quarta-feira, 30 de abril de 2008

1º de Maio anarco-sindicalista


No 1º de Maio, sera realizado um encontro a partir das 14h junto ao metro da Praça da Figueira, em Lisboa, para marcar a data numa perspectiva anarco-sindicalista. Haverá faixas, bandeiras e distribuição de material informativo.
Apareçam

terça-feira, 29 de abril de 2008

domingo, 27 de abril de 2008

Comunicado lido na Manifestação Anti-Autoritária

EM ABRIL, VENDEM-NOS MIL MENTIRAS!


DIZEM QUE O POVO É QUE MAIS ORDENA, DIZEM QUE SOMOS LIVRES,
DIZEM QUE DEVEMOS CELEBRAR O 25 DE ABRIL DE 1974 COMO O DIA EM
QUE A HISTÓRIA ACABOU, O DIA QUE NOS DEU TUDO O QUE PRECISAMOS, O DIA EM QUE POUSÁMOS AS ARMAS E ABDICAMOS DE
LUTAR POIS JÁ TUDO FOI CONQUISTADO...

HOJE, 34 ANOS DEPOIS, AQUELES QUE FALAM SÃO SILENCIADOS,
AQUELES QUE RESISTEM SÃO ANIQUILADOS, AQUELES QUE SE ERGUEM
SÃO PERSEGUIDOS, CRIMINALIZADOS, DETIDOS E HUMILHADOS.


A CLASSE POLITICA SENTA-SE NAS SUAS CADEIRAS DO PODER, E
OBSERVA SEM NUNCA SUJAR AS MÃOS COMO UMA VEZ MAIS
CONSEGUEM REINAR PACIFICAMENTE, DESDE QUE NOS DIVIDAM.


E ASSIM DIVIDEM-NOS ENTRE RICOS E POBRES, ENTRE NACIONAIS E
ESTRANGEIROS, DIVIDEM-NOS PELA COR DE PELE, PELA ORIENTAÇÃO
SEXUAL, PELO GÉNERO, OU PELA ESPÉCIE.


E ENTRE NÓS, SEMPRE NO MEIO, SEMPRE A ESPALHAR A VIOLÊNCIA,
SEMPRE PRONTOS A OBEDECER Á VOZ DO DONO, ESTÃO AQUELES QUE
DECIDIRAM VENDER-SE A TROCO DE UMAS MIGALHAS.


COM AS SUAS FARDAS, OS SEUS CACETETES E A FRUSTRAÇÃO DE SEREM
PESSOAS SEM VALORES NEM DIGNIDADE, A POLÍCIA EXISTE CADA VEZ
MAIS PARA PROTEGER AQUELES QUE TUDO TÊM DOS OUTROS A QUEM
TUDO LHES ROUBARAM.

AS PRISÕES ESTÃO CHEIAS DE POBRES, AS ESQUADRAS ESTÃO CHEIAS DE
SANGUE, AS RUAS ESTÃO CHEIAS DE MEDO E DESCONFIANÇA.

AS VOSSAS RUSGAS, AS VOSSAS IDENTIFICAÇÕES, AS VOSSAS CARGAS, A
VOSSA VIGILÂNCIA E CONTROLE SÓ RESULTARÁ ENQUANTO NÓS O ACEITARMOS, ENQUANTO NÓS NOS CALARMOS, ENQUANTO
PERMANECERMOS ISOLADOS, DESORGANIZADOS E AMEDRONTADOS.


NÃO NOS IMPORTA A VOSSA “LEGALIDADE” OU “ILEGALIDADE”, NÃO
NOS IMPORTAM AS VOSSAS FRONTEIRAS, NÃO NOS IMPORTAM OS
VOSSOS JUÍZOS DE VALOR: IMPORTA-NOS SIM A REBELDIA, A
INSUBMISSÃO E A DIGNIDADE.


NUNCA A LIBERDADE FOI DADA OU NEGOCIADA – FOI SEMPRE
ARRANCADA PELA DETERMINAÇÃO DE QUEM QUER SER LIVRE.


