sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Anarquista grego foge de helicóptero pela segunda vez da mesma prisão!

Anarquista grego foge de helicóptero pela segunda vez da mesma prisão


O anarquista grego Vassilis Paleokostas, e seu comparsa, o albanês Alket Rizaj, realizaram uma fuga espetacular em helicóptero de uma prisão de segurança máxima grega pela segunda vez em três anos, neste último domingo (22). A fuga se deu em meio a tiroteio com guardas do presídio.


Ambos foram pegos no pátio da prisão Korydallos, em Atenas, na tarde deste domingo. Os detentos escalaram uma escada de corda lançada por uma mulher que estava no helicóptero.


Guardas em solo abriram fogo e a mulher atirou de volta com um rifle automático. Não houve relatos de feridos.Paleokostas e Rizaj escaparam da mesma prisão através do mesmo método há cerca de três anosMais tarde, um casal de idosos encontrou a aeronave abandonada perto de uma estrada ao norte de Atenas. O piloto estava vendado, amarrado e com um capuz na cabeça. Ele disse à polícia que o helicóptero havia sido alugado por um casal que dissera querer ir de Itea, no centro da Grécia, a Atenas, e que foi obrigado a participar da fuga, ameaçado com uma arma automática e uma granada de mão. O casal havia alugado o helicóptero algumas vezes nas semanas anteriores.


Paleokostas e Rizaj deveriam aparecer perante um magistrado nesta última segunda-feira (23) justamente em razão da fuga anterior de helicóptero, em 4 de junho de 2006. A operação havia sido planejada pelo irmão mais velho de Paleokostas, Nikos, condenado que fugiu da mesma prisão em 1990, durante fuga em massa.


Nikos foi recapturado pelas autoridades em setembro de 2006 e ainda está na cadeia. Ele foi condenado por 16 roubos a bancos.


Rizaj, imigrante albanês, também foi recapturado em setembro de 2006. Vassilis Paleokostas foi preso em agosto de 2008.


Enquanto esteve foragido, Paleokostas é suspeito de planejar o seqüestro, em junho de 2008, de um proeminente empresário grego, Giorgos Mylonas, refém por 13 dias até o pagamento do resgate por sua família.




Vassilis e Nikos Paleokostas, dois irmãos, duas “lendas rebeldes” bem conhecidas na Grécia


Desde a queda do império Otomano em 1821 a Grécia passou a conhecer uma grande tradição muito popular de ladrões classistas e sociais, como sendo uma resposta à pobreza e à exploração. Estas pessoas tomariam de volta o dinheiro dos ricos, das autoridades, dos exploradores, e freqüentemente se escondiam em vilarejos, com a ajuda das pessoas; estas se recusariam a ajudar a polícia e os protegeria das autoridades.


Os rebeldes sempre tiveram fortes conexões com as pessoas e providenciaram para suas comunidades, por exemplo, apoio financeiro para educação e medicação, tendo por sua vez proteção da comunidade em relação à polícia. Nesta realidade, os dois irmãos Vassilis e Nikos, e ainda muitos outros, que cresceram em uma família muito pobre, não poderiam mais suportar suas próprias explorações e escravizações bem como as das pessoas que os circundam nesta sociedade, e assim, durante os últimos 30 anos, eles têm vivido suas vidas como rebeldes sociais.


Eles fizeram dezenas de assaltos a bancos, roubos de carros e fugas de presídios, mas nunca tiveram roupas elegantes, dirigiram carros caros ou viveram em casas luxuosas. De fato teve uma vez que eles atiraram de volta o dinheiro para o chão do banco, porque aquele pequeno montante não era a quantia que eles realmente precisavam. Tudo isto foi sempre enviado para onde era necessário e compartilhado com as pessoas que os protegeram, os esconderam e ainda não vão dizer uma palavra sequer para a polícia sobre os seus companheiros.


Durante todos esses anos eles permaneceram nos “subsolos”, enquanto eram trilhados pela polícia de tempos em tempos, quer resultando em bem-sucedidas fugas em carros roubados ou tendo que enfrentar um infeliz tempo de prisão. Sempre escapando dela, no entanto, com a amante e espetacular ajuda do outro irmão.


Por toda a década de 80 eles fizeram muitos assaltos, até Nikos terminar na prisão em 1988, mas foi solto pelo seu irmão, Vassilis, poucos dias mais tarde, jogando, pelo lado de fora, uma corda sobre o muro da prisão. Dois anos depois, em fevereiro de 1990 ele foi preso novamente. Um mês depois Vassilis foi infortunadamente pego com um amigo, enquanto tentava resgatar seu irmão. Esta foi, supostamente, a primeira vez em que ambos estavam na prisão ao mesmo tempo.


