quarta-feira, 31 de março de 2010

[Grécia] Ataque bombista envolto em mistério

No domingo passado (dia 28) durante a noite explodiu uma bomba num edifício da Escola Nacional de Administração Pública no bairro de Patisia em Atenas. A explosão provocou a morte de um jovem afegão de 15 anos, e ferimentos na sua mãe e irmã de 11 anos (que pode ficar permanentemente cega).

As primeiras indicações dos mass media foram de que não foi feita nenhuma chamada de aviso. Mas depois a polícia informou que foi feita uma chamada a avisar que uma bomba iria explodir nos próximos 6 minutos. Segundo o comunicado da polícia pode ter havido um mal entendido o que levou a que o aviso fosse ignorado.

Rapidamente o grupo Conspiracy Cells of Fire foi acusado do ataque. A autoria foi negada com um comunicado que podem ler aqui.

Portanto, há neste momento duas teorias para o que aconteceu, uma das que foi avançada foi a de um ataque falhado de um grupo anarquista e por esse motivo não foi reclamada autoria. Mas esta situação está a ser posta de parte.

Até já os media do estado dizem que este ataque pode ter sido uma resposta dos grupos de extrema direita ao ataque que sofreram os escritórios do grupo neo-nazi Amanhecer Dourado. Este ataque é semelhante a outros dois que ocorreram em Thessaloniki contra dois espaços anti-autoritários. Nos três casos não houve comunicado a acompanhar a acção.

Mais notícias logo que possível.

terça-feira, 30 de março de 2010

[Lisboa] Solidariedade com Bonanno e Christos

Na passada terça-feira dia 23 de Março algumas centenas de panfletos foram distribuidos à porta, dentro do edifício e nas ruas em redor da Secção Economica e Comercial da Embaixada Grega na zona do Saldanha em Lisboa.

O panfleto distribuido é o seguinte:

« Liberdade para todos, na Grécia e em todo o lado.

É verdade, a situação em Portugal é a mesma que na Grécia. Populações a viver na pobreza, numa miséria diária em que sentimos a vida transformar-se em sobrevivência, à medida que patrões e bancos nos roubam cada momento e cada espaço que eram nossos. Polícia, tribunais e prisões para aqueles que ousam confrontar essa miséria e, cada vez mais, mesmo para aqueles que não a confrontam. Pessoas que com uma nojenta regularidade são perseguidas, espancadas ou mortas a tiro pela polícia, porque todos somos uma potencial ameaça, simplesmente porque sim, porque o Estado tem a autoridade e as armas e o medo da revolta. Prisões que cumprem exactamente a sua função: eliminar a dignidade, servir de depósito de indesejáveis, servir de exemplo, executar a rebeldia. Executar, pura e simplesmente.
Mas em Portugal, como na Grécia, como em todo o lado, há quem não fique parado face a este sistema de exploração, de opressão, de eliminação de tudo o que ainda respira livremente. Há quem afaste o desespero e a resignação e agarre a vida com unhas e dentes, partindo para o ataque.
Christos Stratigopoulos e Alfredo Maria Bonanno são apenas dois desses indivíduos, detidos em Outubro de 2009, na sequência de um assalto a um banco em Trikala, na Grécia. Independentemente dos crimes de que estão acusados, a luta pela liberdade é o crime que eles sempre cometeram.
Queremos em particular denunciar a detenção abusiva de Alfredo M. Bonanno em condições inaceitáveis na prisão de koridallos (Atenas), agravada ainda mais com a tentativa de o incriminar de um outro assalto a um banco em Julho de 2009. A política de vingança do Estado tem o objectivo de eliminar física e psicológicamente este companheiro de 73 anos que enfrenta graves problemas de saúde. Alfredo Bonanno é um anarquista, há décadas envolvido no movimento, activo na resistência contra a ditadura dos coronéis Gregos (1967-1974), e autor e editor de muitos textos anarquistas. São estas as verdadeiras razões pelas quais o mantêm preso sob condições que ameaçam a sua vida.

Exigimos a libertação imediata de Alfredo Maria Bonanno.
Pela destruição de todas as prisões.

Iniciativa internacional de solidariedade com Alfredo M. Bonanno e Christos Stratigopoulos »

No mesmo dia uma faixa com a frase "Contra o Estado grego e todas as prisões / Liberdade para Bonanno e Christos" foi colocada na fonte da Alameda também em Lisboa. Fotos aqui.

Retirado de: Indymedia PT

segunda-feira, 29 de março de 2010

[Espanha] Comunicado do grupo de familiares, amigas e amigos de Amadeu Casellas

Na segunda-feira, 9 de março, ao meio-dia, estava prevista a saída em liberdade de Amadeu Casellas da prisão de Girona. Um grupo de pessoas desta localidade e de Barcelona esperavam desde segunda-feira a sua saída, realizando um ato de presença em frente à prisão tanto na segunda quanto na terça-feira, dia em que ele finalmente saiu. Amadeu, que estava carregado com 3 grandes bolsas cheias de objetos pessoais e uma trajetória de luta de 24 anos na prisão, foi recebido entre gritos de alegria, liberdade e abraços, enquanto de um edifício da prisão vários presos em terceiro grau olhavam curiosos e ansiosos este esperado e emocionado reencontro com a liberdade.

Nós, como o grupo de familiares, amigas e amigos de Amadeu, queremos compartilhar este instante de emoção e alegria com todas as pessoas que em qualquer ou em todos os momentos acompanharam esta luta. Além disso, queremos fazer chegar a vocês não só o nosso agradecimento, mas também um profundo reconhecimento por manter este apoio, apesar das circunstâncias estranhas e adversas que rodearam esta luta tão esgotadora, complicada e longa.