PSP, GNR, PJ, SIS, ASAE, SEF, CHIBOS, INFAMES, VIGILANTES, SEGURANÇAS, AUTORITÁRIOS...
DE UMA VEZ POR TODAS DESAPAREÇAM DA NOSSA VIDA!!

CONTRA A REPRESSÃO POLICIAL
CONTINUAMOS E CONTINUAREMOS NA RUA!

sábado, 26 de abril de 2008

[Lisboa] Manifestação Anti-Autoritária

Nota Prévia: Antes de mais é necessário referir que este blog não passa disso, um blog... Não é por ter sido postada a convocatória da manifestação que quem aqui escreve passa a ser da organização da mesma. Aliás, esta convocatória foi publicada em inúmeros sites e blogs.

É também engraçado o conjunto de movimentos que referiram estar ligados a esta manifestação. Principalmente o Stop the Lisboa Treaty, que é uma iniciativa de cidadãos alemães que se dedicam a publicar textos a exigir um referendo para a Constituição Europeia e também a denunciar algumas desigualdades sociais na Europa. Não se percebe qual a ligação que os senhores jornalistas encontraram com esta manifestação. Outra coisa foi terem referido os "Ultras", que toda a gente associa rapidamente a hooligans violentos desejosos de causar o caos e a destruição. Não se entende porque não escreveram o nome completo da organização, que é Ultras Contra o Racismo que já há muitos anos lutam pela erradicação do racismo nos estádios de futebol.

Depois, a Agência Lusa afirma ter tentado contactar os organizadores da manifestação para esclarecimentos. Que se saiba ninguém foi contactado.

Subtilmente os senhores jornalistas tentaram denegrir esta manifestação dando a entender que é apenas um grupo de miúdos rebeldes que não tem respeito por ninguém...

De notar também a insistência destes senhores jornalistas em tentar fotografar os manifestantes de cara destapada, mesmo depois de os mesmos terem feito perceber que não queriam ser fotografados.


Agora a manifestação propriamente dita:



Quando a manifestação partiu da Praça da Figueira havia, notoriamente, alguma tensão no ar. Houve mesmo uma conversa mais acesa com um jornalista que apesar dos avisos estava a insistir na captação de fotos aos manifestantes.

A polícia andava sempre nas redondezas e sabíamos que estavam à espera de um deslize nosso para poder intervir. A dianteira da manifestação estava a avançar rapidamente o que fez com que o corpo da mesma ficasse um pouco disperso. Circulava a informação (ou boato) de que a polícia poderia tentar partir a manifestação ao meio. Por essa razão o pessoal que seguía na frente começou a andar mais lentamente para assim o grupo fosse mais compacto e por conseguinte mais difícil de dividir.

Ao chegar ao Rossio houve alguns atritos com o pessoal da Associação 25 de Abril como é aqui relatado:

A concentração saiu da Praça da Figueira, passou pelo Largo de São Domingos e fez-se notar ao entrar no Rossio, com os tambores, buzinas e coros a inquietarem os membros da Associação 25 de Abril, que fazia naquela altura as suas intervenções num palco montado frente ao Teatro Nacional Dona Maria II.

"Vieram provocar uma manifestação organizada e a polícia sem fazer nada. Eu já fiz um 25 de Abril, agora tenho que fazer outro?", queixou-se um dos elementos da associação, que preferiu não se identificar.

De referir que nós não estávamos ali para provocar os senhores... Nem estávamos ali para festejar o 25 de Abril... Estávamos na rua para protestar contra o estado deste nosso mundo (falando de maneira generalista), contra o capitalismo, fascismo, e contra o cada vez mais enervante comodismo das pessoas...

Ouvimos algumas bocas, mas enfim, a manifestação continuou...

Ao chegar à Rua Augusta andámos muito devagar devido às esplanadas dos cafés. De referir o episódio do "homem-estátua" que, muito bem disposto, interrompeu a sua actuação para dar passagem ao grupo, a ele obrigado!