Em dezembro de 1990, no entanto, Nikos escapa da prisão Korydallos em Atenas após um enorme levante no presídio; a polícia então estaria procurando por ele pelos próximos 16 anos, até que o pegou, por acidente, quando estava em uma batida de carro em 2006. Desde então ele nunca mais saiu.


Em 1991 Vassilis consegue escapar da prisão de Halkida. Em 1992 ele rouba um banco. Em 1995, juntos, eles assaltam um banco em Atenas. Em dezembro de 1995 eles estavam sendo acusados de seqüestrarem o presidente da Haitoglou, uma grande fábrica de “halvas” (comida grega). Eles, supostamente, o deixaram ir após quatro dias e também após receberem 750.000 euros de resgate. O ministro da ordem pública profere então um mandado de prisão que circulou na televisão e na rádio, além de cartazes com as fotos deles e uma recompensa exatamente de 750.00 euros.


Em 1996, Vassilis foi rastreado pela polícia em Korfu, mas conseguiu escapar dela tomando um carro. Dois anos mais tarde a mesma situação ocorre em Yanitsa, e volta a se repetir em maio de 1999. Em 2003, Nikos faz uma fuga espetacular com um helicóptero.


Em 2006, Nikos, de bicicleta, roubou um banco em Veria e fugiu porque a massa de policiais lá presente estava completamente preocupada com a proteção do presidente que estava visitando as ruas de Veria naquele exato momento. Em setembro daquele mesmo ano ele teve um acidente de carro e foi preso novamente, após muitos anos se escondendo e vivendo como um fugitivo.


A polícia descobre sobre a identidade e o paradeiro do grupo porque um quarto homem estava gastando largas somas de dinheiro em carros luxuosos em Creta. Também porque Georgos Mylonas tinha declarado à polícia que durante seu seqüestro ele tinha ouvido aviões sobrevoando por lá muito freqüentemente. Com a prisão do homem em Creta eles descobriram que tinham alugado uma casa em Souroti, uma tranqüila área perto de Tessalonica, próxima ao aeroporto. A polícia alega que com 14 policiais da força especial e 10 policiais civis (é muito possível que havia bem mais), eles cercaram a casa em Souroti. Ambos foram presos lá, onde tinham também mantido Mylonas e a artilharia.


No dia 22 de agosto de 2008, todos eles foram levados ao promotor, que deu à eles três dias para preparar a defesa, e decidir sobre a continuidade da detenção pré-julgamento deles. Encaram nove acusações (3 crimes, 6 delitos). Após o processo eles foram arrastados por dois grandes policiais da tropa de elite para a imprensa, ávida para tirar uma foto dos mais procurados na Grécia, e orgulhosa de mostrar a todos que eles foram pegos; o pesadelo de todo o sistema que impõe a lei, o controle e a punição sobre as pessoas.


agência de notícias anarquistas-ana
garça pousa
na pista do aeroporto
tem o avião a mesma graça?
Charles Bicalho

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Hospedar Servidores da Rede Indymedia é Ilegal?


Nessa segunda-feira (9 de fevereiro de 2009), a policia de Kent prendeu um homem em Sheffield, enquadrando-o sob a Lei de Crimes Graves 2007 em relação à recente apreensão do servidor da Rede Indymedia. A casa dele foi invadida, e todos os equipamentos de computadores e documentos relacionados foram levados. Ele foi liberado após oito horas. A pessoa não tinha nenhum acesso técnico, administrativo ou editorial ao site Indymedia do Reino Unido. Ele só estava associado ao projeto por hospedar um servidor da Rede.

A prisão ocorreu sob a Seção 44-46 da Serious Crime Act, que foi aprovada como lei no dia 1º de Outubro de 2008 para combater graves crimes internacionais como tráfico de drogas, prostituição, lavagem de dinheiro e assalto à mão armada. As seções 44-46 referem-se a "incentivar ou apoiar delitos"

A polícia de Kent reivindica os endereços de IP de duas publicações de comentários anônimos em um relatório sobre um recente processo judicial que julgou uma ação de libertação animal, os comentários tinham em seu conteúdo detalhes pessoais de um juiz. O endereço de IP de quem publicou estes comentários não está gravado, pois o Indymedia Reino Unido não loga endereços de IP. Esse fato foi reconhecido pela Polícia do Transporte Britânica em 2005, após a apreensão do Servidor do CMI Bristol.

O fato da polícia prender a pessoa que tinha assinado o contrato de hospedagem de um servidor, reflete em pura intimidação, já que claramente a Rede Indymedia tem sua política declarada de não logar IP.

