segunda-feira, 30 de maio de 2011

Greve de fome em Bragança






O SR. CÉSAR FERNANDES ENCONTRA-SE À 6 DIAS ( NOS CLAUSTROS DA SÉ EM BRAGANÇA), EM GREVE DE FOME.

AO SR. CÉSAR, FOI-LHE RETIRADA UMA PENSÃO VITALÍCIA, QUE LHE FOI ATRIBUÍDA PELA SEGURANÇA SOCIAL EM 1983.

O SR. CÉSAR TEM UMA INCAPACIDADE DE 69%.

O SR. CÉSAR APELA A QUE POR TODOS FAÇAMOS CHEGAR A SUA VOZ À COMUNICAÇÃO SOCIAL E A QUEM DE DIREITO.

É URGENTE SER VISTO POR UM MÉDICO POIS A SUA SAÚDE ESTÁ CADA VEZ MAIS DEBILITADA.

TAMBÉM É IMPORTANTE IR E ESTAR AO PÉ DESTE HOMEM PARA NÃO SE SENTIR SÓ, PORQUE ABANDONADO JÁ ELE FOI PELAS INSTITUIÇÕES.

sexta-feira, 11 de março de 2011

[Grécia] Grevistas vencem!!!

Os grevistas venceram!

Hoje (9 de Março) às 05:45 horas, após reunião com os representantes do Governo da Grécia, os imigrantes finalizaram a greve de fome!
...
O Governo propôs :
Autorização de residência para os grevistas que estão na Grécia por tempo igual ou superior à 8 anos

Renovações (por tempo indeterminado) de 06 meses em "regime de tolerância" (com permissão para viajar e regressar) até que se complete o tempo as condições requeridas para obtenção de permissão de estadia ou visto de trabalho.

Indymedia

segunda-feira, 7 de março de 2011

[Grécia] Depois de 48 dias em greve de fome, são 78 imigrantes hospitalizad@s

Os cerca de 300 imigrantes em luta pela legalização na Grécia viveram sábado o seu 40º dia de greve da fome. Os médicos que os acompanham decidiram já a hospitalização de 78 devido a vários problemas de saúde considerados graves. O governo grego propôs aos imigrantes um "regime de tolerância" que estes rejeitaram unanimemente por não corresponder à legalização que pretendem.Além de se distinguir pelas violentas medidas de austeridade contra a população, pelo agravamento da repressão, pela cedência permanente perante as imposições de Bruxelas e do FMI, o governo grego de George Papandreu e do PASOK (Partido Socialista) caracteriza-se igualmente pela crueldade perante os imigrantes. Para tal recorreu a medidas que só foram anteriormente assumidas pela ditadura dos coronéis.

Os cerca de 300 imigrantes em greve da fome nas cidades de Atenas e Tessalónica não chegaram há poucos dias à Grécia. Todos vivem e trabalham no país há mais de seis meses e pretendem a legalização da sua situação e liberdade de movimentos. Para isso iniciaram uma greve da fome em 25 de Janeiro, a maioria nas instalações da Faculdade de Direito em Atenas. Para os expulsar das instalações universitárias, o reitor da Universidade de Atenas e o governo recorreram à polícia, violando uma norma básica da vida ateniense em vigor desde o fim da ditadura: a autonomia universitária não é compatível com as intervenções policiais nos espaços universitários.

Desde então, os imigrantes em greve da fome têm estado alojados no edifício Hypatia, na Avenida Patisson.

Os médicos que os assistem decidiram-se, entretanto, pela hospitalização de 78 até ao momento. Estão sob a ameaça de falhas renais e sofrem de desidratação grave, de arritmias cardíacas e de outras manifestações sérias decorrentes da privação de alimentos. A polícia deslocou-se aos hospitais onde se encontram pedindo identificação aos médicos que os assistem e informações sobre os estado de saúde dos internados. Como os clínicos recusassem prestar informações os agentes anotaram os seus nomes.

A polícia de choque tentou entretanto impedir uma conferência de imprensa sobre a situação dos imigrantes que sindicalistas, artistas e activistas anti-racismo promoveram junto ao Parlamento na quarta-feira. Para o efeito chegou a molestar fisicamente os participantes.

Na sexta-feira, os imigrantes decidiram por unanimidade rejeitar uma proposta governamental de concessão de um "regime de tolerância", considerando-a "uma artimanha" que não corresponde à legalização da sua situação, à liberdade de movimentos e direitos laborais.

Os imigrantes em greve da fome decidiram também rejeitar a exigência do Ministério da Saúde de serem todos os hospitalizados sublinhando que continuarão sob os cuidados dos médicos que os têm acompanhado.