Depois, circulou outro aviso (ou boato) de que a polícia estaria pronta a intervir e que essa intervenção seria feita pelos lados para assim poder dividir o pessoal. O lado que estava mais exposto era o direito, mas tendo em conta a união do pessoal é bastante provável que se tivesse conseguído resistir em caso de ataque. Mas felizmente, isso não se verificou e a manifestação chegou pacificamente ao Terreiro do Paço onde forma queimadas as notas de 500 e foi lido mais um comunicado.

De referir que os senhores jornalistas só conseguíram perceber algumas palavras dos dois comunicados que foram lidos que foram: "Chibos infames", "Sangue nas ruas", "continuamos e continuaremos nas ruas"... Mais uma vez é uma mensagem violenta que passam, mas já vamos estando habituados...

Depois de algum tempo no Terreiro do Paço a manifestação começou a desmobilizar e de referir que os vários grupos que se iam retirando eram seguídos pela polícia que aproveitava para tirar fotos a quem já estava de cara destapada. Mesmo depois de desmobilizada houve agentes à paisana que tentaram criar confusão para justificar uma intervenção dos seus colegas robocops. felizmente toda a gente percebeu o que se passava e ninguém perdeu a compostura.

Foi talvez um dia perdido para os repórteres sedentos de sangue e de lojas partidas e de gente assaltada... Mas para nós foi um dia em cheio.

Paz Saúde e Anarquia

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Unas grabaciones captan a Vigilantes agrediendo a Pasajeros


Una grabación capta a un vigilante del metro de Madrid mientras patea a un viajero
La secuencia dura dos minutos. Dos vigilantes de la empresa Prosegur bajan por una escalera mecánica de una estación del metro de Madrid. Una tercera persona graba desde atrás. La escasa calidad hace presumir que lo hace con un teléfono móvil. Caminan unos metros y doblan la esquina.

Allí esperan otros dos vigilantes y un hombre al que levantan del suelo. "¡Vamos, Nelson!", se oye. "¿Tienes billete? No hay billete", dice uno de los vigilantes, moreno y corpulento. Insiste: "¡El billete, dame el billete!". Le da un guantazo que hace al hombre llevarse la mano a la cara. Otro vigilante saca imágenes con el móvil en un lateral. El hombre al que piden el billete viste gabardina gris y una camisa semiabierta por el pecho.

La secuencia del vídeo, al que ha tenido acceso EL PAÍS, continúa. Un portavoz de Metro confirmó que la grabación está hecha en el suburbano madrileño. Una portavoz de Prosegur, que vigila tres líneas del metro (la 1, la 6 y la 11) con 300 trabajadores, señaló que no tienen constancia de ninguna agresión.

El vigilante habla de nuevo: "Estamos perdiendo tiempo y dinero, el billete, el billete...", insiste. Los demás miran. El móvil no deja de grabar. Aunque el vídeo tiene fecha del 21 de febrero, no es posible conocer exactamente cuándo se produjo la grabación, según técnicos consultados. "Oye, venga, déjalo ahí", pide otro compañero. No le hace caso. El hombre de la gabardina hurga en su bolsillo. "¡Jaime, venga, llévatelo!", se oye otra voz de hombre por detrás. Dos viajeros pasan por un lateral sin pararse. Mientras el usuario busca algo entre un montoncito de papeles, recibe un nuevo golpe en la otra mejilla del mismo vigilante, que le saca dos cabezas. Cae al suelo. Una nueva voz: "¡Caballero, haga usted el favor!". Y comentario insistente: "¡Jaime, llévatelo!".

Dos vigilantes se acercan. Más gritos: "¡Venga, a tomar por culo ya... a la calle... ¿subo y te doy otro palo?". El viajero ya está de pie. Se agacha a coger algo del suelo. Y el mismo vigilante le da una patada en el estómago. Se oye una carcajada. Más insultos: "¡Gilipollas!". Y más risas. Dos vigilantes lo suben por la escalera mecánica del fondo. Un tercero les sigue. El vídeo termina con un inquietante "está grabado todo" que dice el hombre que lleva el móvil.