Com a implementação da Diretiva de Retenção de Dados da União Européia em Março de 2009, o governo britânico tenta tornar cada provedor de serviços de internet no país em um instrumento de aplicação da lei. A legislação fornecerá uma base legal para intimidar, perseguir e prender pessoas que estão desenvolvendo um valioso e necessário trabalho para a transformação social, como por exemplo, ativistas pela paz, militantes que lutam por justiça social e econômica ou contra a brutalidade policial.

A atual intimidação do meio alternativo de publicação aberta que é a Rede Indymedia terá sérias implicações para qualquer pessoa que queira hospedar um servidor no Reino Unido que permita contribuição de usuários/as - blogs, sites de redes sociais, wikis. Essa é, pura e simplesmente, uma tentativa de fechar os sites que respeitam a privacidade de colaboradores/as.

Indymedia

Apresentação da publicação "Presos em Luta" no CCL, Cacilhas * Almada

No Sábado, dia 28 de Fevereiro vai ser apresentada a publicação "Presos em Luta: Agitações nas prisões portuguesas entre 94 e 96".Terá lugar no Centro de Cultura Libertária, pelas 16:00h e contará também com uma conversa sobre o motim de Caxias e o processo contra os 25 acusados, bem como, as lutas nas prisões portuguesas nos anos 90.


A publicação já está disponível para download em
http://presosemluta.tk

copia e distribui!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Dos activistas de Iguadald Animal saltan a la Pasarela Cibeles durante el desfile de Roberto Torretta


Dos activistas de Iguadald Animal saltan a la Pasarela Cibeles durante el desfile de Roberto Torretta, un diseñador que utiliza piel de animales en sus diseños.Portando carteles con la frase “Piel es Asesinato” los activistas han conseguido mostrar una vez más que el uso de animales supone sufrimiento y muerte de individuos que merecen ser respetados.


Desde Igualdad Animal reivindicamos el respeto hacia todos los animales y hacemos un activismo serio y comprometido para lograr que cese el uso de animales en todos los ámbitos en los que son explotados. Esta nueva acción de desobediencia civil, forma parte de la potente campaña que Igualdad Animal viene realizando desde hace unos meses contra la utilización de animales como vestimenta, campaña que incluye decenas de protestas en la calle en las que hemos repartido miles de folletos, el encadenamiento a la feria Iberpiel , donde mostramos los cadáveres despellejados de varios visones asesinados por la industria peletera, entre otros actos y protestas.


(Pendiente de actualización con imágenes y repercusión de la acción)

Igualdad Animal existe para defender a los animales. ¡APÓYANOS!

Si quieres colaborar con Igualdad Animal, escribe a: activismo@igualdadanimal.org

Two Hens Liberated from Mexican Church









Received anonymously
In the early morning hours of February 17, FLA-CVN activists went out for a nighttime stroll against speciesists. When the repressive Mexico State 'security' discovered us, we got rid of the tools to carry out our action.They thought that this would prevent us from reaching our objective, but they were wrong!
When we were leaving the filthy station, we went with more rage and more of a yearning for freedom for two hens who had been discovered imprisoned, dominated and deprived of their liberty in a church. The rescue was a little difficult without the tools that would have helped us, but we had enough conviction and courage to overcome the small impediment. We broke a fence that separated the birds from their freedom and we left along with them under the light of a beautiful moon.
Now this pair of hens enjoy complete freedom without having to endure the domination of the church or any other human being.
This is a message for all those who want to suppress the desire for freedom; if they put walls in our way we will jump them, if they catch us we will get away, and if they block our path we will knock them down!
Neither the security cameras, nor the police, nor the speciesists can stop us! This is not over yet, the fire continues to expand each time there is more... fire to all that oppresses us!!!!Frente de
Liberación Animal- Comando Verde Negro
Camille Hankins, Lin Bingham, Jerry VlasakPress OfficersNorth American Animal Liberation Press Office(818) 227-5022press@animalliberationpressoffice.org http://www.msplinks.com/MDFodHRwOi8vd3d3LmFuaW1hbGxpYmVyYXRpb25wcmVzc29mZmljZS5vcmc=.
"When a person places the proper value on freedom, there is nothing under the sun that she will not do to acquire that freedom. Whenever you hear a person saying he wants freedom, but in the next breath she is going to tell you what she won't do to get it, or what he doesn't believe in doing in order to get it, he doesn't believe in freedom. A person who believes in freedom will do anything under the sun to acquire...or preserve his freedom."-- Malcolm X

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Montaje político sin precedentes en Málaga contra el movimiento antifascista

x La Haine - Málaga :: Más articulos de esta autora/or:

Desde ayer a las 8 de la mañana tiene lugar frente a la comisaría provincial de Málaga una concentración permanente de solidaridad con los -al menos- 16 detenidos
Según ha relatado a La Haine uno de los solidarios, entre 50 y 60 personas estuvieron ayer concentrados frente a la comisaría provincial de Málaga desde las 8 de la mañana a las hasta las 3.30h de la mañana, para exigir la liberación de los -al menos- 16 detenidos antifascistas, aunque todavía no se puede confirmar que la operación esté cerrada.
Aunque son datos sin confirmar aun, se trataría de 14 detenidos mayores de edad y 2 menores, que ya han salido en libertad. Aun no se sabe cuándo saldrán en libertad las personas que continúan detenidos.
Durante el día de hoy la concentración continua desde las 7.30h de esta mañana durante todo el día.
La Coordinadora Antifascista de Málaga califica esta operación represiva de "montaje policial", según informa en su página web. Así mismo, sorprende el silencio absoluto reflejado en los grandes medios de comunicación, que todavía no ha emitido la más mínima noticia al respecto.

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Comunicado: Operación policial contra el movimiento antifascista en Málaga
Entre el miercoles y el jueves la policía detuvo al menos a 16 activistas antifascistas en Malaga. La Coordinadora Antifascista malagueña pide su libertad.
Entre el miércoles 18 y el jueves 19 han sido detenidos casi una veintena de jóvenes antifascistas, de los cuales dos son menores de edad, que esta misma tarde-noche del jueves han salido libres.
La policía ha realizado dichas detenciones en domicilios, centros de trabajo, etc... También algunos de ellos mediante citas falsas a comisaria por juicios de faltas., siendo detenidos, manteniéndoles incomunicados.
Pedimos desde aquí la libertad de todos los compañeros detenidos arbitrariamente y llamamos a la solidaridad de los malagueños para que acudan a la puerta de la comisaría para concentrarse por su libertad.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

No pasarán! Manifestación antifascista en Dresden 14.02.2009

[Traducido por La Haine] Miles de antifascistas se movilizaron en Alemania para hacer frente a la manifestación anual de 6.500 cabezas rapadas nazis en Dresden

Primer informe de Indymedia UK.

En Dresden, Alemania, 4.000 antifascistas se manifestaron el 14 de febrero contra unos 6.500 neonazis, la manifestación fascista más grande de su tipo en toda Europa.

Ya al comienzo de la contra-manifestación de la coalición Antifa "No Pasaran", comenzaron los enfrentamientos con la policía. Poco antes de la llegada al punto final de la manifestación, hubo un asalto masivo de las fuerzas represivas, de modo que la marcha tuvo que ser disuelta.

"No Pasaran" había esperado 2.000 participantes, pero vinieron 4.000. La movilización antifa fue un éxito notable. Sin embargo, a pesar de los Antifas y otros miles de manifestantes de la coalición burguesa "Piensa", los nazis pudieron marcha en Dresde en gran parte sin interrupción.

Como cada año, al final de la marcha comenzaron las cacerías. Pequeños grupos de ambos bandos se encontraban en la ciudad y la policía fue, como siempre, completamente sobrepasada.






FOTOS

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Skinheads provocam aborto a brasileira grávida de gémeos





A polícia suíça está a investigar um aparente ataque de um grupo neo-nazi a uma imigrante brasileira grávida, que acabou por perder dois bebés. A vítima foi atacada com armas brancas e os skinheads cravaram na pele as iniciais do partido SVP

Segundo a imprensa brasileira e suíça, a vítima, filha de um importante advogado da indústria naval, foi identificada como estrangeira porque estava a falar ao telefone em português, numa estação ferroviária de Zurique.

Paula Oliveira, de 26 anos, grávida de gémeos, foi agredida e golpeada com armas brancas durante dez minutos, segundo o pai da vítima. O choque acabou por levar à perda dos bebés.

Os atacantes, um deles com uma suástica tatuada na testa, deixaram gravadas na pele da jovem as iniciais do Schweizerische Volkspartei (SVP), partido de extrema-direita que, apesar de desmentir qualquer laço a movimentos neo-nazis, assume uma agenda anti-imigração.

Foi o SVP que promoveu um referendo recente sobre o acordo de Schengen. O partido faz parte da coligação governamental helvética, tradicionalmente plural.

Oskar Freysinger, deputado do SVP, promete «expulsar» qualquer membro do partido que esteja relacionado com o ataque de Zurique.

Sol

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Pedem-nos o voto, diremos não!


