domingo, 28 de junho de 2009

[Brasil] Carta de Apresentação do grupo Juventude Anarquista Oorganizada

Camaradas Anarquistas,

Camaradas? Camaradas não, é coisa do passado, precisamos de uma nova linguagem.Trutas de Osasco e região indignados como nós. Mas que também são camaradas, amigos, companheiros.Bem, quer dizer...mal. Mal porque vivemos em uma região muito problemática, todos nós sabemos. Aqui as escolas parecem prisões, a paisagem da cidade é marcada pela tonalidade cinza de concreto, o ar é sujo como os córregos que cortam a cidade, as pessoas prendem-se em vícios(fé, televisão, drogas, uso excessivo de álcool, fanatismo futebolístico, etc) pois enxergar a crueza da realidade é muito cruel, falta cabedal para muitos, muitas vezes a nós mesmo, para enfrentar de cara o chicote que estrala todos os dias.

Se não tivesse citado o nome desta logo de início, poderia estar falando de qualquer outra cidade do mundo ocidental. Ou pelo menos a maioria das atingidas pela modernidade, onde não há mecanismos suficientes de satisfação momentânea para satisfazer o mínimo de desejo de seus cidadãos(as cidades ou bairros "modelos" por exemplo), em que encontramos uma "tragédia" a cada esquina - isto é, se não estivermos andando no Parque dos Príncipes ou na Granja Viana sendo um executivo ou profissional liberal que se encontra abaixo daqueles que foram em Ipanema, Leblon, Morumbi ou Jardins.

Esta região é realmente problemática, aliás, quanto mais nos dirigimos à periferia ou ao "oeste" da Grande São Paulo a situação piora, à Oeste, Sul, Norte ou Leste. Na verdade, os problemas se encontram em todos os extremos. Mas moramos nessa região, agiremos inicialmente mais nessa por praticidade e por estarmos condicionados nesse campo de concentração de trabalhadores assalariados. Pelo menos essa é a nossa proposta. Não podemos é nos isolar, pelo contrário, devemos nos comunicar, agir em outras regiões, aprender e conhecer os desfavorecidos como nós, assim nos fortalecemos e podemos adquirir mais experiência.

É difícil de acreditar, mas esse lugar já foi até pior. Não parece pois esse tipo de história não aprendemos nas escolas, nem nos livros didáticos, nem no museu que fica na Av. dos Autonomistas em frente à Av. João Baptista, muito menos no site da prefeitura ou no artigo do Wikipédia sobre a cidade, no entanto houve muitos subversivos como nós ao longo da história daqui. Houve assaltos e atentados ao quartel do Quitaúna, atendados à bomba, manifestações e greves imensas autodirigidas pelos próprios trabalhadores(nada de Sindicato pelego querendo se promover), ações estudantis sem interesse nas próximas eleições, panelaços, autoridades com medo de morrer. Aliás, a história dos operários de Osasco começa com uma "migração" forçada de trabalhadores anarquistas advindos da Vidraria Santa Marina, localizada entre a Barra Funda e a Lapa que foram expulsos da vila operária(onde o mesmo dono da indústria era o "Seu Barriga" da vilinha) após uma greve iniciada pelas crianças exploradas!

O que temos que enfrentar são problemas diversos. As ações que faremos devem ser de ordem diversa também. De início podemos começar com coisas mais simples, como intervenções com estêncil, elaboração de um fanzine(quem sabe, com o tempo, um futuro boletim, jornal, ou outro tipo de mídia escrita), panfletagem, colagem, promoção de eventos subversivos, etc.

Podemos pensar nosso grupo como um grupo de ação com diversas estratégias. Traçar metas de curta, média e longa duração(para o resto de nossas vidas e talvez para as gerações posteriores). De curta é o que estamos fazendo, coisas mais simples como a formação de um grupo de estudos onde estudaríamos novos modos de ação para semearmos os próximos passos, assim como acharia interessante também o exercício intelectual no campo da anarquia, da filosofia, da arte(de todas!), etc. Onde, ao contrário das universidades e modelos tradicionais de educação, esses estudos não seriam apenas teóricos, mas práticos e físicos também.

De média podemos projetar eventos mais complexos, a sedimentação de contatos com grupos desse mísero país e de outras regiões do mundo, talvez até uma espécie de sede, um lugar onde poderíamos morar e promover ações, convidar pessoas, criar eventos, etc!