Retirado de: Indymedia PT

10 de março: Jornada Internacional de Ação em solidariedade com os 300 trabalhadores imigrantes em greve de fome na Grécia


“DON’T VISIT GREECE”

Por favor, publicar, imprimir e divulgar o seguinte texto

Últimos conselhos de viagem para a Grécia:

É possível que você já tenha ouvido falar que a Grécia é um país bonito para visitar, com deliciosa comida e pessoas muito hospitaleiras. Cuidado: isso não é toda a verdade. A realidade para centenas de milhares de visitantes é completamente diferente. Existe uma ameaça geral de violações dos direitos humanos. Os expatriados e visitantes que cruzam a fronteira grega, podem ser deportados ou transferidos para centros de detenção durante 2-4 meses ou mais. Se ou quando esses visitantes são libertados, são forçados a trabalhar na agricultura, na indústria local, no crime organizado, ou como vendedores ambulantes, sem documentos ou quaisquer outros direitos civis. Os visitantes à Grécia são avisados sobre o abuso, a intolerância, o ódio, a calúnia e a violência indiscriminada por parte do Estado grego…

A Grécia está explorando aproximadamente 500.000 imigrantes ilegais e refugiados, para melhorar o estado miserável da economia. No ano passado, cerca de 140.000 imigrantes cruzaram a fronteira grega em busca de uma vida melhor. A maioria deles vai ser ilegal durante vários anos e tratados como escravos contemporâneos indesejáveis.

Desde 25 de janeiro, 300 imigrantes que trabalham e vivem na Grécia há muitos anos começaram uma greve de fome em todo o país, em Atenas e Tessalônica. Eles estão exigindo a legalização de todos os imigrantes ilegais na Grécia. Sua luta é uma luta de todos os imigrantes, dos trabalhadores e dos cidadãos do mundo.

Na próxima quinta-feira, 10 de março, será o 45º dia da greve de fome dos 300 imigrantes, no entanto, o Estado grego ainda não respondeu às suas justas reivindicações!

Convocamos as pessoas na Grécia e em todo o mundo para realizar no dia 10 de março ações de desobediência civil, em solidariedade com os 300 grevistas. Pedimos a todos que assinalem suas ações ao ponto fraco da Grécia, o turismo: 15% do Produto Interno Bruto (PIB) da nação vem do turismo. De fato, o turismo e a imigração são os dois lados do direito legal da liberdade de movimento.

Nós propomos um alvo fácil de alcançar que pode ser encontrado em quase todos os países: Escritórios de Turismo da Grécia. Podem, por exemplo, se manifestar, bloquear, ocupar, distribuir folhetos, ou executar outras ações criativas do lado de fora, dentro ou perto dos Escritórios de Turismo da Grécia.

Os endereços dos Escritórios de Turismo da Grécia no estrangeiro estão aqui:

http://internezia.net/addresses.html

Se você [grupo, rede, movimento ou organização] não tiver um Escritório de Turismo da Grécia em sua cidade, você pode direcionar suas ações contra as embaixadas ou empresas gregas, ou simplesmente se manifestar em lugares públicos ou nos meios de comunicação.
300 Assassinatos ou Legalização

Mais infos sobre a greve de fome dos 300:

http://hungerstrike300.espivblogs.net

“Todos os imigrantes do mundo”

tradução por agência de notícias anarquistas-ana


sábado, 5 de março de 2011

Diários Secretos de Valentina

Foi posto para download no Indymedia uma zine que compila os maiores sucessos jornalísticos da Valentina Marcelino, sucessos como “Movimento extremista ameaça Presidente de morte”, “Grupos radicais anarquistas fizeram emboscada à polícia”, “Cimeira da NATO em Lisboa alvo da Al-Qaeda e de anarquistas” e muitos mais!

"Esta publicação não é sobre uma jornalista. Não nos interessa se ela é simpática ou se é uma boa tia dos seus sobrinhos. Qualquer réstia de atenção sobre a sua vida não terá como objectivo outra coisa senão os interesses que movem a produção das «notícias» aqui publicadas. O que a cobertura dos protestos contra a cimeira da NATO veio provar é que existe toda uma série de Valentinas a pulular pelos jornais, prontas a desenvolver as piores reportagens em nome dos “melhores” interesses.

Esta publicação é, sim, sobre jornalismo, sobre toda uma cobertura mediática, além fronteiras, que se tem desenvolvido em torno de um objecto bastante específico – a “extrema-esquerda anarco-autonomista” – e como esta, mesmo no seio das práticas que actualmente caracterizam a actividade jornalística (concentração empresarial, crise do jornalismo de investigação, precariedade contratual e ausência de autonomia, aumento de poder das agências privadas, etc) assume uma particularidade que merece ser destacada, analisada e desconstruída."


