sábado, 31 de maio de 2008

Núcleo Estudantil Libertário da Amadora


"Nós, estudantes e habitantes na Amadora, criámos um núcleo para demonstrarmos os verdadeiros problemas presentes no concelho, problemas esses que são sociais, culturais e até mesmo económicos. Temos como objectivo também, combater o estado de alienação e conformismo que se apodera da cidade, e tentar alertar a população para os acontecimentos reais da mesma, focando também, assuntos ligados com o ensino, visto os elementos deste núcleo serem estudantes.
Somos um movimento de acção reivindicativo por uma cidade melhor, onde rejeitamos qualquer forma de racismo, xenofobia, ou qualquer tipo de discriminação.
Também iremos transmitir algumas informações e eventos importantes que achemos de alguma importância."

Visitem em: http://nel-a.blogspot.com

[Europa] UE: consenso na repressão a imigrantes


As vitórias eleitorais de Sarkozy (França), Berlusconi (Itália) e Zapatero (Espanha) vieram incentivar uma atitude mais restritiva por parte das instituições europeias em relação à imigração. Na passada semana, desenharam-se as linhas gerais de uma política crescentemente repressiva, que pretende – ao mesmo tempo que fortalece as fronteiras com os continentes vizinhos, através de programas como o Frontex – fazer da repatriação de imigrantes uma prática regular. Doravante, a prisão de imigrantes em centros de detenção poderá, caso o estado-membro o entenda, prolongar-se pelo período de 18 meses. Tal medida aplicar-se-á a milhares de sem papéis que, mercê de condições restritivas de acesso à documentação, poderão ser sujeitos a ficarem presos durante mais de um ano.

De referir que esta decisão está a ser acompanhada pelo fortalecimento de medidas repressivas em vários estados-membros. Na Itália, o recém-empossado governo de Sílvio Berlusconi instituiu a imigração ilegal como delito (para o mês que vem será apresentado uma lei que prevê uma punição de seis meses a quatro anos de prisão para quem o cometa), prevendo-se igualmente a sujeição do regulamento familiar a exames de ADN. Em França, Sarkozy impõe quotas de permanência de imigrantes no território, bem como o princípio de imigração selectiva, com base nas necessidades da economia francófona (à semelhança do que também é realizado em Portugal e um pouco por toda a Europa). Iniciou também uma série de contactos com governos europeus com vista à aprovação do Pacto de Imigração e Asilo, que defende uma posição de consenso entre os estados-membros relativo ao endurecimento do controlo externo – sobre as fronteiras – e interno – sobre os imigrantes ilegais.

Retirado de: Centro de Média Independente

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Solidariedade com os pescadores


Portos de pesca de Peniche, Figueira da Foz e Setúbal em paralisação total
30.05.2008 - 09h13
Por Lusa, Eduardo Melo, PUBLICO.PT
Paulo Pimenta

Apesar de os motivos da paralisação não colherem todos, o facto é que todos os pescadores pararam hoje
Os armadores e pescadores de Peniche, da Figueira da Foz e de Setúbal bloquearam os respectivos portos de pesca, em protesto pela ausência de medidas públicas que minimizem o agravamento do preço do gasóleo.

Em Peniche, uma frente de barcos impede, desde a meia-noite, a descarga de pescado na lota local. "Depois da meia-noite ninguém vai descarregar no porto de Peniche", afirmou o presidente Cooperativa dos Armadores da Pesca Artesanal, Jerónimo Rato.

"Já mandamos pôr os barcos todos em frente à lota para que não seja possível a descarga enquanto durar a paralisação", acrescentou ainda Jerónimo Rato.

Em Peniche, existem cerca de 90 barcos da pesca local, uma dezena de embarcações da pesca longínqua e outra dezena da pesca do cerco (sardinha).

Na Figueira da Foz, os pescadores do arrasto que actuam ao largo da localidade afirmam que aderiram contrariados à greve que começou hoje, manifestando, no entanto, compreender as razões dos armadores face ao aumento do preço do gasóleo.

Mais de meia centena de embarcações estão hoje paradas, incluindo seis arrastões, a maioria registados em Aveiro. "Esta greve é dos armadores, eu não estou de greve. Quero ir para o mar", disse à Lusa João Fernando, mestre do "Luísa Balseiro".