Nós do grupo de apoio, apesar do que possa ter parecido, nunca colocamos a luta pela liberdade de Amadeu como o objetivo de uma luta específica, mas sim como parte do enfrentamento cotidiano e direto contra o sistema que persegue e prende aquele/as que com a sua atitude o enfrentam. É por isso que a nossa luta não está concluída com a libertação de Amadeu, por que pessoas como ele ainda permanecem na prisão, ou com a ameaça permanente de sofrerem represálias ou de serem presas. Sem nos aventurarmos a cruzar cordilheiras ou mares distantes, justo aqui ao lado temos a nossa companheira Tamara, o companheiro Alfonso, a companheira Núria, o/as companheiro/as do 4F, o/as do Forat de la Vergonya, o Pla Caufec, as pessoas imigrantes que se encontram presas no CIE ou com a ameaça constante de detenção e posterior expulsão.

Ás pessoas presas que lutam pela sua liberdade dentro ou fora deste país, a aquelas que não fecharam seus olhos, nem seus ouvidos frente aos abusos e às injustiças; aos estudantes que tem como causa a luta pelo direito a um ensino livre e popular e contra a privatização e implantação do Plano Bolonha nas universidades, a aqueles que se negam a pagar as penas-multa; a todas as pessoas, quase todas mulheres, que lutam sem concessões contra esse patriarcado que nos atravessa; a aqueles que resistem ao consenso do progresso, aos seus trens e linhas de alta devastação, suas indústrias venenosas, seus planos de especulação e desenvolvimento urbano e suas culturas de morte; a todos os trabalhadores e trabalhadoras que têm mantido uma luta com muita coerência; aos desempregados e desempregadas que têm reivindicado uma vida com dignidade ao invés de trabalhos precários, a todas as pessoas que lutam contra este estado-capital das coisas e mercadorias; a aquele/as que expressam sua voz contra as instituições totais a partir da chamada loucura; a aquele/as que rechaçam e subvertem a norma imposta; às comunidades que reclamam e lutam pela sua identidade e pelo direito ao seu território vital, e muito especialmente às comunidades mapuches e zapatistas; a aquele/as que dos corredores de morte alçam sua voz para denunciar e lutar contra esse sistema e a todas estas que, com a sua luta individual ou coletiva, chamam a atenção ao nosso próprio desconhecimento... A todas essas pessoas, e a todas que esquecemos, queremos fazer chegar nosso profundo agradecimento e cumplicidade para além de todas as palavras.

Nós que temos participado do grupo de familiares, amigas e amigos de Amadeu, estamos física e/ou emocionalmente comprometido/as com todas estas lutas e fazemos parte de diferentes coletivos nos quais desde muito tempo temos mantido uma tensão constante contra este sistema, sua lógica e seu estado de coisas.

No grupo de apoio a Amadeu, tentamos sempre que possível conectar diferentes lutas, ou propiciar outros espaços para que estas pudessem se desenvolver. Entendemos a prisão, a pobreza, a precariedade, o controle social, a exploração, a discriminação, a criminalização, as guerras, os abusos, as torturas, a coisificação das pessoas, a mercantilização e a morte cotidiana da vida, etc..., como manifestações deste capitalismo patriarcal que nos asfixia e enfraquece e seguiremos conectando lutas e abrindo espaços para encontros cúmplices.

Sabemos que somos pequeninas lágrimas nesta sociedade espetacular de olhos secos e olhares que se perdem, fascinados entre luzes de vitrines de falsas realidades. Neste momento, não temos aspirações de grandes revoluções, mas sim de manter essa capacidade para seguir chorando de raiva e poder expressar-la, e assim corromper a fascinação por tantas mercadorias de falsas ilusões. Buscamos cumplicidades para a minúscula revolução cotidiana que dá sentido aos nossos dias, para a partir daí, autodeterminar nossas próprias vidas.

Por tudo isso, nós do grupo de familiares, amigas e amigos de Amadeu, nem nos despedimos, nem nos dissolvemos, mas seguimos nesta luta...

Um forte abraço repleto de profunda cumplicidade e agradecimento fraternal a todas as pessoas que estão aí... resistindo.

Tradução > Nimbus Negra

agência de notícias anarquistas-ana

O pôr-do-sol anuncia:
é quase noite,
foi-se o dia.

José Carlos de Souza

sexta-feira, 26 de março de 2010

[Canadá] Protesto contra violência policial acaba com 100 detidos

A tradicional e anual manifestação contra a violência policial em Montreal, promovida pelo Coletivo Contra a Brutalidade Policial (COBP), resultou em pelo menos 100 pessoas presas na segunda-feira passada (15).

A maioria das pessoas detidas foram acusadas de obstrução das leis e de outras infrações penais. Somente dois deles passaram a noite inteira na prisão.

Desde o início da passeata, não autorizada pelas autoridades, os manifestantes foram cercados e acossados pela polícia e os confrontos começaram.

Durante o protesto, foi descoberto um grupo de policiais disfarçados entre os ativistas. Um grupo deles foi expulso e perseguido com pedras pelos manifestantes furiosos.

Gritando palavras de ordem contra o Estado e a polícia, cerca de 1.000 pessoas participaram do evento, com faixas, cartazes e uma fanfarra. O grupo era formado principalmente por anarquistas.

O Coletivo Contra a Brutalidade Policial nasceu em Montreal em 1995, depois de um grande protesto contra a Human Life International (HU), um grupo fascista que visitou Montreal. Na manifestação algumas pessoas foram presas e desde então eles e elas se organizam permanentemente contra a repressão policial.

Coletivo Contra a Brutalidade Policial: http://www.cobp.resist.ca

agência de notícias anarquistas-ana

Debruçado na grade
um velho tapete
Florindo saudade.

Leonardo Colosso

terça-feira, 23 de março de 2010

Imune Fest

Dia 24 de Abril é certamente uma data especial para muitos de nós, por tudo aquilo que representa, foi nesta noite em 1974 que começou a Revolução dos Cravos. O que nos resta a nós supostos filhos dessa Revolução? Nada mais que comodismo e opressão executada por servos do estado munidos de força e autoridade, por isso estamos de luto.

