Segue o relato de um companheiro directamente das ruas de Atenas. Mais informação logo que possível.
Na sexta feira e depois dum apelo sem assinatura que estava circulando na rede, concertamos-nos perto de 40 pessoas na Praça de Syntagma para organizar a nossa luta comum. Imediatamente 4 brigadas da policia (MAT-Aas forcas especiais de porcos "antidisturbios") apareceram e bloquearam o acesso para a avenida Amalia (e a avenida enfrente do Parlamento).
A gente que estava concentrada começou a gritar slogans contra o estado e o capital e contra o regime da ditadura democrática grega. Decidimos organizar na hora uma assembleia popular e escolher os próximos passos.
Na minha própria opinião era coisa mais linda de participar numa espontânea e auto-organizada Assembleia Popular na rua, rompendo o terror dos instrumentos da junta, mesmo em frente do sitio mais odioso, o Parlamento que representa o mais valioso símbolo da autoridade.
Continuamos aos gritos contra a opressão e decidimos a criação da Assembleia Aberta da Praça de Syntagma, partilhámos trabalhos para o próximo encontro e decidimos de sair todos juntos numa manifestação.
De repente entramos no Metro e saímos da outra saída da rua, deixando na obscuridade os bófias e lançando una raivosa manifestação de 40 malucos pelas cheias ruas do centro de Atenas.
Acabamos na Praça de Exarheia com a decisão de um novo apelo para Domingo 27 de Fevereiro as 5 horas da tarde. Abaixo segue o texto de alguns de nos para o dia de amanha onde explicamos com poucas palavras quem somos e o que queremos.
Ainda não sabemos se esta tentativa autogestionada terá futuro e será capaz de socializar se e ficar maior. Isto que sabemos com certeza e que há gente pronta para defender o direito de se concentrar na rua e protestar chamando em solidariedade todos e todas que participam no movimento contra a ditadura democrática.
Apelo para protesto no Domingo, 27 de Fevereiro, 17h na Praça Syntagma
Somos a repercussão das Greve Gerais encenadas. Dissidentes, anarquistas e comunistas. Desempregados, trabalhadores precários, imigrantes, estudantes do secundário, estudantes do superior, pobres, sem-abrigos e proletários.
Temos mil milhares de terras-natal e um número igual de deuses. Vivemos a violência do estado e dos patrões diariamente. Nós somos "os de baixo" e estamos determinados a esmagar este regime de falta de liberdade e exploração. Nós escolhemos as ruas de modo a que nos encontremos e marchemos com todos os que partilham a mesma necessidade de uma mudança radical na organização de uma sociedade que come as próprias crianças. Escolhemos a Praça Syntagma porque queremos privar a Autoridade do seu símbolo mais ilusório, o canil da Junta [os autores escreveram Canil, Kynovoulio em vez de Parlamento, Kynovoulio. Um jogo de palavras sem tradução]. Acreditamos ser necessário a formação de um movimento que não reconhece nenhumas fronteiras nacionais e que aponta na direcção de uma revolta popular generalizada bem como da criação de estruturas sociais de solidariedade e de apoio mutuo competitivas em relação ao estado.
Nós juntamos-nos publicamente e erguemos os nossos punhos no ar, chamamos todos os grupos, redes, colectivos e individuais que lutam contra o medo e humilhação, para coordenar os seus esforços longe dos patrões, mediadores e instrutores. Chamamos todos aqueles que resistem às "novas medidas", aos processos, aos contratadores, aos chefes sindicais vendidos, aos partidos parlamentares, aos informadores dos mass media, para juntar as suas vozes e propor soluções alternativas e potenciais contra este regime de morte.
domingo, 27 de fevereiro de 2011
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