Podem descarregar aqui.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Abril em Março: lutas mil

Este Março, Abril e Maio vêm mais cedo. Uma alteração no calendário que, infelizmente, tende mais a acompanhar uma série de ataques sociais, do que traduzir um poder de resposta por parte dos que sofrem com os mesmos.

O anúncio destes ataques sucede diariamente, à medida que crescem os sinais de uma eventual intervenção financeira do FMI e da UE. Recentemente, cerca de 12 000 desempregados perderam a única fonte de rendimento auferida, um reflexo, segundo declarações do secretário de estado Valter Lemos, do “bom funcionamento do sistema”. Dias antes, o ministério do trabalho e da solidariedade social anunciava a cobrança de dívidas à segurança social contraídas por 20 000 trabalhadores a recibo-verde, uma condição caracterizada por elevados níveis de precariedade e por reduzidos níveis de rendimento.

Tais medidas não causam espanto, apenas indignação. Aquilo que nos é apresentado como crise, ou como resposta à mesma (do PEC à «ajuda externa») é o resultado do processo de evolução de um regime económico que bateu contra a sua própria parede, procurando no endividamento financeiro aquilo que não conseguia ganhar junto dos trabalhadores-consumidores.

O alcance da austeridade, do aumento da exploração e dominação sobre quem trabalha à destruição do direito à saúde, exige um desafio à altura. É com o objectivo de, aos poucos, criar as bases para uma resposta comum que, durante o mês de Março, várias iniciativas terão lugar.

As Jornadas AntiCapitalistas, desenvolvidas por vários grupos e indivíduos, decorrerão de dia 1 a 8 de Março, culminando numa manifestação no dia 5, às 15h, no Jardim do Príncipe Real. Composta por várias actividades, de debates a lançamentos de publicações, estas jornadas propõem uma outra crise, incentivada por uma “prática que não se cinja a comités centrais, tácticas parlamentares, políticos profissionais”, mas que constitua “um momento de encontro, de reflexão e de acção, no qual possamos pensar como nos vamos organizar para reclamar as nossas vidas e os nossos espaços”.

Para o dia 12, encontra-se marcado para a Avenida da Liberdade o protesto da geração à rasca. Uma proposta que, não obstante a limitação do seu âmbito (como se a precariedade apenas atingisse jovens licenciados), parece partir de uma lógica apartidária, reunindo em seu torno a atenção de milhares de pessoas. No mesmo dia, a Fenprof convoca para o campo pequeno uma concentração contra os cortes na educação, responsáveis pela precarização e desemprego de milhares de docentes. Finalmente, no dia 19, a CGTP sairá a rua, propondo um dia de protesto e indignação contra as políticas do governo.

Retirado de: Indymedia PT

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência

A Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência é um movimento social independente do Estado, de empresas, partidos políticos e igrejas, que reúne moradores de favelas e comunidades pobres em geral, sobreviventes e familiares de vítimas da violência policial ou militar, e militantes populares e de direitos humanos. A Rede se constrói pela soma, com preservação da autonomia, de grupos de comunidades, movimentos sociais e indivíduos, que lutam contra a violência do Estado e as violações de direitos humanos praticadas por agentes estatais nas comunidades pobres.

Nossos objetivos são:

1) Estimular e promover movimentos permanentes nas comunidades, de prevenção e denúncia da violência estatal, propiciando seu relacionamento e apoio mútuo;
2) Reduzir o número e a freqüência, até a total eliminação, dos casos de mortes e violações de direitos devidas à atividade policial/militar;
3) Exigir do Estado reparação às vítimas e sobreviventes de abusos e violações cometidos por agentes do Estado;
4) Construir na sociedade uma rede de apoio jurídico às comunidades contra a violência policial/militar;
5) Construir na sociedade uma rede de apoio médico, psicológico e social às vítimas e sobreviventes da violência estatal;
6) Construir na sociedade uma rede de denúncias, ao nível nacional e internacional, de casos de violência e violações de direitos pelo Estado nas comunidades;
7) Junto com outros setores da sociedade, lutar contra as causas econômicas, sociais, históricas e culturais, da violência contra as comunidades, da criminalização e preconceitos contra os pobres e da desigualdade social.

Check: http://www.redecontraviolencia.org

domingo, 27 de fevereiro de 2011

[Grécia] Protesto hoje em Syntagma

Segue o relato de um companheiro directamente das ruas de Atenas. Mais informação logo que possível.

Na sexta feira e depois dum apelo sem assinatura que estava circulando na rede, concertamos-nos perto de 40 pessoas na Praça de Syntagma para organizar a nossa luta comum. Imediatamente 4 brigadas da policia (MAT-Aas forcas especiais de porcos "antidisturbios") apareceram e bloquearam o acesso para a avenida Amalia (e a avenida enfrente do Parlamento).