Foi a isto que chegou o 25 de Abril, neste dia queremos lembrar os companheiros que foram vítimas do punho pesado da “Liberdade” conquistada com os cravos. Em 2007 onze pessoas foram detidas e enfrentam agora a justiça que nos oferecem por mostrarem o seu desagrado em relação às desigualdades da nossa sociedade.

É nos dito que é errado sair para as ruas e protestar, é nos dito que o mundo parou e não há mais nada a fazer, é nos dito que não nos podemos expressar livremente sem vender a nossa arte ao desbarato.
Nós dizemos que somos imunes à vossa opressão, imunes à apatia, imunes ao vosso controlo da música.

Desobediência DIY

Bandas

Kostranostra (Anarcopunk de Valência)
http://www.myspace.com/kostranostrapunk

Gatos Pingados (Punk Hardcore de Almada)
http://www.myspace.com/gatospingados

The Skrotes (Skate Punk de Lisboa)
http://www.myspace.com/skrotespt

Massey Ferguson (Crust de Beja)
http://www.myspace.com/masseyfergusonattack

Steven Seagal (Hardcore Oldschool de Lisboa)
http://www.myspace.com/seagalhc

Ventas de Exterco (Punk Hardcore de Beja)
http://www.myspace.com/ventasdeexterko

Pussy Hole Treatment (Punk Trasher de Lisboa)
http://www.myspace.com/pussyholetreatment

Desobediência Geral (Anarcopunk de Lisboa)
http://www.myspace.com/desobedienciageral

Cerveja a 50 cents, vinhaça a 30 cents

Vão haver também lambarices vegetarianas

http://www.myspace.com/crustietheclown

sábado, 20 de março de 2010

27de Março, benefit António Ferreira, COSA, Setúbal

Noite dedicada aos que têm problemas com a lei!

Jantarada (sugerimos uma contribuição de 3€ e oferecemos o cd)
+
Projecção de documentários
+
Lançamento de cd compilatório
+
Rifas
+
Cafeta solidária!

No sábado, 27 de Março, a partir das 20h
Os lucros destinam-se à defesa legal do António Ferreira

Na Casa Ocupada de Setúbal Autogestionada
Rua Latino Coelho, nº2
Bairro Salgado

SETÚBAL
(perto da estação de autocarros)

sexta-feira, 19 de março de 2010

Maus tratos contra Cecília Menezes na prisão de Sta Cruz do Bispo

“(…) continuo com os sapatos de pano, e fui assim ao tribunal para mostrar a situação desumana como vivo no E. P. Também já enviei carta ao M. P. de Matosinhos, me queixando da teimosia do E. P. em me algemar, pois ainda agora no dia 1 de Fevereiro sofri uma crise de pânico na carrinha, e fiquei depois 45 minutos fechada na cela do tribunal, gritando, sofrendo, e confesso que senti até vontade de morrer, e por pouco não o fiz.

O meu desespero é enorme e não controlo o medo. Ora se eu saí da carrinha naquele desespero, o normal seria não me deixarem sozinha na cela. Mas foi assim. (…) A minha roupa, os meus pertences pessoais, estão se estragando na arrecadação da chefia, sem motivo que o justifique. Mas nunca quiseram me entregar nada. Enfim ! Olhe, se puder dar um jeitinho para o E. P., para saberem que no exterior sabem o que se está passando… Agradeço.

(…) Gostaria de saber se sou obrigada a sair ao tribunal sem roupa em condições, pois perdi tudo no acidente e nada me pagaram ainda ! … e eles obrigam a sair até mesmo descalça se for preciso ! Por vezes sinto-me amordaçada. Serei mesmo obrigada a sair ? e quando me chamam ao director ? Então, se eu estou oficialmente descalça na cela, como podem me chamar seja onde for ?

(…) Estou muito sofrida, revoltada, tenho sede de justiça. Sinto-me muito abandonada. Obrigada por me ouvir. Aguardo sua resposta.

Atenciosamente,
Cecília de Menezes
Perafita, 09 de Fevereiro de 2010.”

Fonte: ACED

quinta-feira, 18 de março de 2010

FEIRA DO LIVRO ANARQUISTA dias 21, 22 e 23 de Maio de 2010

Estamos de volta!

A partir das publicações, do convívio e dos debates queremos partilhar experiências, discutir ideias e possíveis esforços futuros na luta contra a autoridade em todas as suas formas e manifestações.

Numa tentativa de descobrir potenciais cúmplices, continuamos a dar importância à palavra escrita enquanto ferramenta de comunicação e ataque.


21, 22 e 23 de Maio 2010
Lisboa


Entrega de proposta de actividades até dia 8 de Abril e bancas até 24 de Abril

Para mais informação:
feiradolivroanarquista.blogspot.com
feiradolivroanarquista@gmail.com

_________________________________________

A Feira do Livro Anarquista de Lisboa irá acontecer de 21 a 23 de Maio e, para além das bancas, dos debates e do convívio queremos organizar uma exposição de cartazes que tente abranger focos de luta em que nos revemos, vindos de diferentes lugares.

O cartaz, enquanto meio de comunicação público, enquanto transmissor de mensagens e imagens que denunciem e ataquem a autoridade sob todas as suas formas, tem a sua própria estética, mensagem e transmite o pulsar da revolta em determinada época e lugar.



Queremos forrar as paredes do espaço da nossa feira com vários cartazes e contamos com a vossa ajuda para o fazer.

Se possível, enviem uma tradução (português, castelhano, francês, italiano e inglês) do conteúdo do cartaz.

Esperamos também que possam aparecer!

Data limite: 1 de Maio

Morada:
Centro de Cultura Libertária
Apartado 40
2800-801
Almada - Portugal

[Grécia] Algumas informações sobre companheiros presos

Nikos V., 21, um dos encarcerados devido ao "Caso Células do Fogo" foi libertado sob fiança em 3 de fevereiro. Ele tinha sido preso em janeiro de 2010 sob a acusação de ser um membro do grupo "Conspiração das Células do Fogo". Até o julgamento o jovem anarquista não poderá deixar o país e está obrigado a apresentar-se uma vez por mês numa delegacia de polícia.

