quarta-feira, 10 de junho de 2009

[Dinamarca] 71 presos em Copenhagen no protesto contra o encontro mundial de negócios e mudanças climáticas

Manifestantes se confrontaram com policiais em Copenhagen esta semana
enquanto tentavam interromper o encontro das corporações sobre mudanças
climáticas, o World Business Summit on Climate Change (WBSCC), um apanhado
dos mais importantes grupos econômicos e não coincidentemente, os maiores
poluidores do Planeta.

Organizado pelo governo dinamarquês, o WBSCC ofereceu aos interesses
corporativos acessos sem precedentes às sucessivas discussões sobre
mudanças climáticas das Nações Unidas, incluindo um ?face time?
(cara-a-cara) com o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e o
tão aclamado ?herói? do clima, Al Gore, o ex-vice-presidente dos Estados
Unidos.

O grupo de manifestantes, conduzindo uma faixa que dizia ?Nosso Clima não
é o seu Negócio?, tentou romper as linhas policiais para acabar com o
encontro. O animado grupo de ativistas queria ressaltar o papel destruidor
das multinacionais e de grandes corporações nas discussões climáticas
internacional. A lista de corporações participantes incluiu o nº 1 em
emissão de carbono no mundo, a Shell, a Duke Energy e a British Petroleum,
entre outras corporações criminosas do clima e do meio ambiente.

O governo dinamarquês parece estar sob a impressão de que algumas das
companhias mais poluidoras do mundo vão propor fortes medidas para atacar
as mudanças climáticas?, disse Kenneth Haar, pesquisadora do Observatório
Europeu de Corporações (CEO), grupo de pesquisa baseado em Amsterdã,
Holanda, Mas infelizmente isto não parece ser o caso. As corporações
participantes do WBSCC estão mais dedicadas a perseguir os negócios de
sempre, o lucro, a qualquer custo com as promessas de que as futuras
tecnologias resolverão todos os problemas.

Grupos lobistas das grandes corporações estão tentando influenciar as
discussões sobre as mudanças climáticas nas Nações Unidas desde o começo,
e sobre os governos. Mas agora eles estão sendo convidados para compor a
agenda das Nações Unidas sobre mudanças climáticas antes mesmo dos
negociadores terem sentado à mesa.

Como podemos confiar em um processo que abre suas portas para tantas
corporações que criam a crise climática, enquanto fecha as portas aos
pobres, indígenas e camponeses, que são os menores responsáveis pelas
mudanças climáticas, porém sofrerão a forças de seus impactos?
Para se envolver com a resistência ao controle corporativo sobre as
discussões sobre o aquecimento global, mudanças climáticas, visite:


Tradução > Marcelo Yokoi
agência de notícias anarquistas-ana

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