De longa, meus amigos, a grande revolução! Grandes rebeliões, etc! Mas antes, quem sabe, podemos construir cooperativas autogestionárias, escolas com pedagogias libertárias, comunidades alternativas pelo interior do Brasil-sil-sil ou da Bolívia-via-via, ou por qualquer outro canto do universo!É mais ou menos isso que pensamos sobre!Abraços e beijos. Saúde e Anarquia!

http://www.jao1312.blogspot.com

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Sábado, 27 de Junho , 16h30 - Filme: Urânio - é um país?, 20h30 - Jantar Vegetariano no Centro de Cultura Libertária - Cacilhas, Almada

Urânio - é um país?
Procurando as origens da Energia Nuclear

De onde vem a tua electricidade? Este documentário procura as origens da energia nuclear e aponta para a Austrália. Aí a mina de Urânio Olympic Dam é gerida pela multinacional BHP Billiton. Consome grandes quantidades de água, um recurso sem preço.

Um residente indígena fala do impacto que a mina tem no ambiente em que vive.Entretanto, a 1300 km de distância, em Melbourne, dão-se protestos na sede da BHP - os activistas pretendem que o negócio sujo termine. A extracção de urânio é bastante lucrativa e a sua procura está a aumentar. O porta-voz da Associação de Urânio da Austrália fala de um futuro radioso. Argumenta que a Austrália tem potencial para mais 15 a 20 minas de urânio. Do outro lado do mundo, a energia nuclear é sujeita a debate. Em França, Bruno Chareyron procura radioactividade em sítios nucleares e no transporte de urânio. Na Alemanha, Claudia Kemfert do Instituto Alemão de Pesquisa Económica explica porque a energia nuclear se transforma em rios de dinheiro. Michael Müller, secretário governamental do ministério do ambiente adere à ideia de uma anulação gradual da energia nuclear. Aponta que a energia nuclear não está apropriada para parar as mudanças climáticas.


53 minutos
2008 Alemanha/ França / Austrália
Realizado por: Stephanie Auth, Isabel Huber e Kerstin Schnatz
Línguas: Alemão e Inglês
Legendas em Inglês
http://nukingtheclimate.com/

20h30 - Jantar Vegetariano
Contribuição livre

Centro de Cultura Libertária
Rua Cândido dos Reis, 121, 1º dto. - Cacilhas - Almada

Retirado de: Rede Libertária

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Un centenar de activistas fueron detenidos en el intento de ocupación del aeropuerto de Tempelhof




Cerca de 5000 personas se manifestaron en los alrededores del viejo aeropuerto para reclamara por el desuso en el que lleva desde hace años.

Las miles de personas que acudieron al antiguo aeropuerto de Tempelhof no fueron suficientes como para poder cumplir el objetivo que se habían marcado: su ocupación.

Ante el impresionante despliegue policial de cerca de 1500 agentes, poco pudieron hacer los activistas para traspasar las vallas que rodeaban el recinto. Los intentos se produjeron a lo largo de todo el día con un saldo de 102 personas detenidas, siendo tres de ellos con cargos según las propias fuentes de la policía.

Guardias de seguridad patrullando constantemente el terreno, coches de la policía en las calles cercanas al terreno, grandes focos instalados en los lugares accesibles, la colocación de lanzaaguas y tanques de desalojo, así como los cientos de policías infiltrados tuvieron la culpa de que el objetivo de liberar el terreno en desuso del aeropuerto para fines sociales pudiera llevarse a cabo. Una vez más, las autoridades consiguieron hacer el trabajo sucio de los especuladores.

Hubo varios enfrentamientos entre los manifestantes y las fuerzas del orden, utilizando medidas contundentes para disolver a los activistas, produciéndose un momento de tensión al empuñar su pistola un agente para amenazar directamente con su utilización ante un grupo de activistas que le tenían acorralado.

El hecho anecdótico de la jornada ocurrió a las 3 de la madrugada del 21 de junio cuando dos activistas que consiguieron acceder al aeropuerto, los demás intentos se quedaron como mucho en la superación de la valla de acceso.

5ª sessão do julgamento dos “25 Caxias”

A 17 de Junho ocorreu mais uma sessão do julgamento dos “25 de Caxias” onde foram ouvidas 3 testemunhas de acusação.