O capitalismo é um sistema sem lei, que alimenta e serve os interesses dos grandes grupos económicos e de todos os que lhe seguem o modelo. Um sistema norteado por valores cujos princípios básicos potenciam o crescimento da injustiça e desigualdade sociais, da alienação e expropriação dos direitos fundamentais dos indivíduos, da exclusão, da exploração desenfreada de pessoas, animais e natureza, do fomento de necessidades de consumo, hábitos e procedimentos desnecessários que causam ciclos de guerra, sofrimento e miséria. As democracias “representativas” inculcam massivamente no imaginário dos cidadãos que os resultados dos actos eleitorais significam procuração irrevogável para o Estado agir, em seu nome, de forma omnipotente e omnipresente.


A democracia resume-se assim a isso mesmo: de tanto em tanto tempo fazer variar nos assentos do Poder aqueles que apenas estão lá não para nos representar como proclamam, mas para fazer cumprir todas as políticas decididas algures nos centros financeiros internacionais. Desta forma, a vontade dos povos e dos indivíduos não tem qualquer poder decisório. No entanto, são chamados sazonalmente ao cumprimento do seu “dever”, a horas e nos lugares certos, sendo-lhes outorgado um falso carácter determinante, vendendo-se assim a ilusão de que mandar representa, apenas, obedecer ao sentimento maioritário.


Para a prossecução deste embuste arenga-se que as eleições projectam um sublime acto de escolha. Com maior ou menor propaganda e manipulação, com mais ou menos promessas demagógicas que não colhem apenas os incautos, o sistema capitalista desce à terra de quatro em quatro anos, submetendo-se estoicamente à prova das feiras, dos comícios em terras inóspitas, dos beijos e abraços à saída das missas. Tem o seu banho democrático, diz-se orgulhoso por isso e afirma-se posteriormente encartado para decidir o que quiser decidir. São, depois, as regras da democracia “representativa” a gerarem a rotatividade na protecção do aparelho de Estado e na defesa das políticas rigidamente definidas que, a nível super-estrutural, o capitalismo impõe para prosperar e garantir a sua ditadura. São as terapias impostas para que o pulmão não se debilite, seja qual for o corpo (partido ou agrupamento político) que lhe dá abrigo.


O sistema capitalista tem sabido lutar bem por este seu paradigma, exigindo a quem dele vive o respeito e aceitação do Estado como entidade reguladora das relações sociais. Os jogos de alianças, a necessidade de apresentar alternativas e soluções como sinal de afirmação construtiva fizeram encostar a "extrema-esquerda" e a "esquerda" à "direita" e parte da "direita" à "esquerda" e ao "centro", juntando-se todos no Parque das Nações a comerem um caldo de maioridade e sensatez. Por isso, nenhuma, mas mesmo nenhuma, força partidária equaciona, hoje, a legitimidade dos cidadãos se sentirem defraudados com o que fazem do seu voto. Outra coisa, aliás, não poderia acontecer: por muito que possa doer a muita gente boa que palmilha caminhos de insubmissão, certo é que a participação nos órgãos de poder institucional significa a aceitação cordata das suas regras de funcionamento e a reverencial simpatia pelo Estado e pelo sistema que o mantém. Há que assumir sem rodeios que nas sociedades modernas a exploração violenta, desumana, arcaica e irracional que o sistema capitalista exerce legalmente vem resultando da "carta branca" fornecida pelos plebiscitos eleitorais. Percebendo a importância que as eleições dão ao sistema capitalista, ao longo das últimas três décadas várias foram as mobilizações em torno da defesa política da abstenção. Não havendo campanhas públicas sistematizadas nem qualquer sector a emergir colectivamente, o poder foi-se aproveitando disso para atribuir os resultados incomodativos à "preguiça", ao "tempo de praia", à "chuva diluviana", à "abstenção técnica", à não "limpeza dos cadernos eleitorais", à "mobilidade dos cidadãos".


Como se "ir à praia" em dia de eleições não devesse ser enquadrado numa atitude política assumida, denunciadora da rejeição do circo da sociedade do espectáculo; como se o "direito ao não voto" fosse menos legítimo que o "direito ao voto". Reduzir a participação eleitoral aos que alimentam e se alimentam do sistema, transformá-los em criadores, actores e espectadores da sua própria encenação poderá ser uma interessante tarefa revolucionária geradora de ataques localizados aos órgãos vitais desta sociedade dominante. Nesta lógica de combate deverá ser claro que uma plataforma de entendimento e acção em defesa da abstenção, que se almeja poder funcionar sem qualquer mecanismo reprodutor dos poderes conhecidos, nunca deverá ser entendida como um fim em si mas antes como um meio para reforçar o ataque sistémico ao capitalismo. Ao longo da história a sociedade humana foi sendo encaminhada para sistemas de funcionamento autocrático e dirigista ao arrepio das normas de relação fraternas, solidárias e horizontais. A introdução das regras mercantilistas, do desempenho individual, da competição e do orgulho na propriedade privada adulteraram a lógica comunal, transformando o ser humano num produto que deve mais do que tem a haver! A desumanização das sociedades dos novos tempos transformou as pessoas em números prontos para o massacre.