A tripulação de sete homens, oriundos das povoações da Costa de Lavos e Leirosa, no litoral sul da Figueira da Foz, "quer é trabalhar", mas cedeu à exigência do patrão e afirma compreender as razões da greve.

Mais a sul, quer os armadores, quer os pescados de Setúbal solidarizaram-se com a luta nacional e dos parceiros espanhóis, italianos e franceses.

Eventual falta de pescado fresco apenas terá efeitos na próxima semana

No mercado de peixe de Matosinhos o sentimento é de que uma eventual escassez de pescado fresco só se fará sentir na próxima semana. Vendedoras deste mercado garantiram hoje, à SIC Notícias, que estão bem abastecidas de peixe capturado no dia anterior e que os clientes têm a garantia de comprar peixe fresco hoje e amanhã.

Se os barcos não retomarem a faina nos próximos dias, então a opção destas vendedoras será o escoamento de peixe congelado. Para este peixe congelado, o preço não terá tendência para subir, asseguram ainda, já que foi comprado nas semanas anteriores e nesse período os preços não se alteraram.

Mais info em: Movimento Antifascista Português

Sentencia para los acusados en el Proceso Salónica


Por apelación queda suspendida la condena hasta un próximo juicio que podrá ser en un año o año y medio. No tienen que ingresar en prisión ni permaneceran retenidos en grecia.

Miercoles 28: El juicio comenzó con gran presencia policial debido al cúmulo de juicios que se desarrollaban al mismo tiempo.Por una parte está Bagelis Botzatzis, anarquista de Salónica, con acusaciones de terrorismo y que lleva 6 meses en prisión por la quema de un concesionario de coches en solidaridad con las revueltas en los suburbios franceses. Ayer a la noche se hizo una manifestación en motos hasta la cárcel de Diavata (cárcel donde cumplieron prisión hasta la huelga de hambre Fernando y Carlos en Salónica) en la cual participaron mas de 100 anarquistas que gritaron a las puertas de la prisión e hicieron llegar el calor de la solidaridad a Botzatzis. Fue trasladado hasta esta prisión para declarar esta mañana ya que se encuentra en otra prisión al norte de Grecia. Los presos devolvieron los gritos desde dentro golpeando también los barrotes. Por otra parte un juicio a un atracador de bancos muy conocido que sin declararse políticamente, era conocido por repartir el dinero de sus atracos a la gente más necesitada en los pueblos; y por ultimo los denominados 7 de Salónica.

La mañana se presentaba tensa debido al número de policías antidisturbios que se encontraban a las puertas. El juicio comenzó con la sala abarrotada de anarquistas, pero también de policías. En primer lugar término de hablar la abogada de Kastro tras lo cual jurado y juezas se reunieron para conspirar la sentencia, tras dos horas de suspensión se reanuda el juicio, esta vez la presencia policial es mucho mayor lo que hace pensar que algo negativo va a ocurrir.

Mientras dentro y fuera de la sala los anarquistas abarrotan los juzgados. Se viven momentos de tensión en la sala de arriba cuando entra Botzatzis esposado y escoltado por decenas de policías. Este decide levantar el puño como saludo a todos los companerxs allí presentes y es cuando un policía le baja el puño cuando los anarquistas comienzan a gritar y golpear unas barreras protectoras, el eco en los juzgados es ensordecedor y en otras salas los jueces preguntan temerosos a los abogados que es lo que ocurre. Botzatzis vuelve a prisión tras denegársele la libertad condicional.

Abajo el jurado entra en la sala y dictamina penas desorbitadas para cuatro de los compañeros quedando tres absueltos. En un principio se hablan de 10 a 15 años pero tras las alegaciones de los abogados estas penas se refundan y tras entrar y salir varias veces el jurado las penas quedan en: Simon Chapman (Ingles): 8 años y seis meses, Michalis Trikapis (griego y menor de edad cuando lo detuvieron) y Kastro (Suleiman Dakduk, Sirio) 7 años de prisión, Fernando Pérez (Burgos) 5 años y 6 meses, Dimitris Friouras, Spyros Tsistsas y Epameinondas Vasilias absueltos.

En cuanto fueron declarados culpables los 4 compañeros la policía les impidió salir de la sala, algo normal durante todo el proceso durante las pausas, llegando al punto de meterlos en una celda hasta que fue oficial la suspensión de la condena hasta el segundo juicio que se prevé para dentro de un año más o menos.

