terça-feira, 12 de maio de 2009

O assassinato de Carlos Palomino na Estação de metro de Legazpi, em Madrid



Retirado de: Movimento Antifascista Português

Em 11 de Novembro de 2.007, Josué Estebanez de la Hija, soldado do Exército que actuava no "Regimiento Inmemorial del Rey" e residia em Fuenlabrada, embarcou no metro com destino à Praça de Julián Marias, Madrid, onde ele participaria de uma manifestação contra a imigração convocada por "las Juventudes de Democracia Nacional" (DNJ): Democracia Nacional (DN) é um partido político espanhol, de extrema direita.
Na Estação de Legazpi, depara-se com um grupo antifascista que adentra a carruagem do metro.
Josué retira de um de seus bolsos, uma navalha que mantem na mão escondida, às costas.
O grupo também seguiria à Praça de Julián Marias com o objectivo de protestar contra a "manifestação de rechaço à imigração".


Carlos Javier Palomino, um activista anti-sistema, da zona vizinha ao Bairro de Vallecas, então com 16 anos, entra na carruagem e critica o soldado quanto ao emblema em sua camisola: "Three Strokes" ("Três Golpes") - uma marca do grupo fascista "Los Ultras".
Josué Estébanez responde deferindo-no uma facada ao coração (0:55 no vídeo).
O grupo tenta capturar Josué.
Segundo uma Testemunha ocular, Josué Estébanez seguiu com a arma na mão, questionando em altos brados: - "quién es el siguiente ?''.
Josué escapa, aproveitando-se da confusão gerada pelo libertamento do gás de um extintor contra incêndio, accionado pelos anti-fascistas.


Carlos morreu na rua, em uma tenda de Serviços de Emergência.
Josué está na prisão a aguardar julgamento. O Procurador solicita condenação para o militante neo-nazi, com pena de 29 anos de reclusão: 17 anos pelo assassinato de Carlos, e 12 por tentativa de homicídio do jovem Alejandro M.N., em quem deferiu um golpe entre as costelas , com a mesma navalha com a qual matou Carlos; causando-no pneumotórax (3:00 no vídeo).
Alejandro permaneceu hospitalizado por 17 dias.

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