Por outro lado, continuam presos três companheiros detidos em setembro de 2009 pela mesma acusação.

Manifestação em frente da prisão juvenil de Avlona

No domingo, 7 de fevereiro, sob chuva incessante, mais de uma centena de companheiros e companheiras viajou até à prisão juvenil de Avlona, onde estão presos dois acusados do "Caso Células do Fogo", Panagiotis Masouras e Manolis Yiospas.

Fotos da concentração: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1140683

Nova acusação contra Alfredo Bonanno

Há poucas semanas, em alguns dos grandes jornais helênicos, surgiu a notícia que aponta Alfredo como um dos intervenientes que em 6 de julho de 2009 expropriou o Banco do Chipre, localizado no centro da cidade de Argostoli, na ilha Cefalonia. Segundo a imprensa, a polícia da ilha -que alega ter a gravação da câmera de vigilância e confirmações de várias testemunhas-, suspeita que o homem seja Alfredo, que ele teria, disfarçado com um bigode falso e peruca, entrado num banco e de mão armada roubado 26 mil euros.

Em relação a este caso, a polícia não se preocupou sequer em apresentar alguma prova sobre a participação de Christos Stratigopoulos em tal assalto. Consideram-no o "companheiro fiel" de Alfredo e isso já parece ser suficiente para implicá-lo também na dita ação.

O advogado dos dois companheiros expressou publicamente dúvidas sobre a validade de tais "provas", protestando pela maneira que a imprensa publicou insinuações, e ainda criticou a publicação da foto de Alfredo. Tanto Alfredo como Christos rejeitam totalmente a acusação e afirmam que nem estiveram na cidade.

Recordamos que ambos os companheiros estão presos desde 1 de outubro de 2009 e são acusados de uma expropriação de um banco na cidade de Trikala.

Há um blog em inglês sobre o caso: www.aftertrikala.blogspot.com

O endereço para escrever diretamente para os companheiros (compartilham cela) é:

Alfredo Bonanno

Christos Stratigopoulos

Diskastikes Filakes Koridallos

T.K. 18110

Atenas

Grécia

Novas direções dos companheiros anarquistas Chrisohoides e Georgiadis

Os dois companheiros, Georgiadis Polykarp e Chrysohoides Evaggelos, recentemente condenados a 22 anos de prisão sabem inglês, por isso, se alguém quiser escrever ou enviar um postal este é o endereço:

Georgiadis Polykarp

Korydallos Prisões

T.K. 18.121,

Grécia

Chrysohoides Evaggelos

Domokos Prisões

T.K. 35.010,

Grécia

Tradução > Liberdade à Solta

agência de notícias anarquistas-ana

o anjo pousa de leve
no quarto onde a moça pura
remenda a roupa dos pobres

Murilo Mendes

[Grécia] Confrontos à porta do tribunal

Nas manifestações da ultima greve geral foi detido um jovem de 28 anos. No dia 16 havia alguma gente que se concentrou à porta do tribunal em solidariedade. A polícia atacou sem provocação... No vídeo pode se ouvir as pessoas gritar "A paixão pela Liberdade é mais forte que todas as prisões" e "Vocês têm merda dentro dos capacetes, o que podem saber de Liberdade?".


Original Video- More videos at TinyPic

Depois do ataque policial pelo menos uma pessoa ficou ferida com alguma gravidade tendo que ser depois hospitalizada.


Fonte: Occupied London

quarta-feira, 17 de março de 2010

[Espanha] Nueva web para la Contracumbre de Ministros de Educación Europeos

Nace la web de coordinación de la Contra Cumbre de Ministros de Educación Europeos
El próximo 13 de abril tendrá lugar una cumbre de Ministros de Educación de Europa en Madrid.
Contra dicha cumbre la Plataforma Bolonia Fucking Up Group, integrada por Asambleas de Estudiantes, Colectivos, Asociaciones, Sindicatos, etc., ha organizado una contracumbre desde el 8 al 14 de abril, a la que hace un llamamiento a la participación estatal e internacional.
Para coordinar dicha cumbre se ha puesto en marcha la web:
http://bolognaburnsmadrid.wordpress.com
en Castellano e Inglés, esperando a traducirla a más idiomas en los próximos días.
Rogamos su difusión.
Para más información escríbenos a bolognaburnsmadrid@gmail.com

Mais de 40 cidadãos mortos na última década pelas forças policiais

Nuno Rodrigues foi o primeiro cidadão morto este ano pela PSP na sequência de uma perseguição policial. A GNR já contabiliza este ano dois tiros fatais, mas em circunstâncias bem diferentes. Em duas operações policiais que envolveram tiroteios, dois alegados criminosos foram baleados mortalmente. Não são casos isolados. Entre 2000 e 2009, a Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) registou a morte de 39 cidadãos em operações policiais.

A maioria dos casos (21) foi da responsabilidade de agentes da PSP, um corpo que integra 20 mil polícias responsáveis pela segurança nas zonas urbanas, onde se concentra a criminalidade mais complexa. A GNR, uma força militarizada com 25 mil agentes, que intervém nas zonas rurais, contabiliza 18 mortes no mesmo período. Contudo, sente-se uma tendência inversa nas duas forças. Isso mesmo mostram os números dos últimos cinco anos. Se a PSP registou desde 2005 apenas oito dos 21 casos fatais, já a GNR contabilizou 13 dos 18.

O pior ano desde o início da década foi 2003, que apresenta seis casos de cidadãos mortos em acções das polícias, três da PSP e três da GNR. Estes casos dão normalmente origem à abertura de um processo por parte da IGAI, que verifica se o uso da força foi adequado. Como muitos destes processos se prolongam ao longo de anos é difícil acompanhá-los. Quanto aos cinco processos abertos no ano passado (na sequência de cinco mortes), a IGAI informa que três já foram arquivados, estando dois pendentes.

Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP), reforça a necessidade de formação dos agentes. "Os polícias têm que tomar decisões em segundos e só conseguirão fazê-lo bem, se, além de terem o perfil adequado à profissão, apreenderem bem a formação base e continuarem a ter formação ao longo da vida", insiste o sindicalista. "Um ano lectivo é pouco para aprender tudo o que é necessário. Um polícia não pode aprender com os erros, porque esses erros muitas vezes são fatais", sublinha.

Os muitos casos de mortes que se têm repetido nos últimos anos levaram o Bloco de Esquerda a questionar ontem o Ministério da Administração Interna sobre as intervenções policiais "sem a devida observância da proporcionalidade no uso da força". A deputada Helena Pinto quer saber quais as medidas previstas a "implementar junto das forças de segurança para que não se venha a repetir comportamentos" como o que vitimou Nuno Rodrigues.

PSP absolvido

Em 3 de Outubro de 2006, uma brigada da GNR que fazia uma fiscalização na Maia vê alguns indivíduos sem cinto de segurança, num Peugeot 106. Manda o condutor encostar, mas ele foge. Começa a perseguição, que dura mais de 10 km até que um GNR de Matosinhos saca da metralhadora e dispara. No fim, Vítor Cruz, 21 anos, que ia no banco traseiro, estava morto e Bruno Costa ferido. O militar é acusado de um crime de homicídio consumado e outro tentado, mas acaba absolvido. O Ministério Público recorreu.

Fonte: Público

segunda-feira, 15 de março de 2010

[Grécia] Comunicado que circulou dia 11 em Atenas

Democracy

There’s no escape.

The big pricks are out.

They’ll fuck everything in sight.

Watch your back.

Harold Pinter (He already said it on February 2003)

In the historical point we are now the contradiction of capital is increasingly becoming clear worldwide. Proletarians around the world are in turmoil while their own reproduction becomes more and more difficult. As it is already difficult for the proletarians to continue their lives, it is capital itself as a relation of exploitation which is in reproduction crisis. The current struggles of the proletarians are the expression of the current form of this relation of exploitation.

During the last year in China where the economy still grows very quickly, all kinds of contradictions are rising. Clashes of workers with the police is common for a number of reasons: because of demands for increasing the very low wages (on which steep economic growth is based), because of preventing land enclosures in villages, because of attributing compensation to dismissed workers, against the inadequacy of the health system resulting in high mortality rate of children. In USA where a historical low record of workers’ demanding struggles has appeared, thousands of homeless and unemployed people occupy vacant houses which have been seized by banks and students occupy universities in California and New York writing on their banners: We have decided not to die, demanding this way what was until recently taken for granted, that is, just their ability to continue being students. The reproduction of their own life (of course from a much worse position imposed by the hierarchy of capitalist states) proletarians in South Africa and Algeria demand as well as they clash with police because they still do not have water or electricity and are forced to live in slums; in India as well, because the price of bread suddenly rises and they starve to death. Last year in Spain workers in shipyards which are shut down burn police cars; in South Korea dismissed workers as well occupy factories and clash with police for two and a half months; in Bangladesh, dismissed workers again, clash with police and burn factories. In France and Belgium, dismissed workers kidnap their bosses, placing explosives in the factories and threatening to blow them up if not compensated for their dismissal. In India and China they kill their boss during the conflicts because of thousands of upcoming dismissals. In this historical phase proletarian struggles are objectively struggles for the assertion of life reproduction itself.

At the same time, restructuring of labour relations is accelerated and precariousness is the predominant situation for everyone now. Precariousness is manifested in the worst conditions: 43 suicides of employees in France Telecom within two years but also 1,000,000 unemployed in USA desperately waiting to see whether Obama will once again extend the unemployment benefit which expires in April or they will be left with nothing. Unemployment numbers in most countries surge hitting records higher than in any other historical period.

In this historical phase we are, proletariat is more than enough for capital. The latter cannot effectively exploit the former, namely, it cannot produce the amount of profit needed so as a part of it to be anew put into profitable investments. This is the essence of any capitalist crisis regardless of the form it takes. The present form of crisis objectively puts proletarians’ reproduction at the center of the contradiction. The crisis which first appeared as debt crisis of proletarian households in USA has already been transformed into a countries’ debt crisis and it is possible to be transformed into a monetary crisis; that is, debt crisis of big countries with strong currency or whole blocs of capitalist states such as the European Union. The debt crisis forces capital to turn to its only choice at the moment, which is to continue the strategy that created this crisis, namely to further reduce wages and benefits in every possible way. This is the only choice of capital, because debt crisis is the result of the globalization and restructuring of capitalist relation from which there is no turning back. From proletariat’s standpoint: ” Caught in the stranglehold of competition that can only reduce prices by reducing wages, in the servitude of debt which has become just as indispensable as income in order to live, the waged have, to cap it all, the chance of being tyrannised at their own cost, since the savings instrumentalised by stock-exchange finance, savings which demand to be repaid without end, are their own.” (Le Monde diplomatique, March 2008). From capital’s standpoint, it is a relentless pursuit of the lowest possible price of labour power across the planet, but which has a limit that is the existence and reproduction of labour power as this is socially defined in every capitalist state.

