face visível e a Organização Mundial de Comércio (OMC) tão só o pretexto para o que, há muito, se vinha a cozinhar, a necessidade de acordar a malta, de ser suficientemente confrontacional para trazer para a arena pública a voz duma oposição global ao sistema capitalista (e não apenas à OMC) que, pelo que se lia nos jornais e se via nas TVs, não existia.

Há dez anos, no dia 30 de Novembro de 1999, centenas de milhares de pessoas em todo o mundo trouxeram para as ruas a sua insatisfação. Em Seattle, mas também no Porto, em Lisboa, em Londres, em Berlim, na Índia ou na Nova Zelândia. Gente que acreditava que era preciso desmascarar o mundo para o qual se caía e se continua a cair. Com acções mais ou menos espectaculares, a resposta à globalização tornava-se definitivamente global. Festas, flyers, cartazes, ocupações, acções de protesto ou sabotagem, manifestações, palestras, debates, tudo serve e tudo serviu para avisar as pessoas e fazer com que solidariedade fosse mais do que uma palavra com sete sílabas, um redondo vocábulo.

O CMI Portugal é, como todos os centros de media independentes, um centro de informação livre e independente, que cumpre os requisitos para fazer parte da rede IMC e concorda com os princípios de filiação à rede. Funciona para que as pessoas possam tornar-se elas mesmas meios de informação livres e independentes.

Como tal, pretendemos realizar uma acção directa informativa, deixando de confiar aos meios de comunicação corporativos a tarefa de intermediar em exclusivo os acontecimentos e a sua interpretação. Convertemo-nos assim em fonte geradora de um discurso livre da manipulação de governos e corporações, e assumimos o nosso papel como artífices e zeladores dos canais que nos permitem transmitir e difundir uma outra visão da realidade.

O CMI Portugal pretende, assim, pôr em prática todos os mecanismos da imaginação que nos permitam, em conjunto, criar, aqui e agora, fragmentos de um mundo melhor. O desafio é, portanto, grande. Mas acreditamos que um colectivo de pessoas empenhadas em construir algo em conjunto conseguirá fazê-lo, enquanto esse empenho se mantiver, ultrapassando as várias barreiras que forem surgindo. Pretende-se, portanto, com este texto, não apenas a apresentação de uma nova forma de mostrar o que nos move, mas, acima de tudo, lançar um apelo para todos os que, como nós, acreditam que a realização voluntária, colectiva e horizontal de um meio de informação é, ao mesmo tempo, uma machadada nos paradigmas actuais e uma experiência de trabalho num mundo já transformado. Um apelo para que se juntem a esse mundo, para que se povoe de gente e, portanto, de novas possibilidades de ser melhor.

Reactivamos assim o CMI Portugal, para que tenhamos nós também uma voz alternativa aos grandes meios de comunicação deste país.

Estás preparado para escrever a tua notícia?

Ajuda-nos a construir este mundo melhor!
Artigos relacionados:
10 Anos de Seattle

Colectivo editorial do Centro de Média Independente - Portugal
http://pt.indymedia.org

sábado, 12 de dezembro de 2009

[COP15] Esperadas mais de 40.000 pessoas para manifestação amanhã, na Dinamarca

En la manifestación de mañana se esperan más de 40.000 personas

[Sydsvenskan. Traducido por La Haine]

Este sábado se realizará una de las manifestaciones más grandes de la historia de Dinamarca, hacia el centro de convenciones Bella Center. Ha sido planeada durante 3 meses, participarán 516 organizaciones de 67 países.

"Además contamos con que muchos miles de personas que no pertenecen a organizaciones se unirán a la marcha", dijo Knud Vilby, portavos de los organizadores, People's Climate Action, que cuentan con el apoyo del ministerio de relaciones exteriores danés.

Los últimos días casi ha tenido que responder a una sola pregunta: Habrá violencia? "Mi respuesta es no. Será una manifestación pacífica"

Knud Vilby opina que hay muchos elementos que ayudan a que no haya enfrentamientos. Entre ellos, el que la marcha estará dividida en bloques, lo que facilita la vigilancia [del accionar policial y de los secretas].

Las nuevas leyes danesas que el parlamento introdujo para esta cumbre pueden asustar a muchos manifestantes. Las desusadas penas por desordenes públicos han levantado muchas protestas, entre otras de lor organizadores de la marcha.

Datos de la manifestación

Los manifestantes se reunirán a las 13hs. en Christiansborg. Allí hablará, entre otras, la fotógrafa danesa Helene Christensen, que fotografía el cambio climático en todo el mundo.

A las 14hs. empieza la marcha de 6 km. hacia el Bella Center. En la plaza Christianhavns se unirán un par de miles de personas que participaron en la conferencia climática alternativa en [el barrio libre de] Christiania.

A las 16:30 debería haber llegado la marcha al Bella Center. Allí habrá oradores, entre otras la ex-presidenta de Irlanda Mary Robinson.

A las 18:30 terminará la manifestación. Toda el área estará cerrada al tráfico privado. La única forma de salir de allí será en metro y quizás autobuses. El Metro pondrá servicios extras.