Segundo vídeo. Un viajero con una camiseta naranja baja unas escaleras por un pasillo de una estación del metro de Madrid. Alguien lo graba desde atrás. Cuando dobla la esquina, le espera un vigilante de Prosegur con las manos a la espalda. Se pone detrás y lo sigue. "¿Eres tonto?", le pregunta el vigilante, moreno y corpulento. Le golpea en la cabeza con la mano. El hombre se vuelve e intenta explicar algo imposible de entender. Le vuelve a dar un golpe y le persigue mientras sube unos escalones. Le da un empujón. "¡Cámara!", dice al final el hombre que ha grabado con el móvil el vídeo, de 27 segundos y con fecha del 19 de julio de 2007.

Tanto Metro como Prosegur negaron ayer que tuvieran constancia de los hechos. "Abriremos una investigación", señaló ayer un portavoz de Metro tras ver ambas grabaciones. La red del suburbano está controlada por miles de cámaras de seguridad. No registraron ninguna de las dos agresiones, añade el citado portavoz, que indicó que tampoco han recibido reclamaciones de viajeros sobre ningún asunto parecido.

"Pediremos a Prosegur que compruebe la veracidad de los hechos y que despida a los implicados de manera fulminante", añadió. La investigación, según Metro, servirá para decidir si actúan además contra la concesionaria del servicio. "Si no es un hecho aislado, se tomarán medidas contra la empresa", precisó.

Una portavoz de Prosegur aseguró que desconocía lo ocurrido. "Si la compañía tiene conocimiento de algo así, toma la medida disciplinaria más estricta: el despido", puntualizó.


terça-feira, 22 de abril de 2008

"Grande Acampamento Citadino" - nova acção de protesto esta quarta-feira

Acampamento Citadino", uma nova acção de contestação ao Porta 65 Jovem em Lisboa e no Porto para exigir a reformulação profunda deste programa. Vamos acampar durante algumas horas em frente às instalações do IHRU e assinalar o início da segunda fase de candidaturas do Porta 65 Jovem, mais um momento em que milhares de jovens vão ver o acesso este apoio negado e a sua vida andar para trás.

Quarta-feira, 23 de Abril, a partir das 19 horas
Lisboa - Av. Columbano Bordalo Pinheiro, 5
Porto - Rua D. Manuel II, 296 (ao Palácio de Cristal)

Manifesta-te! Traz a tua tenda e vem montá-la à porta do IHRU!!!

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Mercado do Bolhão - Porto -- URGENTE

A Câmara do Porto, recebeu hoje, 16 de Abril, a garantia bancária da TranCroNe, num total e absoluto desrespeito para com o Património, como indica a notícia da Lusa.
Também num total desrespeito pela vontade expressa pelos cidadãos na PETIÇÃO, entregue na Assembleia da República (que reuniou 50.000 assinaturas) e a acção judicial em curso!

A Cidade, caso se observe este HORROR, perderá um dos maiores simbolos de arquitectura portuense, aliás, como aconteceu em 1951, com o Palácio de Cristal.

Caso se verifique este Horrendo acto, os seus autores, claramente identificados, terão de ser responsabilizados pela perda deste tão emblemático Património.

Retirado de: Impedir a Demolição do Mercado do Bolhão


Porto, 16 Abr (Lusa)


(...) A empresa holandesa TranCroNe (TCN), que venceu o concurso público para a reabilitação do Mercado do Bolhão, entregou hoje na Câmara do Porto uma garantia bancária de 2,5 milhões de euros, referente àquela obra.(...)


Câmara do Porto assinou a 23 de Janeiro um contrato com a TCN, onde se prevê que a autarquia ceda o edifício do Mercado do Bolhão em direito de superfície por 50 anos, recebendo um milhão de euros no momento da emissão da licença de construção e uma percentagem dos resultados de exploração a partir do décimo ano.

Dois dias antes da assinatura, a proposta dos holandeses foi aprovada pela Assembleia Municipal, numa votação disputada (27 votos a favor e 26 contra).
A TCN pretende que o Mercado do Bolhão mantenha a traça original e que a área comercial tradicional seja complementada com novas lojas, metade das quais de cultura, lazer e restauração. (...)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

25 de Abril a chegar...