Hemos podido asistir al circo de la democracia y su justicia, que no podía dejar en evidencia a su policía y así ha condenado a cuatro de los siete procesados aun teniendo las pruebas suficientes de la manipulación de pruebas con dos videos sobre las detenciones de Simon Chapman(ver) y Mijalis. Como se dice, alguien tenia que pagar el pato y esta vez toco a cuatro de los compañeros. También hemos comprobado la decisión de suspender la condena hasta un segundo juicio, en el que probablemente se rebaje para olvidar lo sucedido, esto se debe al temor a la solidaridad que se produjo en 2003 y a que se reproduzca si nuestros compañeros volvieran a entrar en prisión; y también seguro que a todas las muestras de solidaridad que durante estos meses se han desarrollado en distintos lugares del planeta.

Al finalizar el juicio todos lxs anarquistas allí presentes gritaron ante las caras de los jurados y juezas aquello de... ¡Topazos ya ti lefteria ina dina totero apola taquella!(La pasion por la libertad es mas fuerte que vuestras celdas)

Gracias a la solidaridad nuestros compañeros regresaran pronto con los suyos.

Simon Chapman (Ingles): 8 años y seis meses.

Michalis Trikapis (griego y menor de edad cuando lo detuvieron): 7 años de prisión.

Kastro (Suleiman Dakduk, Sirio): 7 años de prisión.

Fernando Pérez (Burgos): 5 años y 6 meses.

Dimitris Friouras: absuelto.

Spyros Tsistsas: absuelto.

Epameinondas Vasilias: absuelto.

Retirado de: La Haine

Outro post relacionado aqui

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Anarkismo.net


Como podem reparar, a partir de agora podem consultar notícias do site anarkismo.net na parte lateral do blog!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Feira do Livro Anarquista - 23, 24 e 25 de Maio no Clube Desportivo da Mouraria


Programa:




Sexta, dia 23


15h – 17h
Projecção de documentários


17h
Debate “Escravatura e consequências”


20h
Jantarada vegana



21h
Conversa “Prisões, desde dentro e fora”


23h
Improvisação sobre vídeo experimental com Gonçalo, Brunihil e Pedro



Sábado, dia 24

15h
Conversa “A contra-informação como arma de arremesso”


17h
Debate “Publicações anarquistas hoje”


20h
Comezaina vegan



21h
Passagem de vídeos



23h
Guitarradas com Mário Trovador
Durante o dia performance com KAMIQUASES




Domingo, dia 25

15h Debate
“Os anarquistas na sua relação com movimentos sociais”


17h
Conversa “PINs e outros broches” (TGV, barragens e resorts)


20h
Jantar vegano


22h
Tertúlia de poesia




A partir das 15h workshop de teatro para crianças
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Localização:

Grupo Desportivo da Mouraria: Travessa da Nazaré, nº 21Lisboa

Entrada Livre em todas as actividades

Horário: 14h às 00h




SINóPSE DOS DEBATES A REALIZAR



Propomo-nos abordar as causas da escravatura, os resultados que daí resultaram para as pessoas e regiões vítimas desse hediondo tráfico, as consequências para os receptores de escravos e os benefícios resultantes para as metrópoles fomentadoras esse comércio. Também será abordada a situação de escravos absolutos que ainda persistem neste planeta após 200 anos da abolição oficial desse tráfico, assim como as situações de sobre-exploração e descriminação existentes na actualidade.


Conversa “Prisões, desde dentro e fora”
Sexta-feira, dia 23 - 21h
Os últimos casos de repressão e resistência (Monsanto, António Ferreira, o motim de Caxias)- A solidariedade na tuga- A comunicação para além das fronteiras; críticas à luta anti-carcerária tal como a conhecemos.



A informação constitui uma mercadoria do capitalismo tal como todas as outras. Sob a inevitável dualidade do verdadeiro/falso somos levados a aceitar que o trabalho informativo seja realizado pelos órgãos ligados às estruturas de poder, não o encarando como uma ferramenta de todos.Que críticas devem feitas aos canais informativos? Que frutos podemos retirar da contra-informação? Como podemos fazer com que a informação não caia no vazio e se cristalize em mais uma notícia, texto ou imagem que circula na net ou num jornal? Quando é que os canais que existem nos satisfizeram e foram realmente necessários? Em que situações é que a realidade da Internet (dispersão e overdose de informação) castra a revolta e a insubmissão presente nas notícias? Deveremos regressar ao papel? Qual a possibilidade de contra-informação nas rádios?O colectivo pt.indymedia.org propõe a discussão aberta de todos estes pontos e todos aqueles que aqui não estão mas que alguém sentirá a necessidade de colocar.