A primeira – engenheiro responsável pela obra de recuperação dos danos causados – chegou a admitir que o custo elevado da obra não foi aplicado apenas na reparação do 3º piso mas também em vários outros pontos necessários para cumprir o regulamento das infra-estruturas prisionais.

segunda, um ex-recluso, deu-lhe um ataque de amnésia de tal maneira que saiu dali com um processo crime por falsas declarações – por na altura ter sido um chibo e agora de nada se recordar: “Não me lembro da greve dos guardas. Não me lembro do jantar. Não me lembro da medicação. Não me lembro da brigada anti-motim... Não sei, não vi, não estava lá, estava na cela...”.

À tarde, depois de um atraso de hora e meia no transporte em carrinha celular da terceira testemunha, aparece um belo chibo a contar uma história “recém injectada” denúnciando mecanicamente um dos arguidos como “o chefe revoltoso dos reclusos”. Mas rapidamente foi desacreditado, por descrepâncias nas declarações, pelos advogados de defesa.

Assim sendo, até à data, ainda não existe nada que aponte nenhum dos arguidos como autor dos factos; apenas alguns foram referidos como instigadores mas sem declarações firmes.

Esta semana, dia 24 de Junho, terá lugar mais uma sessão no tribunal de Oeiras deste julgamento-farsa.

A nossa solidariedade continuará activa...

Cada sessão é um acumular de raiva...

Esta merda tá para rebentar!

Retirado de: Rede Libertária

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Concentração em solidariedade com os "25 de Caxias"

Na próxima 4ª-feira continua o julgamento do "Motim de Caxias", no tribunal de Oeiras.

Apelamos a uma concentração solidária em frente ao tribunal de Oeiras, dia 24 de Junho, às 11 horas.

Que se acabe já com o processo dos "25 de Caxias"!

Solidariedade com os rebeldes!

Abaixo os muros das prisões!

(Morada do tribunal: Av. D. João I, Bairro da Medrosa, Oeiras, Palácio da Justiça)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Difusão Anarcopunk


Vivemos numa era conturbada, somos bombardeados com crises atrás de crises, as nossas vidas estão cada vez mais nas mãos do grande capital. A repressão aumenta de dia para dia. Cada vez está mais difícil estudar (Portugal continua a ser dos países da U.E. onde mais gente desiste do ensino superior público por não ter dinheiro), as nossas condições de trabalho são cada vez mais precárias, o sistema de saúde é cada vez mais podre… Mas a burguesia continua a banquetear-se alegremente enquanto somos asfixiados na mais brutal das misérias.

O fascismo cresce de uma maneira assustadora, não só a nível de acéfalos espancadores de pessoas, mas também a nível das políticas internas e externas de cada país! Basta ver a nova lei da imigração aprovada pela U.E., ou a propaganda alarmista que assistimos em que os media mostram os imigrantes como brutais assaltantes a assassinos que estão a por o nosso país a saque…

Guerras continuam a ser alimentadas com mentiras que matam diariamente milhares de inocentes. As grandes corporações estão directamente envolvidas, seja no fabrico de armas ou na exploração dos recursos naturais dos países invadidos. Todas as formas de vida estão ameaçadas, pela poluição que esta política ambiental gera… Animais são torturados em laboratórios, florestas inteiras são arrasadas… estão a destruir lentamente a nossa única casa, como um cancro. E não temos nem uma palavra a dizer…
Até quando vamos aguentar sem fazer nada?! É tempo de reacção, é tempo de união!!! Devemos canalizar as nossas energias para algo positivo, utilizar a nossa música para chamar as pessoas não só para os concertos mas também para as manifestações, para a acção directa! É tempo de os punks se consciencializarem de que unidos temos mais força! Apesar de nos fazerem acreditar que tudo o que possamos fazer não vale de nada temos que acreditar no contrário!!! Toda a gente tem valor, todos podemos contribuir um bocadinho para esta mudança.

Não chega fazer músicas a falar de Anarquia! É muito importante fazer música subversiva para passar a mensagem, mas é ainda mais importante ter a coragem de praticar as acções de que falamos nas nossas letras! É importante frisar que isto não é só um espaço para bandas, mas sim para todos os punks que sejam conscientes que é preciso fazer alguma coisa para mudar as nossas vidas!!!

NÃO HÁ LEIS NEM PRISÕES QUE DESTRUAM OS NOSSOS SONHOS!!!