NORMAS TÉCNICAS PARA A ACTUAÇÃO DAS FORÇAS DE SEGURANÇA NO ÂMBITO DO EXERCÍCIO DO DIREITO DE REUNIÃO E MANIFESTAÇÃO

"3 - As omissões ou insuficiências do aviso prévio da realização de reunião ou manifestação não constituem, em si mesmas, fundamento para qualquer condicionamento do exercício do direito de reunião e manifestação;"

"15 - Os comportamentos dos manifestantes que, embora possam ser considerados acção violenta para efeitos penais, não são fundamento para a emissão de ordem de dispersão se se mantiver a natureza pacífica da manifestação, sem prejuízo dos procedimentos criminal e contra-ordenacional a que houver lugar."

"17 - A remoção coerciva de manifestantes, em situações de bloqueios, que não usem activamente a força ou não cooperem com as autoridades policiais, deve é precedida de tríplice advertência fixando um prazo razoável para dispersão voluntária, salvo a existência de perigo iminente para a integridade física dos próprios ou de terceiros;"

"20 - A medida de isolamento e afastamento de manifestantes portadores de equipamento de defesa ou de ocultação de identidade não é adoptada quando existam fortes razões para crer que serão alvo de acções de violência por parte de terceiros;"

"22 - As ordens policiais são claras, inequívocas, perceptíveis para os visados e, sempre que possível, precedidas de audiência dos promotores e organizadores; a ordem de dispersão de reunião pública, ajuntamento ou manifestação é dada por três vezes e com a advertência de que a não obediência constitui crime;"

domingo, 13 de abril de 2008

[Roménia] Violenta repressão na Cimeira da Nato


No dia 2 de Abril, cerca do meio-dia e meia, centenas de polícias romenos tomaram de assalto o Centro de Convergência anti-NATO em Bucareste capital da Roménia. O espaço de convergência tinha sido montado para apoiar uma concentração anti-NATO e estava legalmente arrendado. Durante o assalto pelo menos duas pessoas foram feridas com gravidade tendo sido imediatamente hospitalizadas. Vários testemunhos dão conta que muitas pessoas foram brutalmente agredidas quando já estavam detidas e até mesmo enquanto eram transportadas para o hospital. Muitos ficaram gravemente feridos e a alguns foi recusada assistência medica durante a detenção.

Foram detidas 46 pessoas. Não tinha havido nenhuma acção antes do ataque da polícia e todas as detenções aconteceram no interior do Centro de Convergência. Os agentes da polícia actuaram de cara tapada e foram especialmente agressivos com os jornalistas que tentavam documentar os acontecimentos. O centro de convergência estava montado perto do centro da cidade de Bucareste, que recebia a Cimeira da NATO. Foi estimado que entre forças policiais, militares, atiradores especiais e serviços secretos mais de 27000 agentes 'guardaram' a cidade. Foi emitido um alerta amarelo de segurança impondo leis muito restritivas em toda a cidade e proibindo qualquer tipo de manifestações.

Todas as detenções foram feitas antes que qualquer acção contra a Cimeira da NATO tivesse ocorrido e num contexto em que as autoridades decidiram claramente "tolerância zero a qualquer oposição" à Cimeira. A comunicação social local entrou em histeria falando de "perigosos anarquistas" que iriam descer à cidade para partir montras e atacar lojas. Uma televisão, durante o noticiário da manhã, chegou mesmo a encorajar os espectadores para atirarem pedras aos manifestantes que avistassem nas ruas. A Cimeira da NATO em que se discutiu o alargamento da organização a países como a Roménia e a Ucrânia recebeu a visita do Presidente Bush. Parte da cimeira foi dedicada a discussão do envio de mais tropas para o Afeganistão.