Debate “Publicações anarquistas hoje”
Sábado, dia 24 - 17h
Apesar do advento da Internet e do florescimento de inúmeros sites, fóruns e blogues libertários e contra-informativos, as publicações anarquistas – em forma de pequenos fanzines ou de revistas e jornais, distribuídos mão-a-mão ou descarregados da Internet – continuam a constituir uma base importante de informação e debate nos meios libertários.O objectivo deste debate é a apresentação e a discussão do carácter e conteúdo destas publicações, assim como dos seus objectivos e divulgação.


Debate ”Os anarquistas na sua relação com movimentos sociais”
Domingo, dia 25 - 15h

Reflexão sobre a forma como os anarquistas têm vindo a integrar movimentos sociais emergentes, caso, na realidade portuense, do Movimento Contra a Demolição do Bolhão, o MASA (Movimento Apoio aos Sem Abrigo), o MUT (Movimento dos Utentes dos Transportes STCP)Tendo em conta todos os constrangimentos institucionais ou mesmo a manipulação partidária a que estes grupos estão sujeitos, muitas vezes torna-se difícil ou mesmo impossível compactuar com directrizes que retiram autonomia a esses mesmos movimentos. No entanto, parece-nos ser importante fazer parte da resistência a esse tipo de situação e mesmo contribuir, juntamente com as pessoas, para o fortalecimento das suas vontades e reivindicações.Assim sendo, tentaremos contribuir para o debate sobre as dificuldades mas também ideias que possibilitem até uma maior abertura dos anarquistas aos movimentos sociais.
CALP – Círculo Anarquista Libertário do Porto

terça-feira, 13 de maio de 2008

Quando há 40 anos a poesia estava nas ruas...



A ideia dominante no fim da década de 50 e início de 60 era de que o sistema capitalista era estável e que não haveria espaço para movimentos revolucionários. Esperava-se apenas o surgimento de revoltas nos países de terceiro mundo.


Surgem algumas situações que directa ou indirectamente se tornaram uma espécie de rastilho para os movimentos de maio e para os que se seguíram posteriormente. Os principais eram a guerra do Vietname, o apartheid na África do Sul, o surgimento de ditaduras de direita na América Latina, a segregação racial nos estados do sul dos E.U.A. , A guerra colonial em África, Martin Luther King, o grande conservadorismo sexual, o sexismo e a proíbiçao da homossexualidade.


A partir de 1965 surgem algumas greves locais em França que dão alguma confiança aos trabalhadores.

No final de Março de 1968 surgem um movimento do qual eram participantes estudantes anarquistas, trotskistas e maoistas.

No dia 22 de Março 150 estudantes invadem um edifício administrativo da Universidade de Nanterre. As suas reivindicações eram o fim da guerra do Vietname e a liberdade sexual. Criticavam também a burocracia do estado e a discriminação de classes em França. A administração da Universidade chamou a polícia que cercou o edifício. Após a publicação dos seus desejos os estudantes abandonam o edifício sem incidentes. Depois disso os dirigentes do chamado "Movimento de 22 de Março" foram reprimidos pelo comité disciplinar da universidade.

Isto desencadeou uma grande revolta nos estudantes e devido aos conflitos a Universidade de Nanterre foi encerrada no dia 2 de Maio e vários alunos estavam ameaçados de expulsão permanente.

No dia 3 de Maio de 1968 os estudantes da Universidade de Sorbonne organizaram um protesto de solidariedade.

Na Segunda-feira seguinte, no dia 6 de Maio a UNEF (sindicato estudantil de França) convocou uma grande manifestação que contou com mais de 20.000 estudantes que foi violentamente reprimida pela polícia de intervenção. Enquanto os estudantes dispersavam alguns erguiam barricadas enquanto outros atacavam a polícia com pedras. O corpo de intervenção viu-se forçado a retirar, mas contra-atacou em força e com gás lacrimogéneo. Centenas de estudantes foram presos.