PAZ, SAÚDE, ANARQUIA (A)
De momento estamos a trabalhar numa zine que ira ver a luz do dia muito em breve (finalmente).
Esperamos também criar um colectivo para organizar actividades.

[Grécia] Nikos Kountardas libertado hoje de manhã

De acordo com a decisão do tribunal de Komotini Nikos Kountardas foi libertado esta manha sob uma fiança de 3000€ e com a condição de se apresentar uma vez por mês na esquadra da polícia de Xanthi.

Mensagem do Indsymedia de Atenas: “The struggle of doctors, lawyers and groups and people in solidarity achieved a small victory today. Nikos, having gone through a painful process with hunger and thirst strikes will soon be with us.

Solidarity to the indicted comrades.

Freedom to the prisoners of the revolt.

Freedom to us all."

Posts relacionados aqui e aqui.

Fonte: Occupied London

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Cuba Libertária nº 12

Já saiu o número 12 da publicação Cuba Libertária, podem ver em pdf aqui.

terça-feira, 16 de junho de 2009

[Berlim] Action Weeks ´09


La Haine - 8/6/2009

De esa inquietud nació la iniciativa Bambiland, realizando el 6 de junio la expropiación de un terreno para que los vecinos tuvieran un lugar de descanso y encuentro y la realización de proyectos autogestionados entre los vecinos. De esta forma, al ser un proyecto propio de los vecinos, ellos mismos se compremeterían y se preocuparían por mantener sus propios proyectos.

Sin embargo, alrededor de las 18h, Bambiland fue desalojado por la policía, produciéndose alguna detención. Las actividades que se pretendían realizar en este espacio era la construcción de un jardín, un parque infantil de aventura, un campo de fútbol y dotar de paredes para los graffiteros.

Manifestación en Potsdam

Bajo el lema "Espacios libres en vez de sueños de Prusias", más de 1000 personas marcharon por el centro de Potsdam contra la reestructuración antisocial de la ciudad y para el mantenimiento de proyectos alternativos de vivienda y de cultura. En esta ciudad, cada vez son más las personas que se ven imposibilitadas a la hora de acceder a una vivienda por los altos precios y la especulación urbanística.

Acciones hasta el 21 de junio

Action Weeks o las semanas de acción por los espacios libres en Berlín seguirán hasta el 21 de junio. Desde La Haine seguiremos atentos a las novedades más interesantes que vayan produciéndose en los próximos días. Esta iniciativa trata de dar impulso al movimiento okupa de la ciudad tras verse amenazados los espacios libres de la ciudad por la gentrificación, estando varios proyectos en peligro y sin muchas posibilidades de que surgan nuevos espacios. Esta situación se da en un contexto en donde existen muchas casas y superficies vacías.

Aún así, en los últimos días ha surgido en la opinión pública la problemática de los espacios libres, tomando fuerza nuevamente el concepto descentralizado del "hazlo tú mismo".

Para el 20 de junio se pretende realizar algo insólito como es la okupación de lo que fuera el aeropuerto de Tempelhof.

Seguramente estas semanas de lucha darán mucho que hablar por toda Alemania.

FOTOS


segunda-feira, 15 de junho de 2009

Presos em Luta: Apresentações e debates em Junho

(click para aumentar)

Quinta do Castanheiro, em Sintra
travessa de santa maria nº 13
junto à igreja de santa maria em s. pedro de sintra

Club Aljustrelense, em Aljustrel

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Uma noite na cela de uma prisão

Yorgos Voutsis-Vogiatzis é um prisioneiro anarquista que escreveu a seguinte carta à exactamente uma semana atrás em resposta à morte de um companheiro cuja morte foi testemunhada por Yorgos.

A NIGHT IN THE PRISON CELL

Death rattles follow one another; blood coming out from the mouth and nose. Pulses drop, the heart stops giving a signal. Kicks on the cell’s door, shouts. For ages we shout to the prison guards to open up - to no avail. The first one to arrive, a cold, cynical, prisoner of his constant fear of prison breaks via staged incidents and the many films that he’s been watching: he flatly refuses to unlock the door. Not even the sight of the bleeding person in a coma touches him. He had, he said, to inform the director first. Another ten minute delay and the heart of Spyros Gardiklis lasts no longer. The gates of the penitentiary house become synonymous to those of the Underworld. There is no stretcher to carry the dead, while it is a well know fact that once the cells are locked up, the medical staff disappear. The counting of the inmates is the final act. Today, Spyros was missing. The rest can only count our dead and some of us swear revenge.