Fonte: Centro de Média Independente

Ver também aqui

Manifestação - 25 de Abril


Convite para uma manifestação antiautoritária contra a repressão policial.
Um ano depois do ataque policial em pleno Chiado no dia 25 de Abril de 2007, dois meses depois da carga policial no despejo do Grémio Lisbonense , perante os ataques continuados da polícia em Bairros Sociais e por todos os episódios de abuso e violência perpetrados pela repressão organizada do Estado, convocamos uma manifestação antiautoritária contra a repressão policial.
Manifestamo-nos neste dia porque passaram 34 anos desde que uma pseudo-revolução substituiu um governo fascista por um governo que continua a controlar, a matar e a reprimir e cujos antecessores rapidamente se preocuparam em controlar o 'descontrolo' das populações no pós 25 de Abril.A marcha dos tristes, que todos os anos comemora esta transição, não nos diz nada, pois não queremos celebrar o quotidiano policial nem a liberdade-de-centro-comercial.
O sistema capitalista, na sua vertente democrática, leva-nos a pensar que não sabemos gerir as nossas vidas e que a polícia é uma realidade à qual não podemos fugir. Como se não bastasse vivermos num estado policial, querem que sejamos nós próprios os polícias das outras pessoas, de nós próprios e dos nossos vizinhos. A polícia, que todos os dias reprime e violenta, não serve a ninguém se não àqueles que lucram com a miséria de todos os outros, àqueles que nos oferecem uma vida controlada, que destroem os ecossistemas, que impõem fronteiras entre regiões, que nos roubam no trabalho, que nos dizem como devemos ser e que nos querem convencer que somos indivíduos, quando a nossa individualidade não passa de uma ilusão no leque de possibilidades que a sociedade de consumo nos deixa ter.
Assim, esta como qualquer outra data, serve para contestar este e qualquer governo pois, inevitavelmente, todos nos querem impor uma vida debaixo de câmaras de vigilância, fronteiras e polícias várias. Todos estes métodos de controlo e repressão são tendencialmente universais e à medida que o tempo passa achamos serem cada vez mais normais e sabemos serem também mais presentes.
Todos conseguimos resolver os nossos conflictos, pensar pelas nossas próprias cabeças, imaginar como realmente queremos que sejam as nossas vidas.
Apelamos à participação de todos aqueles que condenam a violência policial e os métodos que o capitalismo e o estado têm para nos controlar.
Praça da Figueira, Lisboa, 17:30h, 25 de Abril de 2008.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

[Porto] O espaço contra a autoridade


A ideia de espaço público constitui – já desde a antiguidade clássica – a base da democracia enquanto prática quotidiana. Se, na antiga Grécia, esta nunca foi alargada à grande parte da população (mulheres, estrangeiros e escravos nomeadamente), actualmente a sua inexistência é inerente à própria condição cidadã. A democracia, de dinâmica passou a regime, e o espaço público – onde as grandes questões eram alvo de decisão por parte das pesssoas – foi destruído e “dividido” em fábricas e outros locais de trabalho, centros comerciais, clínicas psiquiátricas ou centros de dia. A vida passou a ser uma realidade espácio-temporal baseada na incessante satisfação de necessidades e não na reflexão, no debate, no livre pensamento, na possibilidade e responsabilidade de decidir sobre o que nos diz respeito.

A cidade é o palco por excelência deste processo de privatização social da vida – não de individualização –, em que a relação com o outro depende essencialmente de uma lógica instrumental. O contacto com o próximo é cada vez mais determinado pelo que queremos pedir, pelo que precisamos, pelo que temos que dar, pelo que está escrito no contrato de trabalho, pelo que é definido pelas regras de boa educação, pelo o que poderei vir a escrever no livro de reclamações. Não pela dupla vontade de exprimirmos a nossa individualidade e de recebermos a individualidade dos outros, um privilégio que, sendo sujeito a um processo de institucionalização temporal – depois das 6 da tarde, antes das 8 da manhã – deixou obviamente de o ser. E quando a normalidade se torna a definição oficial da mais profunda instabilidade – do emprego que não há, mas que se tem de ter, das contas que não param de aumentar, mas que se têm de pagar, de uma vida da qual não se gosta, mas tem que ser vivida – passa a ser não oficial o conflito, nas suas múltiplas formas.

