terça-feira, 7 de julho de 2009

[Alemanha] Assassinato racista em Dresden

No dia 1 de Julho Alex W., um neonazi, assassinou em pleno tribunal uma mulher de 31 anos!

Em agosto do ano passado, enquanto brincava com o filho de 2 anos na rua Marwa E. (imigrante egípcia residente com a família em Dresden há 4 anos) foi insultada por um neonazi. O caso foi levado a tribunal e 3 meses mais tarde o racista foi condenado a 780€ de multa.

Houve recurso e o julgamento foi no dia 1 de Julho deste ano. A sessão estava a decorrer com normalidade até ao final das declaraçõesde Marwa em que esta foi atacada pelo acusado que a esfaqueou 18 vezes! O seu marido e o advogado do racista tentaram parar o ataque sem sucesso acabando por ficar Elwie (o marido) ferido com gravidade.

Quando a polícia federal entrou na sala dispararam à perna de Elwie suspeitando que era ele o atacante...

Malwa morreu na sala e o seu marido foi levado para o hospital com ferimentos graves. O filho do casal que também ficou ferido está em casa de amigos.

A situação em Sajonia é muito preocupante devido à força que o movimento neonazi está a ganhar debaixo da custódia do estado alemão. Todos os anos em Fevereiro há uma manifestação nazi em homenagem às vitimas do bombardeamento aliado a Dresden durante a Segunda Guerra Mundial com uma participação até 6000 nazis! A política conservadora e racista nesta região leva a que os ataques por questões raciais aumentem ao longo dos anos e este acontecimento é uma consequência disso mesmo.

Fonte: A Las Barricadas

Um comentário:

jorginho da hora disse...

Saca só: No ano passado, na vespera do dia da consciencia negra. O Gremio esporte clube, do Rio Grande do Sul, conhecido como coxa branca, resolveu homenagear os jogadores negros que já haviam passado pelo clube. O estadio estava lotado, mais ou menos sessenta mil pessoas. Quando a homenagem começou o recinto foi abaixo com uma vaia ensurdecedora, surpreendente e desconsertante. A mídia jornalistica não deu a minima importancia a um acontecimento como este. Não é de se estranhar que para cada dez máterias falando sobre as cotas para negros, nove são falando contra. Quando Millor denunciou o nazismo no Brasil e deu informações detalhadas sobre o seu proscesso no nosso país e disse que os estádios de futebol eram um dos maiores redutos camuflados dos adeptos desta ideologia, ninguem deu a mínima.