Let’s tear down all prisons.

Goodbye Spyro.

Rural prisons of Kassaveteia, Volos, 4/6/09

Yorgos Voutsis-Vogiatzi

[Grécia] Nikos Kountardas pode ser libertado em breve

O caso de Nikos Kountardas está a ser avaliado. O procurador geral que está encarregue emitiu uma recomendação dia 10 de Junho que diz que Nikos deve ser libertado em liberdade condicional. A decisão vai ser tomada no tribunal de Komotini (no norte da Grécia) e espera-se que nestes próximos dias Nikos esteja cá fora!

quarta-feira, 10 de junho de 2009

[Dinamarca] 71 presos em Copenhagen no protesto contra o encontro mundial de negócios e mudanças climáticas

Manifestantes se confrontaram com policiais em Copenhagen esta semana
enquanto tentavam interromper o encontro das corporações sobre mudanças
climáticas, o World Business Summit on Climate Change (WBSCC), um apanhado
dos mais importantes grupos econômicos e não coincidentemente, os maiores
poluidores do Planeta.

Organizado pelo governo dinamarquês, o WBSCC ofereceu aos interesses
corporativos acessos sem precedentes às sucessivas discussões sobre
mudanças climáticas das Nações Unidas, incluindo um ?face time?
(cara-a-cara) com o Secretário Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e o
tão aclamado ?herói? do clima, Al Gore, o ex-vice-presidente dos Estados
Unidos.

O grupo de manifestantes, conduzindo uma faixa que dizia ?Nosso Clima não
é o seu Negócio?, tentou romper as linhas policiais para acabar com o
encontro. O animado grupo de ativistas queria ressaltar o papel destruidor
das multinacionais e de grandes corporações nas discussões climáticas
internacional. A lista de corporações participantes incluiu o nº 1 em
emissão de carbono no mundo, a Shell, a Duke Energy e a British Petroleum,
entre outras corporações criminosas do clima e do meio ambiente.

O governo dinamarquês parece estar sob a impressão de que algumas das
companhias mais poluidoras do mundo vão propor fortes medidas para atacar
as mudanças climáticas?, disse Kenneth Haar, pesquisadora do Observatório
Europeu de Corporações (CEO), grupo de pesquisa baseado em Amsterdã,
Holanda, Mas infelizmente isto não parece ser o caso. As corporações
participantes do WBSCC estão mais dedicadas a perseguir os negócios de
sempre, o lucro, a qualquer custo com as promessas de que as futuras
tecnologias resolverão todos os problemas.

Grupos lobistas das grandes corporações estão tentando influenciar as
discussões sobre as mudanças climáticas nas Nações Unidas desde o começo,
e sobre os governos. Mas agora eles estão sendo convidados para compor a
agenda das Nações Unidas sobre mudanças climáticas antes mesmo dos
negociadores terem sentado à mesa.

Como podemos confiar em um processo que abre suas portas para tantas
corporações que criam a crise climática, enquanto fecha as portas aos
pobres, indígenas e camponeses, que são os menores responsáveis pelas
mudanças climáticas, porém sofrerão a forças de seus impactos?
Para se envolver com a resistência ao controle corporativo sobre as
discussões sobre o aquecimento global, mudanças climáticas, visite:


Tradução > Marcelo Yokoi
agência de notícias anarquistas-ana

[Peru] Se isto não é uma guerra, o que é?



Sobre os enfrentamentos entre indígenas amazônidas e tropas militares peruanas

Com o objetivo de implementar o Tratado de Livre Comércio (TLC) entre Peru e Estados Unidos, o presidente peruano Alan Garcia promulgou no ano passado uma série de decretos-leis para entregar os recursos florestais e hídricos da Amazônia peruana a grandes empresas multinacionais. Essas leis também facilitam a perfuração dessas terras à procura de petróleo e gás por grandes corporações petrolíferas. Os índios não foram consultados e sentem que esses decretos podem facilitar a tomada da Amazônia por essas empresas. Também sentem que estão perdendo a condição de preservar suas terras e garantir sua segurança. A tudo isso se opõe as comunidades indígenas que habitam essas terras há milhares de anos. Os indígenas bloquearam vários rios utilizados pelas empresas para transportar mercadoria e maquinários. Bloquearam também estradas, pistas de aterrissagem e estações de bombeamento nos oleodutos que vão do Amazonas em direção ao litoral.