A criação de linhas de fuga e de resistência passou e passa pela organização de novas esferas semi-públicas de discussão e convivência, que funcionem fora da lógica do estado e capital. Segundo Hakim Bey, surge a possibilidade de grupos de amigos isolados assumirem uma forma mais complexa: “núcleos de aliados mutuamente escolhidos, trabalhando (brincando) para ocupar cada vez mais tempo e espaço fora de todos os controlos e estruturas mediadas. Depois quererá transformar-se numa rede horizontal de semelhantes grupos autónomos – depois, numa “tendência” – depois, num “movimento” – e depois numa rede cinética de “zonas autónomas temporárias” [T.A.Z]”.

É com base na ideia de que “não há um metro quadrado da Terra sem polícias ou impostos…em teoria”, e de que é possível criar enclaves livres, “mini-sociedades que vivam resoluta e conscientemente fora do amplexo da lei”, que ocorrem, ao longo da década de noventa, ocupações de casas e tentativas de organização de centros sociais em Portugal. Apesar de ser um pouco redutor englobar todas estas experiências numa só tendência, podemos afirmar – em abstracto – que foram lugares propícios à espontaneidade e aos acasos da vida quotidiana, tendo possibilitado encontros com pessoas de fora, partilha de saberes, a oportunidade de fazer as coisas de uma outra maneira e, desde logo, equacionar modos de agir no mundo.

O aumento da repressão, aliado à crescente afirmação das cidades enquanto núcleos geradores de produtividade (e também a uma certa atitude de isolamento dogmático por parte de vários colectivos ocupas), determinou o fim de quase todos os centros sociais ocupados (a C.O.S.A vive!). Porém, este fenómeno é apenas um pequeno indício de um longo processo de transformação dos centros urbanos em centros de negócios. Casos como o do Mercado do Bolhão, no Porto, e do Grémio Lisbonense, em Lisboa tornam mais visível a tendência dominante para o desaparecimento de tudo o que destoa do modo de funcionamento empresarial. Mais do que nunca, e perante a multiplicidade de processos de objectivação do quotidiano – muitos dos quais com um pendor fortemente repressivo –, a criação de espaços libertados (e que queiram libertar) deverá constituir uma das principais estratégias orientadoras da luta anti-autoritária.

A 11, 12 e 13 de Abril, a Casa Viva abre-se a todas as pessoas e colectivos que nela queiram viver por esses dias e partilhar perspectivas e acções relacionadas com a questão da ocupação, aproveitando os dias europeus de acção de apoio a squats e espaços autónomos lançados pela rede Squat.net. Os temas serão: centros sociais, okupas e espaços libertados, o mau uso da terra e a sua propriedade, a apropriação de espaços públicos pelo mundo dos negócios através da privatização, da especulação e da publicidade. E tudo o mais que te lembrares até lá. O desafio é o habitual. Traz ideias de acção (e tudo o que elas precisarem para serem levadas a efeito) e disponibilidade para participar nas acções pensadas por outras pessoas. Vem preparado para seres co-gestor(a) do espaço.

Aparece na sexta, para se combinarem e coordenarem as acções de sábado, batalha com as outras pessoas nesse dia e fica para o Domingo, onde esperamos ter tempo para conversar calmamente.

Casa Viva

quarta-feira, 9 de abril de 2008

sexta-feira, 4 de abril de 2008

26 de Abril - A Ganir Porto Benefit Fest

25 de Abril no Porto


Para descontrair depois de um dia de activismo no Norte!!!

18 de Abril - Concerto Punk em Espinho

19 de Abril - Moita Punk

12 de Abril - Concerto de solidariedade com o Grémio


Passaram dois meses desde que o Grémio ficou privado das suas instalações. Foi apresentado um projecto cultural na CML, que por sinal foi muito bem aceite, trazendo de novo a esperança para a resolução do problema, mas a verdade é que continuamos cá fora, debaixo da ponte... digo arco!! Com as despesas mensais que não cessaram!

Para aqueles que acreditavam que sem espaço físico o Grémio tinha os dias contados... devem estar um pouco desapontados...!!

O GRÉMIO RESPIRA!!!!!!! COM A AJUDA DE TODOS... RESPIRA!!

Por não sermos os únicos a acreditar na importância do Grémio, e por haver mais gente que quer a associação no local que sempre foi e será o seu, vários artistas, músicos e amigos juntam-se, solidários com a causa, para uma festa de arromba no Ateneu Comercial de Lisboa.