Capital is forced to try to resolve the crisis by destroying fixed capital (buildings, machinery, infrastructure) and variable capital (human) to recreate the conditions of its reproduction, without being, at the moment, able to do it with its only directly effective manner: the widespread, global war. Thus, for the time being, the restructuring inevitably deepens. The wage cuts are rising up to the point that the lowest wage and unemployment benefit tend to be equal, which results in the explosive growth of debt for more and more proletarians. Privatizations of reproduction sectors (health, education, social insurance) multiply, the unemployed have smaller and smaller benefit and are forced into slave working conditions with wages below the level of reproduction. The present historical period reaches its limits. That’s why the state places police corporal guards outside schools in France or inside schools in the USA to arrest the undisciplined students. Capital’s only way out today is repression, namely, there is absolutely no way out of the crisis. This is obvious in cases of natural disasters such as in Haiti and Chile. In such cases, capitalist system is directly put into question by proletarians, who, temporarily unable to be labour power, organize the expropriation of commodities and use them according to their needs in order to survive; and the only way to maintain capitalist property is by using military violence. Curfews during the night and straight assassinations (Haiti) are imposed or imprisonments without trial (Chile) take place and suddenly life looks like prisoners’ life in concentration camps similar to undocumented migrants who in thousands live imprisoned at the borders of each capitalist state.

The attack of capital against that part of the working class in Greece is an aspect of this crisis of reproduction of capitalist relations. Greece today is in the eye of the storm of the debt crisis for many reasons. The most important is that the most precarious part of the proletariat rebelled in a way we all know in December 2008. Greece is the experimental lab of the new phase of the absolutely necessary for capital global restructuring. The bourgeoisie class in Greece, as has many times happened in the past, asks for help by more powerful bourgeoisie classes in order to impose a new form of exploitation (from the very beginning, the government announced higher national debt than the one announced by the ex-government to accelerate the introduction of the Stability Program) but also the bourgeoisie themselves are in the centre of the global crisis. The entire international economical press waits to see the reaction of the proletariat here in Greece and then have an overview of the situation internationally. The biggest stores of loan sharks are competing with each other in order to lend and, thus, control in the future the Greek state and, thus, the form and intensity of the local proletariat’s exploitation. The creation of the European Monetary Fund to IMF standards clearly shows that the contradiction of competition between capitals can now be solved temporarily but also shows that it does not matter who the boss of the proletariat is.

Any attempt to present the situation in a better way than it really is just falls in a meaningless gap. Any attempt to present the restructuring as Germans’ attack against Greece is suitable only for B-class TV-stations, even if SYRIZA (Parliamentary leftist party) tries to promote it declaring nonsense about the “sacred money” for compensation of German Nazi occupation. An Orwell type propaganda of mass media has necessarily been mobilized and restructuring is presented as natural disaster. At present, this propaganda has been partly successful. Several clerks and workers in the private sector welcome the reductions in salaries of the employees in the public sector. The employees in public sector are divided on the basis of who is “truly privileged” and who not. But all these have an expiry date. If someone wonders what being privileged means, they can ask the dismissed of Olympic Airways who squatted the State General Accounting Office while 15 days ago they would recognise “the difficult and quite heavy programme of the Ministry” when the step-minister ignored them after they had begged him for a meeting. Also, about the impacts on daily lives because of the attempted restructuring, one can ask the workers at the National Printing Office who after reading the text of the austerity plan’s law and realized that 30% of their income is cut, they decided to squat the building they work at in order to prevent from printing the Gazette! One can also ask them about the role of their trade union leaders who ended the occupation because they were orally “promised by the government” a circular amending the law!

There is nothing that can improve the situation. The ceremonial demonstrations called by leftists, as long as they remain as such, they result in nothing but showing up the dead-end. We are in front of the unmasking of reality from the veils of politics. The stones that were thrown during last Friday 3/5 and covered the sky are not enough to make them listen to us. While more and more unemployed people will be occupying buildings and police will be repressing them, while more and more precarious workers/unemployed will be clashing with the forces of repression at any slightest opportunity, while the social chaos will tend to organize itself on its own and take the form of class revolt, then the smile of the showmen on TV-news will freeze on their faces and the encounter will be in similar levels to the violence accumulated for many years because of the accumulation of capital and the expropriation of the proletarians’ lives.

“What will happen in history, tomorrow, it can only be compared with the major geological disasters which change the face of Earth …”

- Victor Serge

agents of chaos

sexta-feira, 12 de março de 2010

A cimeira da NATO não é bem vinda

Portugal é membro da NATO por obra do salazarismo. É tempo de mudar!!!

O site da NATO anunciou em Agosto do ano passado a realização de uma cimeira da organização em Portugal no final de 2010. O facto foi confirmado pelo presidente da República, Cavaco Silva, e a data apontada para Novembro.
Da agenda faz parte a revisão do chamado “conceito estratégico” da Aliança. O propósito é alargar o âmbito de actuação da NATO, quer no plano geográfico quer no que toca aos motivos que podem servir de pretexto para a sua intervenção. Daí, a agenda anunciada da cimeira falar tanto da guerra no Afeganistão, como de ciber-terrorismo, de ameaças ambientais, de pirataria e de segurança energética. Quer isto dizer que tudo pode ser alvo da atenção e intervenção da NATO – isto é, dos EUA e da União Europeia.

A NATO, criada em 1949, no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, aliou os países da Europa ocidental aos EUA dando início à chamada Guerra Fria. Apresentou-se primeiro como “defensiva”, visando fazer frente ao “perigo comunista”. Mas, depois do desaparecimento do Bloco de Leste, quando a justificação da sua existência era posta em causa, reorganizou-se em função do que os estrategas norte-americanos passaram a designar por “segurança global” e “intervencionismo humanitário”. Com esses pretextos foi desencadeada, em 1999, a guerra à Jugoslávia.

Pouco depois, o “combate ao terrorismo” passou a fazer parte da lista e, em 2001, foi essa a justificação para o ataque ao Afeganistão.

Presentemente, a NATO, que começou por ser uma organização do Atlântico Norte, estende tentáculos ao Atlântico Sul, a África e ao Oceano Índico.

Portugal, que é membro fundador da NATO por obra do salazarismo, tem mantido desde sempre completa dependência em relação aos interesses norte-americanos. Está comprometido por inteiro com a Aliança, para a qual contribui com militares, armamento e verbas avultadas. Participa nas guerras desencadeadas por vontade dos EUA, cede território para bases militares e disponibiliza sem pestanejar o espaço aéreo nacional às acções da Aliança. A tudo isto a população portuguesa tem assistido durante 60 anos sem poder pronunciar-se a favor ou contra.