Em 5 de junho as comunidades bloquearam várias estradas na região de Bagua, ao norte do Peru. O governo peruano abriu o caminho ao capital mundial para explorar e destruir a Amazônia, e determinou uma feroz repressão que culminou num choque entre a polícia militarizada e as comunidades indígenas.

Até agora foram contados 50 indígenas mortos, mais de 150 feridos e várias pessoas desaparecidas, entre eles idosos, mulheres e crianças. Mas os habitantes da Amazônia peruana, dando um belo exemplo, não se conformaram em serem as "vítimas" e responderam como devia: matando 24 agentes da polícia, dos quais muitos foram degolados. Assim mesmo, eles saquearam e incendiaram vários edifícios do Estado nos povoados da região.

A imprensa foi inundada de queixas e lamentos por este novo uso "excessivo" da força. Como se o Estado peruano não tivesse feito exatamente aquilo que todos os estados fazem: negociar a expansão total do lucro e a exploração capitalista.

Mais inteligente e desiludida foi a reação das próprias comunidades amazônicas, que depois de responder com violência à violência, pedem a cabeça de Alan Garcia e da oposição democrática do Peru, todos cúmplices na devastação da terra e dos povos que habitam essa região.

O Estado peruano é uma força hostil de ocupação. Os indígenas sabem muito bem, e por isso respondem corretamente a uma invasão brutal que já dura mais de 500 anos, e que os indígenas não pensam ser parados diante de nada.

Estes fatos só confirmam o que deveria ser óbvio a primeira vista: que está se desenvolvendo uma Guerra Civil Global, que essa guerra toca-nos a todos e todas, e que no futuro ela será mais intensa e inocultável.

Galeria de imagens, algumas fortes: http://catapa.be/en/north-peru-killings

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=yUNxlpdmB9k

ANA - agência de Notícias Anarquistas


Retirado de: Rede Libertária

terça-feira, 9 de junho de 2009

MUDANÇAS - notícias e correspondência da guerra social...

A página http://www.raividitanoticias.blogspot.com/ - notícias da guerra social - deixou de fazer sentido nos moldes que inicialmente a havíamos pensado.

MUDANÇAS - notícias e correspondência da guerra social...


A página http://www.raividitanoticias.blogspot.com/ - notícias da guerra social - deixou de fazer sentido nos moldes que inicialmente a havíamos pensado.

Pensámos que poderia ser utilizada como uma ferramenta no nosso ataque diário a este mundo, não apenas pela inspiração que nos poderia trazer, mas como uma fonte de informação (não neutra) e de exemplos sobre o que acontece por todo o lado; sobre os ataques que, pequenos ou grandes, tentam destruir este mundo.

A pretensão de manter o site regularmente actualizado é posta de lado pelas mais variadas razões. No decorrer das nossas vidas não temos o tempo e a capacidade para, neste momento e desde há muitos meses, irmos compilando e/ou traduzindo tudo o que vai aparacendo e que nos interessa.

No entanto, ela continua a ser uma ferramenta. Há algo que pretendemos, com esta página. Algo que vamos experimentar e ver onde vai. Parece-nos importante continuar a publicar algumas notícias. Da mesma forma, publicaremos textos ou cartas de companheiros que nos inspirem e/ou que sintamos que são contribuições para uma luta revolucionária contra este mundo de dominação e exploração.
A ver o que acontece.

- Correspondência desde a Grécia: Nada terminou, tudo continua // Carta de A. Kiriakopoulos, desde a prisão de Koridallos // Apelo à solidariedade: Um fogo para limpar a Terra -