APAREÇAM!!!

quinta-feira, 3 de abril de 2008

[Portugal] SEF recusa em massa pedidos de legalização

Milhares de imigrantes ilegais querem regularizar a sua situação ao abrigo da nova lei da imigração, mas poucos estão a consegui-lo. Dos 31 427 pedidos de legalização ao abrigo do regime excepcional requisitados ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), apenas 4337 obtiveram parecer favorável. A esmagadora maioria são cidadãos brasileiros.

Os imigrantes regularizaram-se ao abrigo do artigo 88, uma medida excepcional para quem tenha um contrato de trabalho e entrado em Portugal depois de 2001, ano em que houve a última regularização extraordinária para todos os imigrantes. Entretanto, cerca de 20 mil brasileiros que imigraram até 11 de Julho de 2003 legalizaram-se através do chamado acordo Lula, que deu condições especiais aos cidadãos de ambos os países.

Segundo Carlos Vianna, da Casa do Brasil, a nova lei "É uma 'brecha', não é uma porta aberta. Abre oportunidades, mas não significa uma regularização clara dos imigrantes"

Uma das principais causas do indeferimento dos pedidos é a precariedade laboral. De acordo com Paulo Mendes, "O artigo 88 é relativamente aberto e temos dificuldade em perceber como é que está a ser aplicado. Há o problema das pessoas que têm trabalhos precários, que não conseguem um contrato de trabalho, e queremos saber se esta questão está a ser ultrapassada". Recorde-se que a nova lei faz depender a requisição da autorização de residência de uma série de factores, nomeadamente a existência de meios de subsistência e de alojamento. Tendo em conta que a grande parte dos trabalhadores imigrantes tende a assumir empregos extremamente mal pagos, a exigência destas condições poderá inviabilizar a “legalização” de muitos imigrantes.

Em suma, a recusa da legalização de imigrantes não constitui um fenómeno espontâneo, mas sim uma estrutura do próprio sistema legal, com objectivos bastante específicos: garantir uma maior rentabilidade dos grandes investimentos (nomeadamente na construção civil e na indústria hoteleira) e legitimar o estado de excepção vigente.

Fonte: Centro de Média Independente

terça-feira, 1 de abril de 2008

AR: PCP vota sozinho contra condenação da violência no Tibete


Lisboa, 26 Mar (Lusa) - O PCP ficou hoje isolado no Parlamento ao ser o único partido a votar contra a condenação da escalada de violência no Tibete, voto que foi aprovado pelas restantes bancadas.


O voto de condenação manifesta "a preocupação da Assembleia da República com a escalada de violência no Tibete e apela ao respeito, em todas as circunstâncias, pelos Direitos Humanos e liberdades civis".
O texto, proposto pelo CDS-PP e ao qual se associaram o PS, PSD, CDS-PP, BE, PEV e o Governo, manifesta pesar pelas vítimas dos confrontos entre as forças de segurança chinesas e a população tibetana no início de Março.
O voto recomenda às autoridades chinesas "uma maior contenção no uso da força, bem como o respeito pela liberdade de expressão e direito à manifestação pacífica", argumentos apresentados pelas várias bancadas para defenderem a sua aprovação.
A deputada não inscrita Luísa Mesquita, que foi expulsa do PCP o ano passado, foi aplaudida pelas restantes bancadas ao optar por se associar ao voto.
O líder parlamentar do PCP, Bernardino Soares, justificou a posição dos comunistas, dizendo discordar dos pressupostos do texto e afirmou que "o que está em causa é a forma cada vez mais clara de estar em curso uma operação contra os Jogos Olímpicos de Pequim".
Bernardino Soares disse que não está em causa lamentar as vítimas dos confrontos mas sim a "deturpação sistemática" da situação no Tibete.
O deputado comunista criticou os que "põem em causa a integridade territorial da China", frisando que "continua a falar-se do Tibete como território ocupado pela China".
O deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louçã afirmou que votaria a favor "em nome dos valores da esquerda", defendendo que "a liberdade religiosa é a primeira liberdade".
SF.