Tal como os anteriores, o actual governo português – que tem efectuado profundos cortes nas despesas sociais, primeiro em nome do défice orçamental, depois em nome da crise, proximamente de novo em nome do défice e seguidamente em nome da dívida externa – gasta cada vez mais milhões de euros com os contingentes militares que põe ao serviço das aventuras militares da NATO.

Além disso, os compromissos assumidos pelos governos portugueses junto dos seus parceiros da NATO implicam virar costas a outros compromissos – como o respeito da vontade popular, o respeito dos direitos humanos, o respeito da legalidade internacional, o respeito do direito dos povos e disporem de si próprios, o respeito do dever de não agressão…

Tem portanto todo o sentido apelar ao povo português para que exija a mudança completa da política de subserviência e de cumplicidade que tem norteado as autoridades do país diante da NATO e das grandes potências.

O anúncio da cimeira para Portugal deu origem a movimentações de diversos activistas e forças políticas no sentido de levantar um protesto nacional contra a NATO.
No final de 2009 e no início deste ano, duas iniciativas diferentes criaram plataformas de acção contra a cimeira: a Plataforma Anti Guerra e Anti Nato (PAGAN) e a campanha Paz Sim, NATO Não!

Várias das pessoas e organizações que apoiam as iniciativas (entre elas o Mudar de Vida) consideram que este movimento deverá ser de natureza unitária de modo a reunir o máximo de forças e a mobilizar o maior número de pessoas. Não sendo diferentes os alvos e as bases políticas das duas campanhas, nada obsta a que a acção seja convergente.

Sendo de admitir, e desejável, que realizações diversas tenham lugar por todo o país, deve porém fazer-se confluir forças nas acções mais significativas da campanha, como por exemplo uma contra-cimeira e uma manifestação de rua.

É neste sentido que fazemos um apelo para que todos dêem apoio, participem e divulguem as iniciativas a levar a cabo contra a cimeira e contra a NATO.

Objectivos da campanha contra a NATO

- manifestar a oposição à realização da cimeira da NATO e aos seus objectivos belicistas
- exigir ao governo que retire as forças portuguesas envolvidas em missões militares da NATO
- reclamar o fim das bases militares estrangeiras e das instalações da NATO em território nacional
- exigir a dissolução da NATO
- lutar pelo desarmamento, pelo fim das armas nucleares e de destruição maciça
- exigir às autoridades portuguesas que cumpram as determinações da Carta das Nações Unidas e da Constituição Portuguesa, em respeito pelo direito internacional, e pela soberania e igualdade dos povos.

http://antinatoportugal.wordpress.com

quinta-feira, 11 de março de 2010

[Grécia] Primeiras fotos da Greve de hoje
















[Grécia] Algumas notícias da Greve Geral

Em Atenas os transportes públicos estão praticamente paralisados! Há apenas uma linha do metro a funcionar e não há autocarros de substituição.

A manifestação de hoje foi bastante mais massiva que a da Greve Geral passada contando com cerca de 7000 pessoas só na capital. A polícia de choque atacou violentamente desde o início fazendo algumas detenções.

Pelo menos dois supermercados pertencentes a uma grande empresa foram saqueados. Vários multibancos, restaurantes de fastfood, lojas da vodafone foram destruídos.

Neste momento continuam os confrontos com a polícia que está a usar bastante gás lacrimogéneo.

[Grécia] Anarquista é assassinado pela polícia em Atenas


Lambros Foundas, 35 anos, foi assassinado pela polícia por volta das 5 horas da madrugada desta quarta-feira (10), no subúrbio de Dafni, ao sul de Atenas.

Segundo a versão da polícia, ele era um "terrorista" e foi baleado quando tentava roubar um carro com outra pessoa, e que estava transportando armas de fogo.

Moradores do bairro contaram que ele teria sido atacado por vários policiais.

Fountas foi um dos mais de 500 anarquistas presos nos motins da Universidade Politécnica em 1995, em Atenas.

Fotos do local onde Foundas foi alvejado: http://athens.indymedia.org/front.php3?lang=el&article_id=1141761

agência de notícias anarquistas-ana

Não esqueças nunca
o gosto solitário
do orvalho

Matsuo Bashô

quarta-feira, 10 de março de 2010

[Grécia] Anarquistas expropriam supermercado em protesto contra a crise

Nesta terça-feira (9), pela manhã, cerca de 20 pessoas, encapuzadas e de preto, entraram na rede de supermercados Sklavenitis e expropriaram uma série de produtos de primeira necessidade. Em seguida, junto com outras pessoas que estavam à espera no exterior do estabelecimento, todos os alimentos foram distribuídos para a população, numa praça popular no bairro.

Desde o início do ano, pelo menos 10 acções semelhantes aconteceram em Atenas.

Dois vídeos de uma expropriação realizada em 20 de fevereiro de 2010:







agência de notícias anarquistas-ana

Pauta musical
Andorinhas ofegantes
Pousam por instantes

Dasso

segunda-feira, 8 de março de 2010

[Chile] Um companheiro descreve a situação terrível que se vive em Concepción

Chile – Um companheiro descreve a situação terrível que se vive em Concepción
Retirado e traduzido de hommodolars.org, via http://sysiphus-angrynewsfromaroundtheworld.blogspot.com

Companheiros, estamos a escrever para vos dar a conhecer a delicada siuação vivida na cidade de Concepción. Temos sido tema de notícia nos media, de forma mórbida e insensível, apoiante da extrema militarização e medidas de segurança hoje em dia tão ridículas que temas apenas 6 horas por dias de “livre trânsito”. Além do mais, queremos denunciar a escassez que atingiu a grande maioria de cidadãos pobres, que obtêm muitas promessas mas nenhuma solução.