Os sindicatos estudantis do ensino secundário marcaram a sua posição a favor dos estudantes universitários. No dia seguinte houve uma grande manifestação que juntou os estudantes do ensino superior, do secundário, professores e um número cada vez maior de trabalhadores jovens. As exigências eram:

- Retirar as acusações de crime a todos os estudantes presos;
- Desocupação das universidades por parte das forças policiais;
- Reabertura das universidades de Sorbonne e Nanterre.

As negociações pararam e os estudantes voltaram às escolas, devido a um rumor de que estas se encontravam livres da polícia. Mas verificaram que era falso e crescia assim o sentimento revolucionário.

No dia 10 de Maio houve outra grande manifestação que voltou a ser reprimida com muita violência. Os confrontos (dos quais resultaram centenas de detenções e feridos) foram transmitidos em directo pela rádio e as imagens foram transmitidas no dia seguinte pela televisão.

As reacções a isto foram tremendas, músicos e poetas mais mainstream começaram a apoiar os grevistas em vários países. O Parti Communiste Français (PCF) apoiou os estudantes de modo relutante e as duas principais forças sindicais , a Confédération Générale du Travail (CGT) e a Force Ouvrière (CGT-FO) convocaram uma greve geral e uma manifestação para o dia 13 de Maio.

A manifestação contou com mais de 1 milhão de pessoas e a polícia não interviu. O Primeiro Ministro Georges Pompidou anunciou pessoalmente a libertação dos estudantes e a reabertura das universidades.

Quando a Universidade de Sorbonne reabriu, foi imediatamente ocupada pelos estudantes e foi declarada uma "Universidade Autónoma do Povo". Foram criados cerca de 401 Comités de Acção Popular entre eles o Comité de Ocupação de Sorbonne.

Nos dias seguintes, foi ocupada uma fábrica em Nantes por jovens trabalhadores sindicalistas, consta que a administração foi detida no escritório e durante várias horas os operários cantaram repetidamente "A Internacional" para "educar os patrões". Depois foram várias fábricas da Renault que ficaram na posse dos trabalhadores.

No dia 17 de Maio havia 200.000 trabalhadores em greve, nos dias seguintes o número aumentou para 2 milhões e posteriormente para 10 milhões de trabalhadores em greve!

Estas greves eram autónomas e espontâneas, ou seja, não eram organizadas pelas forças sindicais. Aliás, a CGT tentou conter as exigências dos trabalhadores canalizando as forças para aumentos salariais.

Nos dias 25 e 26 de Maio foram assinados acordos que previam um aumento de 25% no salário mínimo e de 10% no salário médio. Essa oferta foi recusada e as greves continuaram. Trabalhadores e estudantes sabiam que podiam pedir maiores mudanças sociais.

Por esta altura o governo estava à beira do colapso e Charles De Gaulle retirou-se para a Alemanha onde se reuniu numa base militar francesa com os seus generais. Depois de garantir que tinha apoio do exercito fez um comunicado através da rádio em que dizia que o povo tinha que escolher entre ele e o caos. Depois comunicou que ia dissolver a Assembleia e convocar eleições. Ordenou aos trabalhadores que voltassem ao trabalho ou era declarado o estado de emergência.

O sentimento revolucionário começou a desvanecer e os trabalhadores voltaram progressivamente ao trabalho encorajados pelos sindicatos ou obrigados pela polícia.

No dia 16 de Junho a Universidade de Sorbonne foi desocupada pela polícia.

No dia 23 de Junho De Gaulle foi o vencedor nas eleições e várias organizações de esquerda foram banidas e alguns dos seus activistas detidos.

Os acontecimentos de Maio de 1968 demonstram que de devemos valorizar a espontaneidade das pessoas, mas que não devemos por de parte a organização, para no caso de um contra-ataque o movimento não dispersar. Mas acima de tudo estes estudantes e trabalhadores demonstraram-nos que outro mundo é possível.

O AMANHÃ SERÁ NOSSO!!!

segunda-feira, 12 de maio de 2008

FESTA benefit Feira do Livro Anarquista


Sábado, 17 de Maio

a partir das 20h

no Espaço KIÁGÁTO
Entrada pela porta lateral do Ateneu Comercial de Lisboa
Rua das Portas de Santo Antão
perto do Coliseu
, na escola superior de medicina chinesa

Lisboa

sábado, 10 de maio de 2008

A GLOBALIZAÇÃO DA FOME - DEBATE


A Tertúlia Liberdade promove:

DEBATE: A GLOBALIZAÇÃO DA FOME,
com a participação dos economistas: Zaluar Basilio, Pedro Goulart,José Luis Felix e o estudioso

Pedro Gomes.