Isto não é inevitável! Sabemos de múltiplas lutas de resistência que foram capazes de mostrar que outro mundo é sempre possível ainda que o devir nos tenha acrescentado frustrações. Todos esses processos históricos encontram-se catalogados nos protótipos da utopia, tendo, alguns deles, sido concretizados. Este parece ser o grande combate de quem enjeita o poder institucional e não quer agir sozinho. A luta pela felicidade e pelo mundo harmonioso também passa por aqui sem aqui se esgotar! Liberdade não é poder escolher os tiranos, mas sim não querer nenhum.


Todas as rebeliões começam por uma recusa. Para justificar a tirania, virão pedir-nos o nosso voto.


OLHOS NOS OLHOS, DIR-LHES-EMOS QUE NÃO!



Novembro 2008

Concerto benefit em Aljustrel


Em Março de 1996 houve um motim na prisão de caxias, com a acusação de 25 presos. Treze anos depois o estado português decide julgar os "25 de caxias" por motim, incêndio e danos qualificados, ignorando as denúncias de maus tratos e espancamentos que estes inconformados sofreram no dia do motim.

Centro de Cultura Anarquista Gonçalves Correira

Carta de Ilias Nikola desde a prisão de Amfissa, Grécia

Na noite de 13 de Janeiro um engenho composto por botijas camping gas e gasolina explodiu na entrada da esquadra de Evosmos (município perto de Tesalonika). O vidro da fachada e o sistema de ar condicionado ficaram danificados.
Pouco depois paisanos detiveram Ilias Nikolau, anarquista de 26 anos.

Ilias Nikolau, juntamente com Dimitra Sirianaou e Kostas Halazas estiveram durante um ano sob mandato de captura no mesmo caso que Vagelis Botsatsis (acusados de vários incêndios). Vagelis saiu da prisão preventiva a 13 de outubro de 2008. A 14 de novembro, durante a greve de fome gigante que se fez nas prisões gregas, os 3 restantes, acompanhados por uma centena de companheiros, apresentaram-se na esquadra de Tesalonika. No dia seguinte decidiu-se que ficariam em liberdade até ao julgamento.

Agora Ilias é acusado de explosão, fabricação e associação. Ilias negou todas as acusações e negou que foi pilhado em flagrante. Tudo se baseia nos testemunhos dos bofias. Estes vasculharam a casa dos pais e da avó em busca de provas e nada.
No dia 15 de janeiro foi levado para a prisão de Amfissa.

Carta de Ilias Nikolau depois da sua entrada na prisão:

En la madrugada de martes 13 de enero en el oeste de Tesalónica, fui detenido como sospechoso de una explosión, que se produzco en la comisaria de policía municipal.
Esto ocurre un año después de noviembre 2007, cuando una acusación, inflada en manera increíble, fue lanzada contra mi y contra 3 de mis compañeros. Esta llevó a uno de nosotros a la cárcel y empujó a 3 restantes a emprender la fuga. La caza de brujas ha empezado.
Hemos vivido un diciembre bastante caliente y una situación que mostró muy claramente la ausencia de paz social. La paz social sigue existiendo solamente en la imaginación de aquellos, que no pueden entender el hecho que la realidad está marcada por una guerra civil permanente. De un lado hay bando revolucionario que se rebelan contra esta monstruosidad democrática.
La rabia emplazó al miedo y en lugar del asentimiento apareció el rechazo.
El diciembre, como un más señal de tiempos que están llegando, reveló una división muy clara entre los que alimentan, mantienen y defienden al Poder y los que le combaten.
Ahora no se trata de mirar atrás con la nostalgia a las cenizas que dejó la insurrección en su paso. Tenemos que entender y expresar las señales del presente y del futuro. Las señales que ya están y los que aún son para llegar. Las señales de una guerra social sin compasión.
Sí queremos que existen los momentos del rechazo, de la insurrección y de la dignidad, tenemos que armar nuestros manos y nuestros deseos en una manera decidida y organizada.