A gente que estava concentrada começou a gritar slogans contra o estado e o capital e contra o regime da ditadura democrática grega. Decidimos organizar na hora uma assembleia popular e escolher os próximos passos.

Na minha própria opinião era coisa mais linda de participar numa espontânea e auto-organizada Assembleia Popular na rua, rompendo o terror dos instrumentos da junta, mesmo em frente do sitio mais odioso, o Parlamento que representa o mais valioso símbolo da autoridade.

Continuamos aos gritos contra a opressão e decidimos a criação da Assembleia Aberta da Praça de Syntagma, partilhámos trabalhos para o próximo encontro e decidimos de sair todos juntos numa manifestação.

De repente entramos no Metro e saímos da outra saída da rua, deixando na obscuridade os bófias e lançando una raivosa manifestação de 40 malucos pelas cheias ruas do centro de Atenas.

Acabamos na Praça de Exarheia com a decisão de um novo apelo para Domingo 27 de Fevereiro as 5 horas da tarde. Abaixo segue o texto de alguns de nos para o dia de amanha onde explicamos com poucas palavras quem somos e o que queremos.

Ainda não sabemos se esta tentativa autogestionada terá futuro e será capaz de socializar se e ficar maior. Isto que sabemos com certeza e que há gente pronta para defender o direito de se concentrar na rua e protestar chamando em solidariedade todos e todas que participam no movimento contra a ditadura democrática.

Apelo para protesto no Domingo, 27 de Fevereiro, 17h na Praça Syntagma

Somos a repercussão das Greve Gerais encenadas. Dissidentes, anarquistas e comunistas. Desempregados, trabalhadores precários, imigrantes, estudantes do secundário, estudantes do superior, pobres, sem-abrigos e proletários.

Temos mil milhares de terras-natal e um número igual de deuses. Vivemos a violência do estado e dos patrões diariamente. Nós somos "os de baixo" e estamos determinados a esmagar este regime de falta de liberdade e exploração. Nós escolhemos as ruas de modo a que nos encontremos e marchemos com todos os que partilham a mesma necessidade de uma mudança radical na organização de uma sociedade que come as próprias crianças. Escolhemos a Praça Syntagma porque queremos privar a Autoridade do seu símbolo mais ilusório, o canil da Junta [os autores escreveram Canil, Kynovoulio em vez de Parlamento, Kynovoulio. Um jogo de palavras sem tradução]. Acreditamos ser necessário a formação de um movimento que não reconhece nenhumas fronteiras nacionais e que aponta na direcção de uma revolta popular generalizada bem como da criação de estruturas sociais de solidariedade e de apoio mutuo competitivas em relação ao estado.

Nós juntamos-nos publicamente e erguemos os nossos punhos no ar, chamamos todos os grupos, redes, colectivos e individuais que lutam contra o medo e humilhação, para coordenar os seus esforços longe dos patrões, mediadores e instrutores. Chamamos todos aqueles que resistem às "novas medidas", aos processos, aos contratadores, aos chefes sindicais vendidos, aos partidos parlamentares, aos informadores dos mass media, para juntar as suas vozes e propor soluções alternativas e potenciais contra este regime de morte.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

[Grécia] Fotos e vídeos da Greve Geral


















Mais vídeos aqui.

Fotos: 1, 2, 3, 4, 5

[Grécia] Updates da Greve Geral III

00:25 (GMT +2) Foi convocada uma manifestação de solidariedade com os detidos às 10 da manhã (locais) que vai até ao tribunal de Euelpidon em Atenas.

22:00 (GMT +2) Atenas: Estão entre 20 a 25 pessoas encurraladas numa das entradas do Hotel Grã-Bretanha na Praça
Syntagma. Estão cercadas pela polícia e presume-se que vão ser detidas. Há uma hora 70 pessoas ocupara a Associação de Imprensa Estrangeira da Grécia. Essa ocupação terminou.

20:07 (GMT +2) Atenas: As coisas estão calmas por agora e a multidão dispersou, contudo há centenas de pessoas reunidas em Propylaea numa Assembleia. Há 23 detenções confirmadas, 9 das quais ficaram mesmo em prisão.

18:35 (GMT +2) Atenas: Uma multidão de centenas de pessoas arrancou os bancos da Praça Syntagma para alimentar um fogo que tinham começado em frente ao parlamento. A polícia tentou dispersar a concentração cercando as pessoas de forma ameaçadora, mas toda a gente se manteve no lugar. Depois, a polícia dispersou a multidão cercando-os e perseguindo-os de maneira agressiva, com gás lacrimogéneo e espancamentos.