Multidões passam fome, e alguns adoecem com a gordura para que uns poucos acumulem riquezas. PORQUÊ ?


14 de Maio - 4ª feira, às 18,15

CREW HASSSAN - R- PORTAS DE Stº. ANTÃO, 159-163
Lisboa


PARTICIPA E DIVULGA!!

[São Paulo, Brasil] POLICIA REPRIME VIOLENTAMENTE PASSEATA CHAMADA PELA FOSP/COB-AIT

Manifestação de 1º de Maio convocada pela Federação Operária de são Paulo
é violentamente reprimida pela Policia Militar (PM), após atrito com
passeata de partido de esquerda - que se limitou a troca de
palavras-de-ordem entre os manifestantes.

À manifestação, chamada pela FOSP/COB-ACAT/AIT, compareceram diversos
coletivos, núcleos organizados e individualidades simpatizantes, vindos
dos mais diferentes pontos da Grande São Paulo. Se ininciando na parte da
manhã nos bairros periférios e
a manifestação se incia com uma Concentração no Antigo Mercado de Escravos
de São Paulo, na Ladeira da Memória, a partir das 11 horas. Os
trabalhadores (negros, brancos e asiáticos; brasileiros e emigrados da
América-Latina - colombianos, chilenos, bolicvianos e argentinos -;
hopers, punx, rockers, homens, mulheres, crianças, desempregados e
sem-teto) vão chegando com seus cartazes e bandeiras.

Por volta das 12:30 hs a Concentração se dirigiu em Caminhada até as
Escadarias do Teato Municipal. Lá se fez uma exposição de faixas ,
bandeiras negras e rubro-negras ao vento, massiva distribuição do
MNAIFESTO DE 1º DE MAIO da FOSP/COB-ACAT/AIT, Contra o Desemprego e a
Precarização do Trabalho e a perda de direitos, denunciando a Farsa
eleitoral e chamando o Voto Nulo Ativo, pela gestão operária direta da
sociedade. Sem aparelhagem de som a Concentração se manteve na forma de
uma Assembléia Popular Permanente. Essa assembléia Permanente definiu a
ida, em Passeata, até a Praça da Sé - inclusive para evitar uma Passata
ligada ao PSTU. Por volta 14 horas, então com cerca de 300 pessoas, saiu
em Passeata rumo a Praça da Sé.

Chegamos na Sé seguidos de perto pela PM e lá realizamos mais uma
manifestação e Assembléia Popular. Nesta, em que falaram vários populares,
sem-teto e desempregados, foi colocado que a classe trabalhadora é uma
coisa só e que tinhamos que estimular nossa organização nos locais de
trabalho e moradia, de forma independente dos partidos e das centrais
sindicais pelegas, para organizar uma grande greve geral contra o
desemprego, a miséria e a exploração. Falações contra a mídia burguesa, o
rascismo da PM e depoimentos pessoais e pelo voto nulo ativo se fizeram
ouvir novamente. Nessa Assembléia Popular decidimos seguir em direação a
Praça da República. Saimos da Sé em direção a República por volta das 16
horas.

Na entrada do Viaduto do Chá, em frente a sede da prefeitura, a Passeata
do Movimento Libertário Brasileiro - MLB - houve um atrito com a passeata
promovida pela estranha aliança entre o maoísta PRC e o trotskista PCO. A
Pm fez um cordaõ de isolamento, para "proteger" a passeata dos
'partidários' dos ' punks e anarkistas' - de acordo com a oficial da Tropa
de Choque em comando. Cerca de 10 minutos depois da passagem da "passeata
do PCO" a passeata do MLB tentou prosseguir pelo Viaduto do Chá,sendo
impedida pela PM - que mantinha o cordão de isolamento que formaram na
passagem da "passeata do PCO". Como não conseguisse furar o bloqueio dfa
PM se propos uma rotsa alternativa, descendoa Libero Badró e atravessando
aPassareal de pedestres sobre a praça das Bandeiras. Porém a PM
imediatamnte ataca por trás a manifestação, de forma truculenta - pessoas
foram atropeladas e foram obrigadas a ir para hospitais. A Manifestação
foi desbaratada, depois de um breve enfrentamento dos manifestantes com a
PM entre 17 e 17:30 hs. Foram detidas cerca de 60 pessoas, 5 companheiros
foram responsabilizados e teraõ que responder um processo - sendo dois da
Coordenação da FOSP/COB-AIT. Todo material da FOSP/COB-AIT (faixas e
cartazes) foi apreendida.