Estoy en contra de los que piensan que los demostraciones y protestas pacificas cambiarán algo, porque se trata de unos que ya están muertos. Arrastran sus cadáveres por las calles, por sindicatos y por las lujosas oficinas de sus jefecillos.
Me pongo a lado de los que están guiados por la dignidad y me junto con los que sienten la inagotable voluntad de perturbar y de destruir al ese cementerio inmenso.
El cárcel es una estación más para un rebelde. Una estación de cautiverio.
Por todo lo que pueden pensar que me han vencido- y que nos han vencido...¡ para mi y mis compañeros funciona al revés! Porque sí hay prisioneros de guerra significa que seguiremos luchando.
Mando saludos calurosos y rebeldes a mis compañeros y a los revolucionarios de todas partes.

LIBERTAD PRESOS DE LA REVUELTA
LIBERTAD PARA YANNIS DIMITRAKIS, POLI GEORGIADIS Y YIORGOS VOUTSI-BOGIATSIS y para todos los rehenes de la democracia

Ilias Nikolaucárcel de Amfissa19 de enero 2009

Retirado de: Rede Libertária

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

[Grecia] Trabajadores ocupan el edificio EISEA

Grecia: Trabajadores de los Medios de Comunicación ocupan el edificio del EISEA (sindicato oficial del sector)
El sábado 10 de enero, un grupo de empleados, parados, becarios y estudiantes de la industria de los Medios de Comunicación tomaron posesión de las oficinas centrales de ESIEA (el sindicato griego de periodistas, fotógrafos y de otros trabajadores de la industria de los medios de comunicación). Esta acción, que básicamente se opone al discurso dominante, pretende poner de manifiesto las condiciones laborales medievales de los trabajadores de los medios de comunicación, así como promover la necesidad de crear una asamblea única en la que tengan expresión TODOS aquellos que trabajan en el sector.

Inseguridad/flexibilidad en las relaciones laborales, impagos/trabajo desprotegido, empleos de media jornada, turnos de trabajo agotadores, arbitrariedad de los patrones y decenas de formas de despido, tienen como trasfondo una amplia transformación del sistema, en el centro de la cual yace la reestructuración neo-liberal del trabajo.

En su nombre, ESIEA no sólo no se opone a los intereses de los empresarios, sino que da su consentimiento y permanece silencioso ante el abuso. Al mismo tiempo, funcionando como la élite de un sindicato exclusivo/propio, excluye a miles de trabajadores de la industria, se opone fuertemente a la demanda de presión por la superación de las divisiones internas y la fragmentación corporativista, con el propósito de crear un sindicato único de medios de comunicación. Por otro lado, esta ocupación tiene como objetivo favorecer la contra-información y la creación de un frente de lucha, que será definido por la gente en lucha, sin que tengan que estar necesariamente relacionadas con esta industria, tal y como se puso de manifiesto en la primera asamblea abierta. Decidimos reunirnos, actuar y hablar directamente con uno y otro de todas las cosas que el Espectáculo dominante ha deshecho, contra la sistemática represión y la propaganda ideológica promovida por los jefes/superiores, el ESIEA y los pretores de los medios, que usan la desinformación, la distorsión y la ocultación, de acuerdo con las circunstancias.

Palizas, arrestos masivos, detenciones, coberturas informativas escandalosas/morbosas, muertes “accidentales” en las fronteras y el infierno de las agencias de inmigración, torturas en comisaría, “suicidios” en las celdas de las prisiones, “accidentes” laborales, ataques con ácido de la mafia empresarial, despidos y “rebotes”, todo esto no son “incidentes aislados”. Después de todo, “esto no es Gaza” (como dijo Yannis Pretenderis”, un reputado periodista, en el principal canal de televisión).

De hecho, esto no es Gaza. No obstante, nuestra solidaridad no se expresa a través de imágenes de televisión, sino en las calles, en la ocupación de edificios públicos, en los conflictos al lado de las rebeliones oprimidas, con las que nos reconocemos a nosotros mismos. Es una solidaridad que sobrepasa las fronteras y se extiende desde Méjico a Inglaterra, y desde Corea a Turquía tras el asesinato de Alexandros Gregoropoulos y los acontecimientos que le siguieron. No olvidamos a los 67 detenidos y a los 315 arrestados y a todos los manifestantes procesados de la insurrección. La opresión estatal está empeorando y esto fue probado una vez más durante la manifestación que tuvo lugar el 9 de enero. Ese día, “la célebre conservación del santuario académico” condujo a una violenta evacuación de un bloque de apartamentos de la calle Asklipiou, donde los manifestantes habían encontrado refugio. El ataque contra el carácter social del santuario es un ataque contra la propia lucha de la sociedad misma. Es represión.