raividições

Retirado de: Rede Libertária

Concerto na Kylakancra



segunda-feira, 1 de junho de 2009

Tribunais, revolta e Caxias

Esta descrição podia ser mais breve do que aquilo que vai ser, mas sentimo-nos demasiado inspirados pelos acontecimentos para os resumir, e queremos que também outros se sintam inspirados.
Dia 20 de Maio, entre outros acontecimentos que nos ocupavam a alma e também o tempo, decorreu mais uma sessão do julgamento contra 25 ex-reclusos na prisão de Caxias, acusados de danos, fogo posto e motim.
Cerca de 15 anarquistas concentraram-se perto do tribunal de Oeiras onde, desde a manhã, distribuímos folhetos contra as prisões, a Lei e a Justiça, e jornais (“Presos em Luta”) a quem passava.
Em frente à porta do tribunal estavam pintadas as frases “SOLIDARIEDADE COM OS 25 DE CAXIAS!”, “DESTRUAMOS OS MUROS DA PRISÃO, PARA LÁ DA AMNISTIA E DO PERDÃO.” e “LIBERDADE PARA TODOS. FOGO ÀS PRISÕES. (A)”. Nos arredores, outras pintadas haviam sido feitas num bairro de ricos: “FOGO AOS TRIBUNAIS E ÀS PRISÕES. (A)” e “1000 PRISÕES, 1000 FUGAS”.
Em toda a rua do tribunal estavam colados cartazes (como já tinha acontecido em sessões anteriores) com o seguinte texto:

“Prisões, revolta e Caxias.
13 anos depois de uma luta alargada dos presos pela melhoria das condições a que estavam sujeitos nas prisões, o estado decide levar a julgamento 25 dos então reclusos na prisão de Caxias, acusando-os de motim, danos e fogo posto.
Não nos interessa se o fizeram ou não.
Interessa-nos sim o amor pela liberdade, aquele que persiste em não morrer, em não se deixar sufocar pelos tribunais, nem pelas grades, nem pelos guardas.
São momentos alegres, aqueles em que esse amor se expressa.
Momentos em que comunicamos entre corações livres.
Momentos que nenhuma autoridade nos pode tirar.
Solidariedade com aqueles/as que lutaram
Solidariedade com aqueles/as que lutam.
Anarquistas pelo corte da mão que nos prende, e pela expropriação da chave.”

À saída dos arguidos para o almoço, abrimos uma faixa (“CONTRA O ROUBO DAS NOSSAS VIDAS, NEM TRIBUNAIS NEM PRISÕES”) em frente à porta do tribunal e gritámos “A PAIXÃO PELA LIBERDADE É MAIS FORTE QUE AS PRISÕES”, e “A LIBERDADE ESTÁ NOS NOSSOS CORAÇÕES. ABAIXO OS MUROS DE TODAS AS PRISÕES!”. Foi um belo momento, ao vermos que os polícias presentes não sabiam o que fazer, ao mesmo tempo que os gritos de alguns arguidos se juntaram, sem medo, aos nossos.
Ainda deu tempo para insultar a procuradora do Ministério Público, que saiu apressada.
À tarde, ouvimos, do interior da sala do tribunal, os gritos vindos do exterior contra o julgamento, as prisões, os juízes, e em solidariedade com os acusados. A dado momento, a juíza desabafou aos intervenientes no julgamento que não tinha poder para conseguir fazer calar os gritos que se ouviam e que estavam a perturbar a sessão.
Depois, alguns dos acusados, fartos de estarem a ser vigiados e intimidados pelas bestas quadradas que dão pelo nome de “guardas prisionais”, levantaram-se e começaram a gritar que não tinham que aturar aquilo e a exigir que se afastassem. A esses gritos juntaram-se os da assistência.
Mais tarde, um dos guardas aproximou-se da assistência e disse que queria uma cópia daquilo que uma companheira estava a desenhar. Imediatamente nos levantámos e começámos a gritar contra ele e que os guardas estavam a tentar intimidar-nos assim como aos arguidos e, também imediatamente, muitos dos arguidos se levantaram e começaram a gritar contra os guardas e não só. Entre os diversos insultos gritados em todas as direcções às diversas autoridades presentes naquela infame sala, a juíza mandou os bófias evacuar a assistência da sala. Já no exterior do tribunal, 2 companheiros foram identificados.
Meia hora mais tarde, a sessão terminou, com alguns dos arguidos a dizerem-nos que conseguiam ouvir os nossos gritos noutras partes do tribunal e no exterior, e que a sessão tinha sido encerrada porque os advogados de defesa estavam todos na conversa e a juíza já não conseguia pôr ordem na sala.
A nossa força e a nossa alegria explodem e fortalecem-se com cada ataque à autoridade.
O inimigo não está apenas naquele tribunal, a solidariedade não necessita de ser lá.

Solidariedade com os que lutaram. Solidariedade com os que lutam.
Fogo aos tribunais, às prisões e a ao mundo que os cria.
Uns quantos corações livres.

Retirado de: Rede Libertária