Por volta das 23 horas foram libertados os últimos detidos, que foram
esperados por mais de 50 companehiros que se mantiveram solidários até o
fim.

http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2008/05/418623.shtml

A EMANCIPAÇÃO DOS TRABALHADORES SERÁ OBRA DOS PRÓPRIOS TRABALHADORES!

FOSP - Federação Operária de São Paulo.
Filiada a:
COB - Confederação Operária Brasileira.
ACAT - Associação Continental Americana dos Trabalhadores.
AIT - Associação Internacional dos Trabalhadores.

quarta-feira, 7 de maio de 2008

[Cuba] Más de lo mismo


Solidaridad urgente con los jóvenes contestatarios y el movimiento anarco-punk en Cuba.

Con el discurso demagógico que acompaña el traspaso de poderes (que no transición) en Cuba, de un hermano a otro –como si de monarcas sin herederos "viriles" se tratara– se intenta sembrar expectativas de cambio en el seno del pueblo cubano.

El presidente general, se esfuerza con ademanes ajenos, para persuadirnos con pretendidas reformas que pondrían punto final al "exceso de prohibiciones y medidas legales, que hacen más daño que beneficio"; sin embargo, para los cubanos y cubanas de a pie, para los obreros, los campesinos, los desempleados, subempleados, ambulantes y demás trabajadores informales, los desheredados del sistema, los oprimidos y explotados, más allá de estos cambios cosméticos prometidos por el heredero al trono, la realidad concreta no es otra que más de lo mismo.

Los paliativos económicos del presidente general (como en su momento lo hiciera, por esos caprichos y singularidades de la historia, otro presidente general derrocado en 1959 por el Pueblo en armas), sólo benefician a la élite del Poder y a la burguesía oligarca que les circunda, que acumula fortunas astronómicas a buen recaudo en los bancos exentos de impuestos en Suiza, Panamá, Bahamas e Isla Caimán, mientras las "prohibiciones" continúan, traduciéndose en brutal represión contra todo aquel que se cuestione el derecho divino de esta casta privilegiada de ejercer el Poder absoluto per omnia saecula saeculorum.

Una prueba de ello, es la actual cacería de brujas contra los jóvenes contestatarios y el movimiento anarco-punk en la Isla, como declaran los miembros del grupo punk Porno Para Ricardo.

Gorky, su vocalista, denuncia los hechos en sus propias palabras "Una vez más me han citado a la policía para no perder la costumbre de su política de acosos y de intimidación, el motivo esta vez fue el mismo de siempre, parece como si quisieran que me fuera del país o coaccionarme de alguna u otra manera. También a Hebert, el bajista, lo ha ido a visitar un tipo del MINIMT (Ministerio del Interior) con el pretexto de una entrevista. Hebert se ha asustado y ha venido a contarme. Quiero que si es posible pongan esto en la web a modo de noticia y denuncia".

Ante la actual situación, reclamamos de los hombres y mujeres del mundo amantes de la Libertad, la más viva solidaridad con la escena juvenil contestataria y contra-cultural cubana. Y, nos sumamos a la campaña de los animadores del proyecto Cuba Underground, en defensa de la integridad física de los integrantes de Porno Para Ricardo, así como la de sus familiares, amigos y compañeros, manifestando nuestro incondicional apoyo a todos los jóvenes anti-autoritarios que en la cotidianidad sufren la opresión y la explotación de la dictadura nacionalista burguesa que desde hace casi medio siglo gobierna de manera absolutista en Cuba.

¡Por una Cuba Libre y libertaria!

¡Por la Anarquía!

