Bloqueio israelita
ONU deverá suspender ajuda alimentar a Gaza esta semana 21.01.2008 - 14h18 AFPA Agência da ONU para os refugiados palestinianos (Unrwa) deverá deixar de distribuir alimentos a 860 mil pessoas na Faixa de Gaza “quarta ou quinta-feira” se o bloqueio israelita se mantiver, alertou hoje o seu porta-voz.
“Devido à escassez de combustível, deveremos suspender a nossa distribuição de alimentos a 860 mil pessoas na quarta ou quinta-feira se a situação continuar”, afirmou Christopher Gunness.
Faixa de Gaza, com 1,5 milhões de habitantes, está inteiramente dependente de ajuda exterior. Quinta-feira, Israel decidiu bloquear a entrada de combustível e de produtos em resposta aos tiros de rocket contra o seu território.
Olmert mantém bloqueio enquanto Hamas estiver no poder.
Hoje, o primeiro-ministro israelita Ehud Olmert disse que o bloqueio vai manter-se enquanto o território estiver a ser controlado pelos islamistas do Hamas. "Não permitiremos que dezenas de milhares de israelitas sejam submetidos, diariamente, aos tiros de rockets enquanto a vida na Faixa de Gaza decorre na normalidade", declarou.
Olmert salientou que os alvos israelitas são "membros das organizações terroristas", referindo-se aos grupos armados palestinianos que atacam as localidades do Sul de Israel, vizinhas de Gaza.
"A população (de Gaza) deve compreender que enquanto o Hamas estiver no poder, apenas lhe vamos fornecer o mínimo", acrescentou Olmert.
União Europeia apela ao levantamento do bloqueio.
A comissária europeia para as Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, e o diplomata da União Europeia, Javier Solana, apelaram hoje ao levantamento do bloqueio por Israel.
"A recente decisão (israelita) de encerrar todos os pontos de passagem fronteiriços com Gaza e de interromper o fornecimento de combustível só irá agravar ainda mais a já difícil situação humanitária na Faixa de Gaza", declarou a comissária em comunicado. No entanto, diz, também condenou "os tiros de rockets sobre Israel" e reconhece "completamente a necessidade que Israel tem de defender os seus cidadãos".
"Somos contra esta retaliação colectiva contra a população de Gaza. Instamos as autoridades israelitas a retomarem o abastecimento energético e a reabrirem as fronteiras, de forma a permitir a passagem de mercadorias e da ajuda humanitária", acrescentou.
Não podemos estar de acordo com a situação actual, que faz sofrer a população", declarou Javier Solana aos jornalistas.
Tirada do Público.
terça-feira, 22 de janeiro de 2008
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