A nossa solidariedade vai para aqueles que se mantêm a lutar sem fazerem cedências, nestes momentos em que os poderosos tratam de instaurar o medo.
A Feira do Livro Anarquista vai começar agora, num espaço diferente do que tínhamos planeado, e gostaríamos de reforçar o convite àqueles que sintam afinidade em relação a uma postura de confronto e rebeldia perante este sistema.
Enquanto inciativa declaradamente anarquista, a Feira do Livro Anarquista também está a sentir a pressão que os meios estatais e mediáticos andam a exercer para criminalizar e isolar qualquer grupo ou iniciativa anti-autoritária.
São tempos assumidamente repressivos para quem está assumidamente em luta contra a exploração e a miséria.
Seja pela presença da polícia a impedir concertos ou por artigos de jornalistas que, de uma maneira já tão curriqueira, se lembram de fazer acusações a mais uns quantos, estamos conscientes de que nos tocou a nós, como tantas vezes tocou a quem luta de forma autónoma, seja em bairros pobres, seja quem não se limita apenas aos modelos de protesto "autorizados".1
Apesar das diferenças nas posições e ideias de cada umx, entre as pessoas que fazemos a feira do livro partilhamos uma descrença total neste sistema político, governamental e social.
Não queremos este mundo tal como está organizado, com as suas classes sociais e esta suposta paz, as hierarquias e o poder omnipresentes, os racismos e segregações, estes centros urbanos e a destruição da natureza...
É à volta de temas como estes que nos queremos juntar, num encontro que tem como ponto de partida os livros, porque continuamos a dar importância à palavra escrita como ferramenta de comunicação e ataque!
alguns indivíduos que constróem a F.L.A.
1- A título de exemplo, temos as notícias nos media a alertar sobre o perigo social e a mencionar medidas de vigilância em bairros pobres como a Bela Vista, porque até se esrevem agora frases contra a polícia na parede (!), quando na verdade se baseiam numa frase escrita no centro da cidade de Setúbal (!) há mais de 3 meses! E basta relembrar as recentes notícias sobre o blog Rede Libertaria, que mencionavam outros grupos que estão também sob vigilância apertada, "como os camionistas ou as associações anti-scut".
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