Movimiento Libertario Cubano (MLC). A 18 de Abril de 2008

Solidariedade com os 6 de Salónica (Grécia)


Em Junho de 2003, celebrou-se um Encontro de Ministros da UE em Salónica, Grécia, que foi massivamente contestada por milhares de anticapitalistas.
Durante uma das manifestações foram detidas 60 pessoas, das quais 7 são efectivamente presas. Após 6 meses de prisão e 53 dias de greve de fome, são postas em liberdade condicional.
A 7 de Maio de 2008, após quase 5 anos, o estado grego reabre um processo-farsa, cheio de iregularidades e provas falsas, com os objectivos de voltar a enjaular @s noss@s companheir@s e de amedontrar as pessoas e movimentos que lutam por uma mudança social.

A PAIXÃO PELA LIBERDADE É MAIS FORTE QUE AS SUAS GRADES!
ABSOLVIÇÃO TOTAL PARA @S ARGUID@S DE TESSALONIKI!

semana de solidariedade activa

[Fotos] 1º de Maio anarco-sindicalista




quinta-feira, 1 de maio de 2008

Manifs neonazis e anti-fascistas acabam em confrontos

Milhares de pessoas protestaram esta quinta-feira em Hamburgo e em Nuremberga contra comícios do partido neonazi NPD, enquanto manifestantes radicais se envolviam em confrontos com a polícia de intervenção, presente em força nas duas cidades.

Segundo testemunhas citadas pelo site «Spiegel Online», a polícia utilizou canhões de água e bastões para dispersar os manifestantes, e várias pessoas ficaram feridas.

Boa parte dos três mil manifestantes esquerdistas já tinham tentado anteriormente romper o cordão policial e atacar a manifestação do NPD, que reuniu cerca de mil activistas em Nuremberga.

Um carro com altifalantes da chamada «Autonomia Organizada», cujo porta-voz estava a incitar os manifestantes à desordem, foi tomado de assalto pela polícia, que desligou a instalação sonora.

Em Hamburgo, a manifestação anti-fascista juntou mais de sete mil pessoas no bairro de Barmbek, para onde o NPD marcou um comício em que participaram cerca de 1.100 militantes da extrema-direita vindos de várias pontos da Alemanha, disse fonte policial.

À margem das manifestações registaram-se confrontos entre a polícia e activistas da extrema-esquerda, que incendiaram caixotes do lixo, arremessaram bombas de fumo, foguetes, incendiaram um armazém de pneus e viraram um carro da polícia.

As forças da ordem recorreram a canhões de água para dispersar os grupos de manifestantes que estavam a provocar os distúrbios.

Já na noite anterior ao 1º de Maio tinha havido em Hamburgo recontros entre esquerdistas e a polícia, em que ficou ligeiramente ferido um agenda da autoridade e foram efectuadas quatro detenções, segundo um porta-voz.

O Conselho Central dos Judeus na Alemanha tinha-se insurgido esta semana contra a autorização ao NPD para desfilar em Nuremberga, cidade da Baviera que nos anos 30 do Século passado foi palco dos congressos nazis.

Fonte: IOL Diário








[Lisboa] May Day: o precariado reb(v)ela-se


A precariedade é a condição social do novo século. É precária a pessoa que é perseguida pelo patrão, pela gestora de recursos humanos ou pela empresa de trabalho temporário, mas também quem se vê ameaçado pelo banco, pela empresa de crédito ao consumo, pelo senhorio, pela seguradora de saúde, pelo serviço de estrangeiros e fronteiras. A precariedade entra a pés juntos nas vidas das pessoas, ceifa a autonomia, dificulta a criação e a criatividade.

O MayDay é uma parada de precári@s, que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão. No ano passado, a iniciativa MayDay chegou a Lisboa, juntando algumas centenas de pessoas contra a precariedade no trabalho e na vida. Na parada MayDay cabemos todos: mais novos e mais velhos, operadores de call-center, "caixas" de supermercado, cientistas a bolsa, intermitentes, desempregados, estagiários, contratados a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade,…

A 1 de Maio juntamo-nos contra a exploração, contra o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação, desafiando o cinzentismo e continuando o percurso de mobilização e visibilidade. No dia 1 de Maio vamos para a rua. Porque esta não foi apenas feita para albergar sedes de empresas, escritórios, restaurantes de comida rápida e outros locais onde decorre todo um estado de excepção laboral, onde a exploração, o abuso, a instabilidade e a ilegalidade se tornaram lei. No dia 1 de Maio queremos transformar a rua num espaço em que desfila a alegria da recusa de uma vida aos bocados.

Mayday