1-Até hoje, nenhuma autoridade – àparte o exército – apareceu nas zonas pobres nem que fosse para examinar os danos provocados pelo sismo, ou para saber se as pessoas estão vivas ou mortas.

2-Por exemplo: no bairro de Aguita de la Perdiz os cidadãos, em desespero, foram saquear em massa o supermercado Santa Isabel. Este supermercado não vende bens electrónicos nem de luxo, e as pessoas levaram aquilo de que precisam, ou seja, comida e água. O mesmo aconteceu noutras zonas pobres. Por sua vez, a televisão noticiou as nauseum uma imagem de alguém a luvar um écran de plasma. Não estamos a condenar o saque de bens electrónicos, apenas a constatar que este é um fenómeno em pequena escala, comparado com o saque de produtos que são indispensáveis, como comida, água e leite.

3-Devido aos saques, as autoridades decidiram “punir” diferentes regiões, deixando-as sem qualquer ajuda e nao reestabelecendo serviços essenciais. A presidente da câmera, recentemente nomeada governadora da região pelo governo de direita, assumiu-o abertamente.

4-Agentes da PDI têm espalhado boatos absurdos, como o de “hordas” de delinquentes terem descido à cidade (não há gasolina e há soldados em todo o lado. Como é que estas “hordas” chegavam lá, de helicóptero?). Tudo isto criou um clima de insegurança e paranóia entre os cidadãos, que criaram grupos de vigilantes nas suas zonas durante a noite, com paus e armas de fogo. Uma situação verdadeiramente perigosa que, juntamente com o cansaço, a tensão e a fome pode desencadear actos de violência entre os próprios pobres.

5-Neste momento a comida começa a escassear nas áreas mais pobres e não há dinheiro para comprar nada.

6-As condições de saúde são terríveis, as crianças e os velhos começam a adoecer. A clínica e o hospital estão em colapso.

7-NÃO TEMOS NENHUMA AJUDA. Se não tivessem havido saques durante os últimos dias as pessoas nas áreas mais pobres estariam a morrer à fome. Sabemos que a situação é ainda mais trágica noutras cidades, mas este “castigo” de toda uma região por não ter respeitado a ordem estabelecida parece-nos um comportamento criminoso, para não dizer mais. Por fim, consideramos que os boatos espalhados de forma deliberada pelo PDI devem ser considerados actos de terrorismo, pois visam lançar o terror entre os pobres.

Retirado de: Indymedia PT

Ecos da Utopia

Bem não há muito para se dizer, isto vai ser mais um blog de divulgação de som. Vamos focar a musica de ideal anarquista, seja punk, crust, ska, hip hop, hardcore, rock, etc.

Note-se que vamos divulgar bandas DIY, ou seja não há cá direitos de autor ou algo do género, mas caso algum dos músicos peça retiraremos o link de download da sua banda.

Saudações

(A)///(E)

[Espanha] Poesia e Anarquia: XIIº Encontros de Poetas em Moguer "Voces del Extremo"

[Espanha] Poesia e Anarquia: XIIº Encontros de Poetas em Moguer "Voces del Extremo"

"Voces del Extremo" quer transformar-se num fórum de âmbito internacional que reúne alternativas de carácter cultural autogestionada, mostra singular das novas tendências e ponto de encontro e intercâmbio de experiências, onde os trabalhadores através de uma escrita alternativa tenham a oportunidade de dar a conhecer os seus últimos projectos, assim como de experimentar novas formas de colaboração e cooperação no terreno da cultura.

Este ano alteramos o formato dos encontros, deixando de sermos nós os que convidávamos e passando a ser vós os que convidais livremente a vir a Moguer, já que a organização do encontro não tem possibilidade de ajudar-vos a pagar nenhum dos gastos que é necessário a este evento. Também gostaríamos que na medida das vossas possibilidades, difundissem este convite entre todos com o objetivo de fazê-lo chegar a quantas mais pessoas possíveis.

O anarquismo, como humanismo, tem hoje mais vigência que nunca, mais que na época da sua entrega ao movimento obreiro, mais que nas explosões de rebelião heróica, mais que na actuação exemplar na guerra. Comprova-se o seu ressurgimento no pensamento moderno, na juventude inconformista que agita os velhos pilares de uma sociedade que resiste a ser comunidade. Todo ele será e deverá ser reforçado pelo anarquismo como bandeira humanista, um anarquismo sem adjectivos. Nele está a raiz e a força para construir um mundo melhor. Falar hoje de “anarquismo sem adjectivos” é descobrir a riqueza e a heterogeneidade de um sem fim de movimentos anarquistas cujo caráter global inunda todas as esferas da vida, criando dessa variedade um projecto único humanista: dotar de alma aquilo que por definição -citamos- é desalmado, isto é, a maquinaria capitalista.

Compromisso pela paz, pela ecologia, pela criação de formas de evitar a exclusão, a marginalização e os abusos de poder, compromisso pela organização da vida sem hierarquias e, em definitivo, compromisso pela construção de um mundo melhor. O anarquismo aposta em viver a teoria para além das palavras, pelo poder da dissuasão, pelo conflito, pela prática, pela afinidade que constrói a família humana, nossa base comum, e que pode proporcionar lugares de apoio e de simpatia entre os seus membros para se articular, escutar-se uns aos outros, e compartilhar preocupações, emoções ou medos. A política da afinidade permite às pessoas proporcionar apoio e solidariedade uns aos outros. Deste tipo de afinidade nasce a noção de consenso e daí necessariamente a solidariedade mútua.

Confirme a sua presença por e-mail: antonioorihuela.orihuela@gmail.com

Limite de inscrição: 1 de abril de 2010.

Tradução > Liberdade à Solta

agência de notícias anarquistas-ana

As águas do mar
e o vento nos arvoredos
dissolvem meu pranto

Antônio Gonçalves Hudson