Represión y terrorismo es también el ataque con ácido, el 23 de diciembre, en la cara de la activista inmigrante del sindicato de oficios Konstantina Kouneva. Konstantina es una limpiadora que trabaja en ISAP (los trenes eléctricos griegos) en manos de una compañía privada. Todavía hoy está en el hospital en una delicada situación, pero su lucha continúa, y nosotros la apoyamos activamente…

Comunicado de la ocupación:

Los Trabajadores tienen la ultima palabra, no los patrones de los medios

Los miles de manifestantes que inundaron las calles de Grecia el 9 de enero, comprobaron que el fuego de diciembre no se apaga, ni siquiera con las balas y el ácido lanzado contra los activistas, ni tampoco con el terrorismo ideológico extendido gracias a los medios estos últimos días. Consecuentemente, la única respuesta estatal a los jóvenes y trabajadores ha sido, una vez más, cruda represión. Alentada por las demandas de los medios de “Tolerancia Cero”, y por las órdenes de sus jefes, la policía ha tenido manos libres para utilizar productos químicos, violentar y arrestar a cualquiera que se pusiese en su camino.

Cuando, como el 9 de enero, la represión estatal se vuelve incluso contra los trabajadores, periodistas, fotógrafos y abogados que se encuentran en las calles enfrentados al bando de los asesinos, se vuelve aún mas claro que la rebelión del pasado mes ha empujado a una lucha por su dignidad a todos aquellos cuya supervivencia depende del salario laboral. Como resultado, algunos de nosotros, trabajadores de los medios y estudiantes, nos posicionamos con los rebeldes. Lo hacemos activamente: participamos en su lucha como trabajadores, y nos unimos a su lucha con nuestra propia batalla diaria en nuestros puestos de trabajo. Nuestro principal objetivo es evitar que los jefes impongan su versión de los eventos, un ejemplo es el del fotógrafo, Kostas Tsironis, despedido del periódico “Eleftheros Typos” (“Prensa libre”) por tomar una fotografía de un policía apuntando con su arma a los manifestantes un día después del asesinato del joven de 15 años Alexandros Grigoropoulos.

No nos engañamos a nosotros mismos acerca de lo que los medios masivos, un aparato ideológico crucial del estado, harán para forzar a la gente a abandonar las calles y volver a sus hogares; Harán lo que sea, y nosotros lo sabemos muy bien, porque, por supuesto, nosotros trabajamos en los medios. Nosotros también reconocemos que los grandes periodistas solo pueden promover la abolición del asilo universitario y la idea de que existen solo dos tipos de manifestantes (el violento vs. el pacifico), mientras nosotros permanezcamos callados.

Nuestro lugar está con los rebeldes. Y lo exponemos así porque nosotros también experimentamos explotación en nuestro trabajo diario. En la industria de los medios, como en cualquier otra, debemos lidiar con las consecuencias de trabajo precario, inseguro y sin paga, con las horas extras y todos los caprichos de nuestros jefes. Últimamente, bajo la amenaza de la inminente crisis económica, también experimentamos la intensificación de los despidos, y del temor que eso provoca.

Como todos los trabajadores, experimentamos la hipocresía y la traición de los sindicatos oficiales. El Sindicato de Periodistas de Atenas (ESIEA) es una institución que se emplea contra las llamadas de resistencia frente a los jefes, por la necesidad crucial de superar cualquier división interna y fragmentación del trabajo, para crear un sindicato comercial unido en la prensa. En su intento de separar los trabajadores de los medios de todo el resto de trabajadores, ESIEA es, en realidad, un sindicato de patrones y un mecanismo de soporte básico para ellos, como se evidenció en su rechazo a participar de la huelga general del 10 de diciembre del 2008.

Por todas esas razones, como una iniciativa de trabajadores asalariados, becarios, trabajadores recientemente despedidos y estudiantes de los medios, hemos decidido ocupar el edifico de ESIEA, para denunciar todo esto, y en solidaridad con una sociedad en revuelta:

Información libre, contra la propaganda ideológica de los patrones de los medios

Acción directa, autogestionada y democrática, por parte de todos los trabajadores de los medios contra los ataques lanzados a diario contra cada uno de nosotros.

- Solidaridad con la trabajadora militante Konstantina Kuneva

- Liberación inmediata de todos los arrestados durante la revuelta

- No tememos ser despedidos; los patrones deben temernos.

Desde la ocupación del Sindicato de trabajadores de los medios (ESIEA) -10/01/09

(*) Desde la Coordinadora de Artes Gráficas, Comunicación y Espectáculos de la CNT agradecemos a los compañeros de la CNT francesa por la información recibida y a la compañera Susana sus labores de traducción.

Coordinadora de Artes Gráficas, Comunicación y Espectáculos de Madrid

http://graficas.cnt.es/new199.html

Retirado de: A las Barricadas